terça-feira, 22 de setembro de 2015

VISÃO PANORÂMICA DO ANTIGO TESTAMENTO-formação do antigo testamento

Resultado de imagem para LOGOTIPO BÍBLIAVisão Panorâmica do Antigo Testamento:
Lição 2 - A Formação do Antigo Testamento 13/04/2003
 
Texto Áureo:
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44).
EXPLICAVA-LHES... AS ESCRITURAS. O Messias e a sua obra redentora, através do sofrimento, são o tema central no AT. Cristo pode ter citado trechos tais como Gn 3.15; 22.18; 49.10; Nm 24.17; Sl 22.1,18; 110.1; Is 25.8; 52.14; 53; Jr 23.5; Dn 2.24,35,44; Mq 5.2; Zc 3.8; 9.9; 13.7; Ml 3.1 
 
Verdade Prática:
O mesmo Deus que inspirou os escritores sagrados a escrever o Antigo Testamento, dirigiu a formação do cânon sagrado.
Portanto o Cânon pode ter sido dirigido humanamente, mas DEUS estava verdadeiramente no controle de Tudo e de todos.

Leitura Diária:
Segunda Dt 31.24-26 Moisés escreveu a Lei
24E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta Lei num livro, até de todo as acabar,25deu ordem Moisés aos levitas que levavam a arca do concerto do SENHOR, dizendo:26Tomai este livro da Lei e ponde-o ao lado da arca do concerto do SENHOR, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti.
Terça Js 24.26 Josué escreveu após Moisés
26E Josué escreveu estas palavras no livro da Lei de Deus; e tomou uma grande pedra e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava junto ao santuário do SENHOR
 
Quarta Is 8.16 Isaías e o proto-cânon de seus dias = 16Liga o testemunho e sela a lei entre os meus discípulos.
SELA A LEI ENTRE OS MEUS DISCÍPULOS. A grande maioria do povo de Deus vivia na apostasia, mas um remanescente permaneceu fiel discípulos que faziam a vontade do Senhor. Estes foram chamados para preservar a Palavra de Deus. Em todos os tempos, os verdadeiros discípulos do Senhor, aqueles em cujos corações está a Palavra, precisam lutar pela verdade imutável de Deus (ver Jd v. 3) e transmiti-la à geração seguinte.
Quinta 2 Rs 22.8-13 A Lei de Moisés como cânon parcial
8Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu.9Então, o escrivão Safã veio ao rei, e referiu ao rei a resposta, e disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram na mão dos que têm o cargo da obra, que estão encarregados da Casa do SENHOR.10Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei.11Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes.12E o rei mandou a Hilquias, o sacerdote, e a Aicão, filho de Safã, e a Acbor, filho de Micaías, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, o servo do rei, dizendo:13Ide e consultai ao SENHOR por mim, e pelo povo, e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto de nós está escrito.
 
Sexta Ed 7.14 O cânon parcial nos dias de Esdras 14Porquanto da parte do rei e dos seus sete conselheiros és mandado, para fazeres inquirição em Judá e em Jerusalém, conforme a Lei do teu Deus, que está na tua mão;
22.8 O LIVRO DA LEI. O "livro da lei" que Hilquias achou, tratava-se da lei que fora dada "pelas mãos de Moisés" (2 Cr 34.14); era, sem dúvida, um exemplar do Pentateuco, ou seja: os cinco primeiros livros da Bíblia (cf. 23.25; Dt 31.24-26). Essa descoberta dá testemunho da mão providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Realmente, a inspirada Palavra de Deus escrita é indestrutível (Is 40.8).
22.13 IDE E CONSULTAI AO SENHOR. Josias queria saber se os pecados de Judá tinham chegado a um ponto em que o juízo divino seria inevitável. (1) Através da profetisa Hulda, Deus disse que seu povo, em breve, seria, sim, entregue na mão dos seus inimigos (vv. 14-17). Noutras palavras, quando o povo de Deus persiste no pecado, atinge um ponto em que o castigo é inevitável. (2) Por um excessivo número de anos, o povo de Deus, i.e., os israelitas, "zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve" (2 Cr 36.16). O avivamento espiritual por intermédio de Josias apenas adiou a destruição iminente de Judá, mas não pôde evitá-la (vv. 18-20; 23.24-27).
Sábado Ne 8.1-3 O Livro da Lei no pós-cativeiro
1E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.2E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os entendidos para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês.3E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e entendidos; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei.
8.1 TODO O POVO SE AJUNTOU. Os caps. 8-10 descrevem um dos maiores avivamentos do AT e apontam vários princípios fundamentais para um avivamento e renovação espirituais. O avivamento e a renovação, procedem exclusivamente de Deus. Os instrumentos que o propiciam são: a Palavra de Deus (vv. 1-8), a oração (v. 6), a confissão de pecados (cap. 9), um coração quebrantado e contrito (v. 9), renúncia às práticas pecaminosas da sociedade contemporânea (9.2) e renovação do compromisso de andar segundo a vontade de Deus e de fazer da Palavra de Deus o nosso viver (10.29).
8.3 ESTAVAM ATENTOS AO LIVRO DA LEI. O avivamento teve início mediante um autêntico retorno à Palavra de Deus e um esforço decisivo para a compreensão da sua mensagem (v. 8). Durante sete dias, seis horas por dia, Esdras leu o livro da lei (vv. 3,18). Uma das principais evidências de um avivamento bíblico entre o povo de Deus é a grande fome de ouvir e ler a Palavra de Deus.
Leitura Bíblica Em Classe:
Lucas 24.25-27
25E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!26Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?27E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
EXPLICAVA-LHES... AS ESCRITURAS. O Messias e a sua obra redentora, através do sofrimento, são o tema central no AT. Cristo pode ter citado trechos tais como Gn 3.15; 22.18; 49.10; Nm 24.17; Sl 22.1,18; 110.1; Is 25.8; 52.14; 53; Jr 23.5; Dn 2.24,35,44; Mq 5.2; Zc 3.8; 9.9; 13.7; Ml 3.1.
Objetivos:
Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
Explicar o que significa “cânon”.
1-Definir a expressão “livro canônico”.
2-Citar os testemunhos contra os livros apócrifos.
 
Comentários: INTRODUÇÃO
Estudamos, na lição passada, a produção do Antigo Testamento. Hoje, veremos como os livros deste foram organizados, reunidos e preservados no cânon sagrado – a seleção dos escritos divinamente inspirados, autorizados e reconhecidos como a única regra de fé e prática para a nossa vida.Esse processo foi extremamente laborioso e metódico. Deus, com a sua poderosa mão, guiou os homens piedosos e sábios daquela época para esse mister.
I. O CÂNON SAGRADO 
CÂNON
É palavra grega e significa uma regra, vara de medir, cana. Cânon neste sentido então, refere-se aos livros que se conformam com as regras ou padrões da inspiração e autoridades divinos (Gl 6:16).
Foi a Igreja, guiada por Deus, que de um certo modo “reconheceu” o cânon, após longos debates. Assim a Igreja “canonizou” os livros sagrados, submetendo-os às regras ou padrões para verificar sua real inspiração.
Nas Escrituras hebraicas os livros canônicos são 24, mas são os mesmos 39 de nosso novo Velho Testamento, apenas agrupados de forma diferente. A Igreja Católica, contudo acrescenta o seu Velho Testamento outros 14 livros ou pedaços de livros.
 
1. A palavra “cânon” na Bíblia. A palavra kanon (cânon) é de origem hebraica – qaneh “cana”, e significava “vara de medir” (Ez 40.3). 
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES À HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DO CÂNON
Mas como foram escolhidos os trinta e nove livros que compõem o Velho Testamento?
a) os autores sagrados ao receberem as revelações da parte de Deus, as comunicavam verbalmente, contudo foram também orientados a registrarem de forma escrita algumas daquelas mensagens, para que ficassem para a posteridade. (Ex 17:14; Ex 24; 4 e 7; Ex 34:27-28; Nm 33:2; Dt 31;22-24; Js 1:8; I Rs 4:1-3; I Cr 29:29; Is 30:8; Jr 30:2; Jr 36:2-4; At 7:38). Muitos homens usados por Deus no tempo do Velho Testamento nada escreveram, por outro lado muitos outros escreveram literatura religiosa nesta época, embora não tenham recebido orientação Divina para isto. Houve tempos, portanto onde circulavam juntos, livros religiosos sagrados e não sagrados, lidos e manuseados pelo povo.
b) o cânon, ou seja, o grupo de livros sagrados, não foi meramente o produto de uma decisão conciliar, em um determinado momento histórico, mas sim um gradual reconhecimento pelos judeus da autoridade Divina presente em alguns livros então escritos. Esta coleção de livros acabou sendo posteriormente aprovada, agrupada e fixada pelo concílio da Igreja. A Igreja "canonizou", de uma certa forma o que já estava canonizado.
c) alguns princípios serviram de guia para a determinação da canonicidade de um livro pela Igreja primitiva: 
1) tem autoridade divina? É um "assim diz o Senhor?”; 
2) Foi escrito por um homem de Deus? É autêntico?; 
3) Tem poder para transformar as vidas?; 
4) Foi aceito pelo povo de Deus, lido e usado como regra de vida e fé?
d) com certeza o mais precioso e verdadeiro teste de canonicidade é o testemunho que o espírito santo dá à autoridade de sua própria palavra, provocando uma resposta de reconhecimento, fé e submissão no coração do servo de Deus. A canonicidade não era uma qualidade "atribuída" aos livros por testes humanos, como quer afirmar a igreja católica, pois como exemplo, quando uma criança reconhece seu pai em uma multidão, não lhe acrescenta nenhuma qualidade de parentesco, mas apenas confirma um relacionamento intenso já existente.
 
II. O CÂNON JUDAICO
CÂNON HEBRAICO, CATÓLICO E PROTESTANTE DO VELHO TESTAMENTO
Não parece ser dispensável dizer que a ordem de disposição dos livros só tornou-se necessária, possível e clara à medida que um cânon estabelecido substituiu os rolos isoladamente estudados.
 
a) O cânon hebraico é composto de 24 livros, dividido em três grupos: a lei (Torah), os profetas (Nebhim) e os escritos (Kethubim). 
Esta foi a ordem de aceitação dos livros como canônicos
Torah: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômios.
Nebhim: Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Os doze (os nossos profetas menores).
Kethubim: Salmos, Provérbios, Jô (poesia), Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Éster (os cinco rolos), Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas (históricos). 
Obs: São chamados “os cinco rolos” porque cada um foi escrito em um rolo para ser lido nas festividades judaicas: Cantares na Páscoa, Rute no Pentecostes, Eclesiastes na festa dos Tabernáculos, Éster no Purim e Lamentações no aniversário da destruição de Jerusalém. 
 
b) O cânon católico é o mesmo da Septuaginta.
Divide os livros do Velho Testamento em quatro grupos: Lei, História, Poesia, Profecia. Acrescenta ao conteúdo canônico hebraico, os livros apócrifos, sendo ao todo 46 livros:
Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
Históricos: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas ou Paralipômeros, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Éster, I e II Macabeus.
Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, Sabedoria, Eclesiástico.
Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel, Amós, Oséias, Joel, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. 
Em algumas versões antigas, Samuel e Reis são apresentadas como I, II, III e IV Reis e Esdras e Neemias como I e II Esdras.
 
c) O cânon protestante possui o mesmo conteúdo do cânon hebraico, porém distribuídos em 39 livros diferentes, seguindo, no entanto classificação idêntica ao cânon católico. Assim:
Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
Históricos: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Éster.
Poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
 
1. As Escrituras Sagradas dos judeus. A Bíblia dos judeus é o Antigo Testamento hebraico que, hoje, eles chamam de Tanach; sigla esta que vem das palavras Torah Neviym Vechetuvym, e significam respectivamente “Lei, Profetas e Escritos” 
2. O arranjo dos livros do Antigo Testamento Hebraico. Esses 24 livros são exatamente os mesmos 39 livros do nosso Antigo Testamento.
a) A Torah.
b) Os Neviym.
c) Os Kethuvym. 
3. O Cânon ratificado pelo Senhor Jesus. 
4. O Cânon Judaico mencionado por Josefo. 
III. A FORMAÇÃO DO CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
 A HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DO CÂNON DO VELHO TESTAMENTO
Os primeiros livros reconhecidos como sagrados foram os que compõem a Lei (Ne 8:1; Sl 119). Veja quão cedo foi esta aprovação e uso em Josué 1:7-8.
A Lei, entretanto foi esquecida com o passar do tempo, levando o povo à idolatria e ao pecado em Israel, até que foi novamente encontrada durante o reinado de Josias, trazendo gozo e quebrantamento à nação por volta de 620 a.C. (II Cr 34:14-33).
A seguir muitas das profecias registradas, provaram ser divinas pelo seu fiel cumprimento e então foram aceitas como "inspiradas" e "canônicas" (Jr 36:6; Zc 1:4-6; Zc 7:7; Dn 9:1).
O terceiro grupo de livros aceitos como sagrados foram os "escritos", compostos e aceitos em tempos diversos (Lc 24:44).
Na época do chamado "silêncio profético" (após 400 a.C.), muitos livros históricos e poéticos circulavam entre os judeus. Entre estes, alguns eram reconhecidamente sagrados, outros reconhecidamente espúrios, e uns poucos duvidosos quanto à sua natureza. Para este julgamento, os judeus usaram alguns critérios: 
1) está o conteúdo deste livro em conformidade doutrinária com a Lei?; 
2) É fiel historicamente?; 
3) Foi escrito até o tempo do profeta Malaquias?
Considerava-se que Deus falara até o profeta Malaquias, e depois disto viera o "silêncio profético". Foi neste tempo, por volta do ano 250 a.C., que um grupo de 70 sábios judeus, na cidade egípcia de Alexandria, ao traduzir o cânon hebraico para o grego, adicionou à Lei e aos Profetas já reconhecidos como sagrados mais alguns livros sobre os quais não se tinha ainda chegado a uma definitiva conclusão com respeito à sua canonicidade. Esta versão chamou-se "Septuaginta". Só mais tarde aqueles livros de caráter duvidoso foram considerados espúrios pelos judeus, mas o cânon da Septuaginta já era consagrado e usado por muitos grupos religiosos.
Jerônimo, entre 385 e 405 a.D., traduziu para o latino cânon da Septuaginta e esta era a versão universal católica-romana (Vulgata Latina). Na reforma, Lutero foi ao hebraico, e surpreendeu-se não encontrando ali os apócrifos, fazendo então uma nova versão pata o alemão, do cânon judaico. Em 1546, no concílio de Trento, como contra-reforma, a Igreja Católica confirmou o cânon da Vulgata Latina e emitiu anátemas contra a sua rejeição. 
 
PROVAS DA SUPREMACIA E AUTENTICIDADE DO CÂNON HEBRAICO SOBRE O GREGO
a) Devido à universalidade do grego, a versão da Septuaginta era aquela que provavelmente manuseavam  Jesus e seus apóstolos, no entanto não há em todo Novo Testamento nenhuma citação de qualquer livro apócrifo. Lucas 24:44
b) O concílio dos estudiosos judeus em Jâmnia não os reconheceu. (90 a.D.)
c) O historiador Flávio Josefo (90 a.D.), escrevendo em grego para gregos diz: “Porque nós não temos (isto é, como os gregos) miríades de livros discordantes e contraditórios entre si, mas apenas vinte e dois...”, justamente aceitos. Cinco são os livros de Moisés, que compreendem as leis e as tradições da origem da humanidade até a morte dele. Os profetas que foram depois de Moisés escreveram em treze livros o que sucedera no tempo em que viveram. Os quatro livros restantes encerram hinos a Deus e preceitos para a conduta do homem.” Contra Apion, 1, 8.
d) O prólogo do livro apócrifo Eclesiástico (180 a.C.) diz: “Muitos e excelentes treinamentos nos foram transmitidos pela Lei, pelos profetas, e por outros escritores que vieram depois deles, o que torna Israel digno de louvor por sua doutrina e sua sabedoria, visto que não somente os autores destes discursos tiveram de ser instruídos, mas também os próprios estrangeiros se podem tornar (por meio deles) muito hábeis tanto para falar como para escrever”.
 “Por isso, Jesus, meu avô, depois de se ter aplicado com grande cuidado à leitura da Lei, dos profetas e dos outros livros que nossos pais nos legaram, quis também escrever alguma coisa acerca da doutrina e da sabedoria... Eu vos exorto, pois a ver com benevolência e a empreender esta leitura com uma atenção particular e a perdoar-nos, se alguma vezes parecer que, ao reproduzir este retrato da soberania, somos incapazes de dar o sentido (claro) das expressões”. Este prólogo é um auto-reconhecimento da falibilidade humana.
 
e) Os pais da Igreja os rechaçaram: Orígenes (254 a.D.) - Tertuliano (250 a.D.). Mesmo Jerônimo (400 a.D.) rechaçou estes livros apócrifos, os quais foram acrescentados à sua Vulgata Latina após a sua morte.
f) Só em 1546, no concilio de Trento como contra-reforma, a igreja católica reconhece oficialmente os apócrifos como canônicos, após a tradução de Lutero.
 
1. Quando o Cânon do Antigo Testamento se estabeleceu?
2. O proto-cânon.
3. O Sínodo de Jâmnia ou Yavne. 
No ano 90 a.D., no concílio de Jâmnia, os judeus definitivamente rejeitaram a canonicidade dos livros apócrifos e fixam o seu cânon. Aqui, no entanto já claramente reconhecemos dois cânones espalhados pelo mundo, o judeu e o grego, a Septuaginta.
IV. OS LIVROS APÓCRIFOS
AS HERESIAS DOS APÓCRIFOS
TOBIAS (2000 a.C.).
É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.
Apresenta:  justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8;
Mediação dos Santos - 12:12;
Superstições - 6:5, 7-9, 19;
Um anjo engana Tobias e o ensina a metir - 5:16 a 19.
JUDITE (150 a.C.).
História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando o inimigo e decaptando-o. Sua grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.
BARUQUE (100 a.D.).
Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da 2a destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.
ECLESIÁSTICO (180 a.C.).
É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:
Apresenta:  justificação pelas obras - 3:33-34;
Trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42; 1 e 5;
Incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28.
SABEDRIA DE SALOMÃO (40 a.D.).
Livro escrito com a finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).
Apresenta:  o corpo como prisão da alma - 9:15;
Doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma - 8:19 e 20;
Salvação pela sabedoria - 9:19.
 
I MACABEUS (100 a.C.).
Descreve a história de três irmãos da família “Macabeus”, que no chamado período interbíblico (400 a.C. - 3 a.D.), lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.
II MACABEUS (100 a.C.).
Não é a continuação do I Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Apresenta:  a oração pelos mortos - 12:44-46;
  Culto e missa pelos mortos - 12:43;
  O próprio autor não se julga inspirado - 15:38-40; 2:25-27;
  Intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14.
ADIÇÕES A DANIEL:
Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda, Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.
Capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.
 
1. Os apócrifos nas edições católicas da Bíblia.
2. O testemunho de Josefo contra os apócrifos.
3. O testemunho dos judeus contra os apócrifos.
4. O testemunho interno contra os apócrifos. 
 
APÓCRIFOS
Quer dizer “ocultos” ou “espúrios”. São 15 livros ou pedaços de livros que fazem parte do cânon católico, mas não são aceitos como sagrados pelos judeus e protestantes, tendo, contudo alto valor histórico.
Eles foram incluídos como se fossem sagrados, quando foi efetuada a versão grega do Velho Testamento (Septuaginta), mas considerados espúrios posteriormente pelos judeus, daí surgindo o termo que, no entanto só ganhou ênfase, na redescoberta destes fatos, durante o período da Reforma. Como contra-reforma a igreja católica manteve-se fiel ao cânon da Septuaginta e chamou estes livros Deuterocanônicos (“canônicos da 2a  época)”.
São eles: Tobias; Judite; Éster 10:4-16:24; Sabedoria de Salomão; Eclesiástico; Baruque; I e II Macabeus; Adições ao livro de Ester e de Daniel (os três jovens da fornalha, Bel e o Dragão, a história de Suzana); Oração de Manasses; III e IV Esdras.
 
PSEUDO-EPÍGRAFOS
São os livros religiosos e apocalípticos, escritos com a pretensão de serem sagrados, no entanto, nem discutidos como tais o foram, sendo por todos (judeus, católicos e protestantes) rejeitados.
Ex: Apocalipse de Sofonias, de Zacarias, de Esdras. Enoque Os doze Patriarcas, etc.
 
CONCLUSÃO
CANONICIDADE: Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões" determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.
A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap.21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16).
*** A fonte da Canonização: A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi conseqüentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim declarado pela nação judaica e pela igreja cristã.
 

Concílios e sínodos, ou até mesmo a Igreja, não estão investidos de poderes para aferir ou “canonizar” esse ou aquele livro das Escrituras.

Um comentário:

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