SINAIS DOS
TEMPOS = JESUS ESTÁ VOLTANDO
“E já está próximo o fim de todas as
coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração.” (1 Pe 4.7) Pedro e os outros apóstolos
perceberam que tinham se aproximado dramaticamente da consumação do plano de
Deus para este mundo. A referência de Pedro ao fim está expressa por um verbo
em um tempo perfeito no texto grego. Isto significa a ação envolvida em uma
realidade presente, com consequências futuras. Poderíamos, com igual exatidão, interpretar: “Já começou o fim
de todas as coisas”. Para Pedro, o fim do século era uma realidade presente.
A primeira
vinda de Cristo deu início à consumação dos séculos (veja At 2.14-20; Hb 1.2);
a segunda vinda a concluirá (Mt 24.30). Portanto, toda a era da Igreja pode ser
considerada como “os últimos dias”.
As
Escrituras também falam do fim como um evento futuro. O apóstolo Paulo
predisse: “[...] nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). O
versículo inicial de Apocalipse faz referência às “coisas que brevemente devem
acontecer” (Ap 1.1), e prossegue avisando-nos que “o tempo está próximo” (Ap
1.3). As Escrituras também apresentam a vinda de Cristo como uma realidade
iminente. Cristo prometeu: “Eis que presto venho” (Ap 22.7). Ele virá
repentinamente — virá pela Igreja, a qualquer momento!
Desse modo,
perguntamos: Que tempo estamos vivendo agora? Pedro escreveu que Cristo foi “[...] manifestado,
nestes últimos tempos” (1 Pe 1.20). Mas ele também se referiu à vinda de
Cristo como um evento futuro, “[...] prestes para se revelai no último tempo”
(1 Pedro 1.5). Ele claramente via os últimos tempos como uma realidade presente e também como um evento futuro.
A Bíblia
afirma três fatos básicos sobre a vinda de Cristo e a consumação dos séculos.
Em primeiro
lugar, estamos vivendo os últimos dias. Cada geração de crentes viveu com a
esperança do retorno iminente de Cristo. Nós cremos que Ele pode retornar para
buscar-nos a qualquer momento. Não há nenhum evento profético para se cumprir
antes que Ele venha arrebatar a sua Igreja. Na verdade, determinados eventos,
como o retorno de Israel a sua terra, indicam que estamos próximos do fim.
Em segundo
lugar, o calendário de Deus não é o nosso. Pedro alertou que, nos últimos dias,
viriam escarnecedores questionando a promessa da segunda vinda de Cristo (2 Pe
3.3-4). Eles rejeitarão a ideia da intervenção de Deus na história humana e sugerirão que todas as
coisas avançam no seu próprio ritmo, sem Deus. Tais céticos também deixam de
antecipar o juízo vindouro de Deus sobre o mundo (2 Pe 3.8-9). Mas não ousemos
confundir a paciência de Deus com uma mudança em seus planos. Ele está
esperando, dando às pessoas tempo para que se arrependam. A Bíblia adverte: “O
que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37).
Em terceiro lugar, a vinda de Cristo está cada vez mais próxima. A
Bíblia promete enfaticamente que Ele está vindo outra vez (Lc 12.40; Fp 3.20;
Tt 2.13; Hb 9.28). As Escrituras insistem que estejamos vigilantes, esperando
prontamente o retorno do nosso Senhor, Cada dia que passa deixa-nos um dia mais
próximos. Quer Ele retome na próxima semana, quer depois de mil anos, devemos
viver como se Ele voltasse hoje.
A antecipação é a chave para a preparação.
Se realmente crermos que Jesus está vindo, desejaremos estar preparados para
quando Ele vier. Jesus deixou o exemplo com seu ensinamento profético através
da parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). Somente aquelas preparadas para as
bodas foram convidadas para o banquete. As demais foram deixadas de lado. Jesus
usou este exemplo para lembrar-nos que devemos “aguardar vigilantes”, visto
que não conhecemos o momento da sua vinda. O arrebatamento pode acontecer a
qualquer momento.
A Bíblia
prediz os principais eventos futuros, e nos dá a visão geral do que virá no
tempo do fim. Os detalhes específicos não são sempre claros, e devemos ser cautelosos
quanto a tentar especular além do que a própria Bíblia revela. O nosso objetivo
é que sejamos equilibrados, sem minimizar nem maximizar o futuro. Não devemos
tentar fazer a Bíblia dizer mais do que realmente está dizendo.
Aqueles que
preferem uma interpretação literal da profecia preveemo retomo de
Israel à terra, a reconstrução do Templo, o surgimento de um Anticristo
literal, a assinatura e o rompimento de um verdadeiro tratado de paz, e a
derradeira invasão de Israel, que levará à batalha do Armagedom. Não cremos
que possamos simplesmente espiritualizar as declarações básicas da profecia bíblica.
Para nós, o arrebatamento significa “ser levado” ao céu (1 Ts 4.13-17) e os
“mil anos” do reinado de Cristo significam literalmente mil anos (Ap 20.4).
Não descartamos o uso de linguagem figurada ou simbólica nas passagens
proféticas (tal como “o Cordeiro”, “a besta” e “o dragão”). Mas cremos que as
passagens proféticas que apontam para a segunda vinda de Cristo referem-se a
pessoas e eventos específicos, como as passagens proféticas que apontavam para
a sua primeira vinda (como Is 53).
De acordo
com o ponto de vista pré-tri- bulacional, cremos que Jesus Cristo retomará para
arrebatar a Igreja, antes da Tribulação.
Ao comentar este evento espetacular, o
apóstolo Paulo escreveu: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e
com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
[gr. harpazo, “agarrados e levados”] juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts
4.16-17).
A imagem do futuro na profecia bíblica
concentra-se em quinze predições-chave, muitas envolvendo sinais do retorno de
Cristo no fim da Tribulação. Algumas destas profecias já se cumpriram, de modo
que provavelmente estamos muito próximos do fim, porque o arrebatamento
precederá o retorno final de Cristo à terra.
A Propagação do Evangelho e o Crescimento
da Igreja
Jesus fundou a Igreja e prometeu continuar
a edificá-la, até que Ele retornasse (Mt 16.18). Ele também predisse que o
Evangelho “será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes” (Mt
24.14). O crescimento da Igreja e a evangelização do mundo continuarão até que
o corpo de Cristo esteja completo. Nenhuma profecia nos diz exatamente quanto
tempo durará a era da Igreja. Ela continuará até que o Senhor retorne, para
receber a Igreja no arrebatamento.
A Multiplicação da Iniqüidade e a Disseminação
do Mal
A Bíblia
também prediz: que a “multiplicação da iniquidade” continuará até o fim da era (Mt 24.12). Paulo predisse que “nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” e então definiu estes dias como um
período de incomparável cobiça, avareza e egoísmo (2 Tm 3.1-5). Hoje, estas
profecias estão sendo cumpridas em um ritmo assombroso.
O Surgimento de Falsos Profetas e das
Religiões Apóstatas
O próprio Jesus advertiu sobre a vinda
de “falsos Cristos” e “falsos profetas” (Mt 24-4,24). Pedro predisse: “Haverá
também falsos doutores” (2 Pe 2.1). Paulo os chamou de “falsos apóstolos [...]
obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo” (2 Co 11.13).
A Bíblia parece indicar que os falsos profetas e as religiões apóstatas ficarão
cada vez piores à medida que nos aproximarmos do fim (Jd 17-18).
O Retomo de Israel à Terra Prometida
“E vos tirarei dentre os povos [...]
das terras nas quais andais espalhados”, escreveu Ezequiel (20.34). “Trarei a
tua semente [...] das extremidades da terra”, prometeu Isaías (43.5-6). Em
1948, estas antigas profecias cumpriram-se, quando Israel se tornou novamente
uma nação, depois de aproximadamente 1900 anos em exílio. Ezequiel predisse um
retorno em dois estágios: uma congregação física e um renascimento espiritual
(Ez 37.1-14).
Conflito no Oriente Médio
A imagem geral do futuro é de turbulências
entre os judeus e os árabes no Oriente Médio. Jesus advertiu sobre “guerras” e
“rumores de guerras” no
futuro (veja Mt 24.6- 7). O profeta Joel predisse que as nações invadirão
Israel nos últimos dias: “Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia
do Senhor está perto, no vale da Decisão” (J1 3.2-14). Ezequiel (38.1-6)
anteviu uma grande invasão a Israel nos “últimos dias” por uma coalizão de
nações: Magogue, Pérsia, Líbia, Etiópia, Gomer e Togarma. Coletivamente, os
profetas previram o retomo de Israel à terra, mas sob constante ameaça de
ataque.
O Arrebatamento da Igreja
Em alguma ocasião, não datada, no futuro,
Jesus retornará para arrebatar a Igreja (todos os crentes) ao céu. Quando se
preparava para retornar ao céu, Jesus pro- meteu: “Virei outra vez e vos
levarei para mim mesmo” (Jo 14.3). Paulo predisse que aqueles que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro, e depois os crentes vivos serão “arrebatados”
nas nuvens, unindo-se àqueles que ressuscitaram (1 Ts 4.13-17). O arrebatamento
acontecerá “[...] num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta” (1 Co 15.52). O arrebatamento precede aTribulação e cumpre a
promessa do Senhor: “Também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo” (Ap 3.10).
As Bodas de Cristo e a Igreja no Céu
Depois do
arrebatamento e antes do retorno de Cristo à terra, acontecerão as “bodas do
Cordeiro” no céu (Ap 19.7-9). Depois das bodas, tem lugar a “ceia das bodas”,
que parece durar sete anos, durante o período da Tribulação na terra.
Cristo é o Esposo, ou Noivo, e a Igreja é a esposa, ou noiva de Cristo (veja Ef
5.25-27; 2 Co
11.2) . Seguindo o padrão das bodas judaicas tradicionais nos tempos
bíblicos, Jesus falou do compromisso prometido, seguido pela saída do esposo,
para preparar um lugar para a esposa, e, em seguida, o retomo repentino do
esposo “à meia-noite”, para levar a esposa consigo (Mt 25.1-6).
O Aparecimento do
Anticristo e do Falso Profeta
Paulo prediz o surgimento do “homem do
pecado” depois que aquele que o detém (o Espírito que habita na Igreja) tiver
sido tirado (2 Ts 2.3-8). “Então, será revelado o iníquo”, escreve Paulo. Isto
parece indicar que a identidade do Anticristo continuará sendo um mistério até
depois do arrebatamento. João o chama de “besta” em Apocalipse 13.1-10, e de
“anticristo” em 1 João 2.22. João também retrata este grande líder político
sendo auxiliado pelo “falso profeta” — um líder religioso enganador (Ap
13.11-18). Juntos, eles enganam todo o mundo durante o período da Tribulação.
O Desenvolvimento de um Sistema Global
O livro do Apocalipse prediz claramente
que o mundo do futuro combinará uma economia global (Ap 13.16-17), um governo
mundial (13.8; 17.1-18) e uma religião universal (13.8-12). A economia global
já é uma realidade! O governo mundial está em processo de formação, sob a
bandeira da democracia. Na atualidade, os Estados Unidos são o país principal
no esforço para assegurar paz e segurança global. Um consenso de religião
mundial não existe hoje, mas poderia facilmente vir a desenvolver- se depois do
arrebatamento. Enquanto isso, o sentimento da cristandade apóstata continua a
favorecer uma religião de tolerância universal.
O Período da Tributação
Apesar dos esforços para a paz mundial,
a lei do Anticristo será marcada por guerras de destruição em massa, desastres
ambientais e juízos divinos (Ap 6.1-16; 9.16-18). Daniel (12.1) chama o
período de “tempo de angústia”. Sofonias (1.14) chama-o de “grande dia do
Senhor”. Jeremias 30.7 traz a frase “tempo de angústia para Jacó”. Em João,
temos “ira do Cordeiro” (Ap 6.16). A maioria dos pré-tribulacionistas encaram a
Tribulação como simultânea com os sete anos da septuagésima semana de Daniel
(Dn 9.24-27). Nós acreditamos que o Anticristo fará um tratado de paz com
Israel durante este período, mas romperá o tratado na metade da Tribulação (Dn
9.27).
A Batalha do Armagedom
A imagem
profética indica que uma série de guerras de destruição em massa acontecerá
no futuro (Ap 6—18). O resultado é que metade da população do mundo será
destruída (Ap 8.7; 9.16-18). No final, estas guerras culminarão em uma batalha
final “no lugar que [...] se chama Armagedom” (Ap 16.16). Os montes “se
derreterão” com o sangue (Is 34.3). “Todos os povos que guerrearam contra
Jerusalém” serão destruídos (Zc 14.12-13). No final, o próprio Cristo
retornará e derrotará a Besta e o Falso Profeta, lançando-os no lago de fogo
(Ap 19.11-20). Satanás será preso no abismo por mil anos (Ap 20.1-2). Cristo
vencerá a maior batalha na história do mundo quando derrotar os inimigos de
Deus, pelo poder da sua palavra falada (Ap 19.15,21).
O Retorno Triunfal de Cristo
Jesus predisse que, um dia, “aparecerá
no céu o sinal do Filho do Homem [...] e verão o Filho do Homem vindo sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória (Mt 24-30). Zacarias (14.3-4) predisse
que “estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras” e que “o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio”, quando Ele retornar. Isaías (63.1-4) retrata
Cristo marchando em triunfo, em vestes salpicadas de sangue, no “dia da
vingança”. Apocalipse 19.11-16 descreve-o vindo sobre um cavalo branco com a
Igreja, vestida de branco, a seu lado. Ele “julga” com olhos “flamejantes” e
“guerreia” com “uma aguda espada”, que entendemos que seja a sua palavra
falada. Ele pisa o “lagar [...] da ira do Deus Todo- poderoso” quando vem
reinar como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
O Reino Milenial
Os profetas
do AT retrataram a futura era messiânica como um período de paz e prosperidade
para Israel, quando “converterão as suas espadas em enxadões” e não “levantará
espada nação contra nação” (Is 2.2-4). Eles também predisseram o Messias
reinando “sobre o trono de
Davi e no seu reino” (Is 9.6-7). O NT retrata este tempo como um período
em que Cristo governa a terra com sua esposa, a Igreja, por mil anos (Ap 20.1-6).
Nós “reinaremos sobre a terra” como reis e sacerdotes em Cristo (Ap 5.10). Aqueles
que sobreviverem à Tribulação viverão no reino milenial, pois a vida na terra
continuará por mil anos.
O Juízo do Grande Trono Branco
Depois do reinado de mil anos, Deus permitirá que Satanás seja solto do
abismo, e este tentará uma última vez derrotar o Reino de Deus (Ap 20.7-10).
Deus irá derrotá-lo permanentemente e o lançará no lago de fogo. O reino
milenial será transferido ao Reino eterno de Deus (1 Co 15.24) e o juízo do
Grande Trono Branco determinará a condenação eterna de todos os perdidos, de
todos os tempos, aqueles cujos nomes “não foram achados escritos no livro da
vida” (Ap 20.11-15). Nesta ocasião, até mesmo “a morte e o inferno” serão
lançados no lago de fogo, a “segunda morte”.
A Bíblia
retrata a condição eterna como uma bênção perpétua onde o paraíso é recuperado.
A “árvore da vida” é restaurada (Ap
22.2) , e os redimidos de todos os tempos vivem
juntos no “novo céu” e na “nova terra”, tendo a “nova Jerusalém” como sua
morada central (Ap 21.1-13). Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e o seu
povo não terá mais “morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Ap 21.4). Isaías
(65.19) predisse: “nunca mais se ouvirá [...] voz de choro nem voz de clamor”.
Deus Pai e Cristo, o Cordeiro, serão a luz e o templo da cidade eterna (Ap
21.22-23). As doze portas da cidade recebem os nomes das doze tribos de Israel,
e as doze fundações recebem os nomes dos doze apóstolos, enfatizando a unidade
eterna do povo
redimido de Deus (Ap 21.11-14).
Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que
esteja morto, viverá” (Jo 11.25). Esta é a grande promessa de Cristo. Ele nos
convida a crer nEle, e promete recompensar-nos com a vida eterna (Jo 3.16;
4.36; 5.24). A Bíblia retrata a eternidade como um lugar de grande atividade,
pois estaremos servindo a Cristo para sempre.
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