quarta-feira, 22 de maio de 2013

EDUCAÇÃO CRISTÃ, RESPONSABILIDADE DOS PAIS

       
  ESTE ESTUDO É DA CPAD                                    



                                                                       
                                                                     


                                             8 LIÇÃO 2 TRI 2013.


EDUCAÇÃO CRISTÃ, RESPONSABILIDADE DOS PAIS.
Data: 26/04/2013.                           Hinos sugeridos: 330, 419, 522.
TEXTO ÁUREO
Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, ate quando envelhecer, não se desviara dele. (Pv. 22. 6).
VERDADE PRÁTICA
A educação cristã de nossas crianças, adolescentes e jovens é uma responsabilidade intransferível e pessoal dos pais com o apoio e assistência da igreja.
LEITURA DIÁRIA
Segunda        - Dt 6. 4-9.                A responsabilidade dos pais.
Terça              - Sl. 78. 5.                 Pais ensinando filhos.
Quarta            - Ef. 6. 4.                   Filhos criados na doutrina do Senhor.
Quinta             - Ef. 4. 11.                Jesus prove mestres para sua igreja.
Sexta              - Lc. 2. 52.                O desenvolvimento de Jesus.
Sábado          - Sl 127. 3.                Filhos-Herança do Senhor.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os preceitos que o Senhor teu Deus mandou ensinar-te, a fim de que os cumprisses na terra a que estás passando: para a possuíres;
2 para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que se prolonguem os teus dias.
3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em que os guardes, para que te vá bem, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te prometeu o Senhor Deus de teus pais.
4 Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
5 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.
6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
7 e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.
8 Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos;
9 e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.
OBJETIVOS
Apos a aula, o aluno devera estar apto a:
Considerar a educação cristã como missão prioritária dos pais.
Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento.
Saber da importância da educação cristã na família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor para introduzir a lição desta semana, sugerimos que leia o trecho do Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD; o mandato “Fazei Discípulos” (ARA, Almeida Revista e atualizada). Inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos que notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie isto é guardar (obedecer) todas as coisa que Cristo ordenou. Em outras palavra, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação [...].
Solicite aos alunos que comentem e discutam o texto. Em seguida fale acerca do impacto do evangelho na vida do discípulo. Afirme que a palavra de Deus transforma a vida de qualquer pessoa.
INTERAÇÃO
Em lições anteriores vimos que grande parte dos pais não acompanha a vida estudantil dos filhos. Em que pese às demandas atuais da vida da família cristã, o que os pais cristãos tem feita pela educação religiosa dos seus filhos? Se em primeiro lugar a fé crista não for ensinada e vivenciada no lar; certamente será impossível aos nossos filhos peregrinarem pelo caminho da retidão. A Educação Cristã é responsabilidade dada por Deus aos pais.
PALAVRA CHAVE Educação: Processo de desenvolvimento das capacidades física, intelectual e oral da criança e do ser humano em gerai, visando a sua melhor integração individual e social.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porem, confiou-nos essa Tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família crista. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somete Deus pode conceder-nos (Tg 1. 5; 3. 17). Ainda que contemos  com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais.
I - EDUCAÇÃO. A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar? Segundo o Dicionário Houalss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança: cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz deste mundo ela deve educar e Instruir segundo a Palavra de Deus (Mt 28.19-20). Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.
2. Educação Crista. Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidaria, precisamos: com Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é Imprescindível investir na educação Crista, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus (Os 6. 3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. alias, ensinar é um dos deveres do pastor (1.Tm 3.2: 2 Tm 2.24).
3 - A educação nas escolas. Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valorei morais e éticos. Tanto nas escolas publicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos a fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas. Por Isso, os pais não podem negligenciara educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da Igreja, ser Instruídos para orientar seus filhos (Ef 6. l -4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis milhares de adolescentes gravidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do numero de casos de AIDS, etc.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social.
II - A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO.
1. No Antigo Testamento. A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 73-5) Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais conheceriam a Deus e aprenderiam a teme-lo (Dt 4. 9,10). No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pês secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua historia e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus as próximas gerações, É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tato quanto nossas palavras.
2. Em o Novo Testamento. As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da Lei. Mesmo havendo essas "escolas" a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais Judaicos (Lc 2. 21-24, 35 -42). Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Tora, chegando a confundir os doutores no Templo (Lc 2.46,47), Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apostolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2 Tm 1. 5,6; 3.14-17).
3. Na atualidade. A Escola Dominical é a maior e a mais acessível agencia de educação religiosa das igrejas evangélicas, ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas escrituras. Porem, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais. Alias, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6. 1-4).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a educação dos filhos em casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros de instrução para os meninos aprenderem a Lei.
Ill - A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor. Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são "herança do Senhor" e a nossa grande recompensa (Sl 127.3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensina-los e educa-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pv 22 ,6).
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto domestico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais.
3. Leve seus filhos a igreja. Lamentavelmente, muitos pais vão a Igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos a Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa pratica saudável (Mc 10. 13-16). A educação Crista começa no lar e é fortalecida na igreja, notadamente na Escola Dominical.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Na família, a Educação Crista deve estar eminentemente presente.
CONCLUSÃO
"Educação é dever do Estado e direito do cidadão", porem, a educação começa na família. Os pais receberam de Deus uma das mais nobres missões; educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblico. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Teológico
"Educação Cristã e a ciência magistério da Igreja Crista que. fundamentada na Bíblia Sagrada, tem por objetivos:
a) A instrução do ser humano no conhecimento divino, a fim de que ele volte a reatar a comunhão com o Criador, e venha a usufruir plenamente dos benefícios do Plano de Salvação que Deus estabeleceu em seu amado Filho. Q apostolo Paulo compreendeu perfeitamente o objetivo da Educação Crista: Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo' (Cl 1,28}.
b) A educação do crente, para que este logre alcançar a perfeição preconizada nas Sagradas Escrituras: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Tm 3.16,17).
c} A preparação dos santos., visando capacitamos a cumprir integralmente os preceitos divinos da Grande Comissão: 'Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade(2 Tm 2.15)” (ANDRADE, Claudionor.Teologia da Educação Crista: A missão educativa da igreja e suas implicações bíblicas e doutrinarias. I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2002, pp.5-6).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Teológico
[A educação cristã] FOI PRATICADA PELA IGREJA PRIMITIVA
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse mandamento?
A ILUSTRAÇÃO.
Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos” (At 2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.
A IMPLEMENTAÇÃO.
Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da multiplicação e não da adição.
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata. GANGEL Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual de Ensino para o educador cristão Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 1999, p7).
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que significa “educar"?
R: Criar uma criança: cuidar, instruir.
2. O que devemos fazer se queremos uma sociedade mais justa e solidaria?
R: Precisamos: com Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus.  
3. Qual e o maior e mais acessível agencia de educação religiosa das igrejas evangélicas?
R: A Escola Dominical.
4. De acordo com a lição, qual era a ordem do Senhor para os israelitas?
R: Q eu os Israelitas priorizassem a educação de seus filhos.
5- Qual era o proposito do memorial erguido por Josué com as doze pedras do Jordão?
R: Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua historia e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, Claudionor. Teologia da Educação Crista: A missão educativa da igreja e suas implicações bíblicas e doutrinarias. I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2002.
GANGEL Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual de Ensino para o educador cristãoCompreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 1999.
RAVI Zacharias. GEISLER. Norman. Sua Igreja esta preparada. .Motivando Líderes para Viver uma Vida Apologética I. Ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2007.
VOCABULARIO Mister: Urgência.
Utilitarista: Busca egoísta do prazer individual.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 54, p.40.
A educação da criança é responsabilidade dos pais, e o mesmo ocorre quando se fala em educação cristã. Os pais cristãos são responsáveis por educarem seus filhos e transmitir a eles as verdades sobre a Bíblia e o Evangelho. É evidente que a igreja, por meio da Escola Dominical, terá sua participação na transmissão do Evangelho de forma didática e direcionada, mas isso não exime os pais de ensinarem seus filhos em casa e com o próprio exemplo de vida.
Lembremo-nos de que o mundo se utiliza dos meios escolares vigentes para transmitir aos nossos filhos ensinos que zombam da fé cristã, o que reforça a necessidade de investirmos em uma excelente educação cristã para nossos filhos.
No Antigo Testamento, não havia a ideia de "educação cristã", pois não existia ainda o cristianismo, mas existia a obrigatoriedade de os pais ensinarem seus filhos a temerem ao Senhor, respeitar Sua Lei e ter ao Senhor como seu Deus. O ensino também era demonstrado por meio de monumentos, como as doze pedras retiradas do Jordão, que seria memorial para as futuras gerações se lembrassem de como Deus cumpriu sua promessa de colocar o povo na terra prometida, fazendo com que o Jordão fosse aberto na época das chuvas e o povo pudesse ultrapassar essa barreira geográfica. No futuro, as crianças perguntariam sobre aquele conjunto de pedras, e os pais deveriam contar como Deus havia realizado aquele milagre.
Mesmo com o passados anos, quando os judeus não tinham mais o Templo, instituíram as sinagogas para reunir os membros da comunidade e ensinar às crianças a lei de Deus. Foi essa instituição - a sinagoga - que Deus posteriormente utilizou para difundir o Evangelho aos judeus, quando Paulo, em suas viagens missionárias, ia de cidade em cidade para falar de Jesus. Paulo ia primeiramente às sinagogas, anunciando Jesus aos seus irmãos, e depois pregava aos gentios em outros lugares.
A educação cristã de nossos filhos deve ser de suma importância para nós, tanto quanto a educação secular nas escolas. Por isso, é importante levá-los à  escola Dominical, onde aprenderão sistemática e didaticamente a Palavra, por meio de histórias, leitura da Bíblia e outros meios utilizados para fazer com que as crianças entendam a fé cristã e tomem uma decisão por Cristo. Além de aprender a Palavra, eles desenvolverão amizades cristãs e já terão contato com ministérios próprios do culto, como a música e a adoração.
SUBSÍDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A educação com base nos princípios bíblicos fortalece o caráter e desenvolve a cidadania cristã. Em tempos mais antigos, a educação começava no lar, e se fortalecia no meio da família. Há algumas décadas, os pais em geral eram os principais educadores da família. Com o passar dos séculos, a educação formal passou a utilizar-se das instituições educacionais para desenvolver o processo educativo. Foi um avanço, sem dúvida.
A educação na família deixava a desejar em termos de conteúdo, embora fosse eficaz na formação do caráter, na maioria dos lares. Quando os pais eram os educadores da família, os filhos, verdadeiros alunos, na escola da vida, procuravam adotar o comportamento esperado pelos seus genitores. Lembro-me do tempo em que um adolescente levantava-se para ceder o lugar a um ancião, em qualquer ambiente, no lar, no transporte, nas repartições, etc. Hoje, esses gestos de civismo parecem estar esquecidos, ou nunca foram valorizados. Para que idosos tenham prioridade, foi necessária a intervenção da lei, concedendo-lhes o direito ao atendimento nos diversos lugares.
A educação formal, desenvolvida nas instituições educacionais, utilizando conteúdos programáticos e currículos elaborados tecnicamente, amplia o leque de conhecimentos a serem apreendidos pelo alunado. Mas, infelizmente, grande parte das escolas não transmite educação.
Certo autor escreveu: “Perdi minha educação, quando entrei na escola”. Parece exagero, mas a experiência comum confirma que, na escola, os valores morais e éticos são desprezados. Esse é o tipo de ensino que despreza os princípios da Palavra de Deus.
A educação a que nos referimos, neste estudo, não é a educação secular simplesmente. Mas a educação cristã, fundada nos sagrados princípios, que emanam da palavra de Deus. Esses princípios são, antes de tudo, espirituais. Contemplam e valorizam a existência do Criador de todas as coisas, conforme a explicação da sua palavra. Esses princípios são “cláusulas pétreas”, em termos absolutos de ética e de moral.
Na educação cristã, o aluno deve ser instruído nos fundamentos espirituais e morais, cuja fonte é a Palavra de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 91-92.
I - EDUCAÇÃO. A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar?
O que é educação? “A Educação não é mais do que o desenvolvimento consciente e livre das faculdades inatas do homem” (Sciacca); “a Educação é o processo externo de adaptação do ser humano, física e mentalmente desenvolvido, livre e consciente, a Deus, tal como se manifesta no meio intelectual, emocional e volitivo do homem” (Herman Horse); “E toda a espécie de formação que surge da influência espiritual” (Krieck, p. 62,63).
Ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral, do ser humano; disciplinamento, instrução, ensino” (Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, Caldas Aulete). “Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens para adaptá-las à vida social; trabalho sistematizado, seletivo, orientador, pelo qual nos ajustamos à vida, de acordo com as necessidades ideais e propósitos dominantes; ato ou efeito de educar; aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, polidez, cortesia” {Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda)”.
Há muitas definições de educação. Pode-se dizer que educação é um processo que integra o ensino e a aprendizagem, com vistas à formação de indivíduos com personalidade capaz de desenvolver-se e aperfeiçoar-se para a vida. E diferente de instrução, de treinamento ou adestramento. A educação verdadeira prepara cidadãos conscientes para exercerem papel construtivo na sociedade.
“Podemos dizer que a educação é um processo contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida”; Gregory vê dois conceitos de educação: “Primeiro, o desenvolvimento das capacidades; segundo, a aquisição de experiência”. “E a arte de exercitar e a arte de ensinar”.
Com isso, o resultado esperado é “uma personalidade bem desenvolvida física, intelectual e moralmente, com recursos tais que tornem a vida útil e feliz, e habilitem o indivíduo a continuar aprendendo através de todas as atividades da vida”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 92-93.
I.PALAVRA E SUAS DEFINIÇÕES.
A educação é o desenvolvimento e o cultivo sistemático das capacidades naturais, por meio do ensino, do exemplo e da prática. Inclui tanto o conhecimento te6rico quanto a experiência prática, no desenvolvimento de habilidades diversas. Em um sentido formal, essa palavra indica o ensino como um sistema, servindo de sinônimo da palavra «pedagogia», No sentido bíblico, porém, o processo da educação combina-se com os princípios espirituais que, segundo se espera, emprestam poder e significado aos ensinos que transcendem os meios intelectuais normais e os meios humanos práticos. A revelação é a inspiração saem em ajuda da educação, pelo que também o Senhor Jesus Cristo é o supremo exemplo que as pessoas bem - educadas deveriam seguir e tentar duplicar, tanto na natureza quanto na prática.
O moderno vocábulo hebraico para «treinar» deriva-se do mandamento que aparece em Provérbios 22:6 e que nossa versão portuguesa traduz por: «Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele». Outros termos relacionados à educação são aqueles que denotam as ideias de instrução e aprendizagem.Todos os bons processos de educação dispõem do Compêndios adequados. No tocante ao processo da educação espiritual, o texto principal é a Bíblia, havendo outras obras que suplementam o conhecimento adquirido através da Bíblia, que fornecem instrução quanto a todas as variedades de conhecimento que podem ter alguma aplicação espiritual.
Mestres são providos para ajudar no processo, a fim de proverem o exemplo e as instruções adequados.
Esses professores são descritos como sábios (ver Pro. 13:14 e 15:7). Seus alunos eram chamados, antigamente, de «filhos. (ver I Crê, 25:8 e Pro. 2:1), porquanto a educação processa-se melhor quando os princípios espirituais da família divina estão sendo ensinados e seguidos.
No Novo Testamento encontramos menção aos rabinos (professores) e aos mestres (professores). No grego, esta última palavra é didáskalos, termo usado por cerca de cinquenta vezes nos evangelhos, mas aplicado de modo supremo a Jesus. Ele ensinava às multidões (Mar. 2:13), nas sinagogas (1:21), ou então, particularmente, aos. seus discípulos (Mat. 5:1,2). Os discípulos (aprendizes) foram mencionados por mais de duzentas vezes nos evangelhos. Ele lhes ensinava doutrina (no grego, didache). Parte da Grande Comissão era o ministério do ensino, conforme se vê em Mat. 28:19,20.
Educação FORMAL E INFORMAL.
A educação formal , adquirida através do estudo bem organizado, usualmente administrado nas escolas. Esse ensino se faz por graus, havendo certo número de disciplinas requeridas, dentro de um determinado número de anos. A educação informal é aquela adquirida mediante o estudo privado, ou mediante a experiência diária, incluindo aquilo que se aprende através de comunicações, livros, revistas, rádio, televisão, cinema, etc. Educação é o nome daquela ciência ou ramo de estudos que trata, histórica e contemporaneamente, dos princípios e práticas do ensino e do aprendizado.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 268-269.
28:19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo;
·Ide. portanto, fazei discípulos...·. Algumas traduções dizem ·ensinai todas as nações». Porém, «fazei discípulos· é tradução melhor, embora em Mat. 13:52 seja usada essa expressão com 0 sentido de «instruir». O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregação do evangelho; mas também subentende um exercício de treinamento e orientação, de forma que esses discípulos sejam melhor firmados e instruídos na plenitude da mensagem das Escrituras Sagradas. A palavra «portanto·, provavelmente é uma glosa, pois é omitida pelos mss Aleph, AEFHKMSU V, Gamma e outros. Todavia c porção muito antiga do texto, por causa do Códex do Vaticano, como também dos mss Delta e Fam Pi. A glosa é excelente, conforme a maioria dos intérpretes concorda prontamente, porque mostra que essa ação de fazer discípulos dentre todas as nações, repousa na autoridade universal de Cristo. Por conseguinte, sem importar o que aconteça, algum sucesso está garantido; e o que parece ser fracasso, cm realidade não pode sê-lo. Se tragédias aconteceram. se mártires surgirem, se um tratamento vergonhoso for dado aos pregadores, se desumanidades forem perpetradas contra os discípulos, devemos saber que tudo será por causa de Jesus, e que a vitória e o sucesso final estão plenamente assegurados. Se males forem cometidos contra os discípulos de Cristo ״ o que parece não ter remédio, toda via Deus curará a tudo, porque cm Cristo está toda a autoridade, não somente neste mundo, mas também no céu. E, assim sendo, dessa promessa flui um rio de paz e de segurança. Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi prontamente sarada, final c completamente, pela ressurreição, assim também todos os recuos e derrotas dos verdadeiros discípulos serão sarados, porquanto a autoridade de Jesus Cristo garante isso.
·...de todas as nações...» Todas as limitações fronteiriças são aqui removidas, como também se verifica em Mat. 10:5. Assim foi estabelecida a universalidade da comissão apostólica. A questão sobre como os discípulos haveriam de receber de incorporar-se na igreja, ainda não fora respondida; c ainda não haviam sido feitas as revelações, dadas a Paulo, que identificam a igreja como organismo quase totalmente gentílico. uma noiva gentílica, e também aquelas outras que falam da alta chamada dessa igreja, que será transformada completamente segundo a imagem de Cristo. Todas essas coisas haveriam de ser esclarecidas mais tarde. e podemos ler acerca delas cm trechos como Rom.8; Efé. 1; Col. 1; Heb. 5. O desenvolvimento dessa semente é deixado nas mãos do Espirito Santo, através do ministério dos apóstolos. Todas as nações certamente incluiria os judeus; mas a mensagem não teria mais alcance provinciano. Um dos principais temas deste cristã; e este é o trecho central desse tema. Assim sendo, encontramos nesta passagem a grande ·Magna Carta· do empreendimento missionário do cristianismo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 654.
Atividade (w. 19, 20a). O verbo grego traduzido por ide na verdade não é uma ordem, mas sim um gerúndio (indo). O único mandamento de toda a grande comissão é "fazei discípulos" ("de todas as nações").
Jesus disse: "Enquanto estiverem indo, façam discípulos em todas as nações". Não importa onde estamos, devemos testemunhar sobre Jesus Cristo e procurar ganhar outros para ele (At 11:19-21).
O termo "discípulos" era o nome mais comum para os cristãos primitivos. Ser um discípulo significa mais do que ser um convertido ou um membro da igreja. Aprendiz talvez seja um bom termo equivalente. Um discípulo apega-se a seu mestre, identificasse com ele, aprende e vive com ele. Aprende não apenas ouvindo, mas também praticando.
Jesus chamou doze discípulos e os ensinou de modo que fossem capazes de ensinar a outros (Mc 3:13ss).
Assim, um discípulo é alguém que crê em Jesus Cristo, expressa essa fé ao ser batizado e permanece em comunhão com os irmãos a fim de aprender as verdades da fé (At 2:41-47) e então ser capaz de ir e ensinar a outros. Esse era o padrão da Igreja do Novo Testamento (2 Tm 2:1, 2). Em vários aspectos, desviamo-nos desse padrão. Na maioria das igrejas, a congregação paga o pastor para pregar, ganhar o perdido e ajudar o salvo, enquanto os membros da igreja atuam apenas como torcedores (se estiverem animados), ou então, como meros espectadores. Os "convertidos" são ganhos, batizados e aceitos como membros, para depois se juntarem aos espectadores.
Nossas igrejas cresceriam muito mais rapidamente, e os cristãos seriam muito mais fortes e felizes, se discipulassem uns aos outros. A única forma de uma igreja local "crescer e se multiplicar" (em vez de crescer por "acréscimo") é por meio de um programa sistemático de discipulado. Trata-se de uma responsabilidade de todo cristão, não apenas de um pequeno grupo "chamado para ir".
Jesus abriu a mente de seus discípulos para que entendessem as Escrituras (Lc 24:44, 45). Descobriram o que Jesus desejava que ensinassem aos convertidos. Não basta ganhar pessoas para o Senhor. Também é preciso ensinar a Palavra de Deus a elas, pois isso faz parte da grande comissão.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 140.
2. Educação Crista.
Educação cristã. Na igreja cristã, há um espaço especial para a Educação Cristã. Esta é o processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo poder do Espírito Santo, transmitindo valores e princípios divinos. E diferente da educação secular, que só transmite instruções e conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 93.
EDUCAÇÃO CRISTÃ
Introdução. Dentro da economia judaica, a educação era, essencialmente, um produto do lar, envolvendo o aprendizado da religião, de alguma profissão e estava usualmente associada à atividades agrícolas. Quando surgiram as artes e ofícios, esses eram ensinados mediante o aprendizado. Quando surgiram as escolas, as sinagogas tomaram-se o centro da erudição. No cristianismo primitivo, a situação era muito parecida com isso, excetuando que, na cultura romana, havia escolas profissionais, que não somente ensinaram artes e ofícios, e os cristãos tinham acesso a esses meios. Uma vez que a Igreja deixou de ser perseguida, após a conversão de Constantino ao cristianismo, a Igreja começou a ser a mestra do estado. Sucedeu, pois.. que na Idade Média, a educação tornou-se-essencialmente uma função da Igreja. Após cerca de mil anos em que essa condição prevaleceu, o secularismo e o nacionalismo debilitaram o poder da Igreja. A renascença e a Reforma protestante deram prosseguimento a esse processo, época em que o estado começou a recuperar o poder que havia perdido quando da queda do império romano do Ocidente, e, uma vez mais, tomou-se uma entidade educadora, independente da Igreja. Ver os artigos sobre a Cristandade e a Civilização Cristã.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 275.
Apto para ensinar (v. 2g). O ensinamento da Palavra de Deus é um dos principaisministérios do presbítero. Na verdade, muitos estudiosos acreditam que "pastores e mestres", em Efésios 4:11, se refere a uma só pessoa com duas funções. Um pastor é, automaticamente, um mestre (2 Tm 2:2, 24). Phillips Brooks, famoso bispo norte-americano do século XIX, disse: "A aptidão para ensinar não é algo que se obtém por acidente nem por um irrompimento de zelo ardente".
O pastor deve ser um estudioso dedicado da Palavra de Deus e de tudo o que o ajude a conhecer e a ensinar a Palavra. O pastor que tem preguiça de estudar é uma calamidade no púlpito.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 286.
2 Tm 2.23-26 - Como ensinador. Timóteo ajudou os que estavam confusos em relação à verdade. O conselho de Paulo a Timóteo, e a todos aqueles que ensinam a verdade de Deus, é que sejam generosos e brandos, explicando a verdade de modo paciente e cortês.
O bom ensino nunca promove disputas ou falatórios inúteis. Se você estiver ensinando em uma classe de escola dominical de sua igreja. liderando um estudo bíblico, ou pregando na igreja, lembre-se de ouvir as perguntas das pessoas e tratá-las respeitosamente ao mesmo tempo que evita debates tolos. Se você fizer isto aqueles que se lhe opõem estarão mais dispostos a ouvir o que você tem a dizer e talvez reconsiderem o erro deles.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1714.
3 - A educação nas escolas.
EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
1. A educação repressiva
Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na base do autoritarismo. Tudo era feito com base de um relacionamento rígido. A igreja evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação. Eram comuns os castigos físicos, com o uso da “vara” para as falhas mais simples. Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a respeitar os limites que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos mais velhos, e às normas. Os aspectos negativos dessa educação manifestavam-se tempos depois, quando os filhos tornavam-se independentes. De certa forma, essa educação contrariava a Bíblia, que manda criar os filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).
2. A educação permissiva
Na educação moderna, os psicólogos levaram os pais a não ter autoridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim, grande parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir para que os filhos não fiquem frustrados. O resulta do dessa educação é um a libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais permitirem que suas filhas pratiquem sexo com os namorados em suas próprias residências.
Esse tipo de educação leva os filhos, desde crianças, a não respeitarem limites, normas e princípios. Aliás, essa educação “moderna”, em gera não tem princípios morais, éticos, e muito menos espirituais. E uma agressão aos princípios bíblicos, que exorta aos pais a criarem seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b); e manda ensinar ao menino o caminho em que deve andar, para que, quando envelhecer, não se esqueça dele (Pv 22.6).
3. A educação materialista
A educação oficial, ministrada na rede de ensino pública ou particular, é totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. Os currículos que reúnem os conteúdos programáticos a serem transmitidos nas salas de aula são fundamentados nas filosofias e pseudociências materialistas.
Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida, do homem, da inteligência, e de todas as coisas que existem no universo. Os professores de ciência ensinam, como sendo a última palavra, que a vida surgiu “por acaso”, de uma mistura, “ao acaso”, de substâncias químicas, que se reuniram “ao acaso”, e , dali, surgiu a vida, “ao acaso”, durante “milhões” de anos. Os alunos, crianças, ou adolescentes, de olhos arregalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas com quadros, nos livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais sofisticado, nas telas, com projeções através de “data-shows”, ou projetores de multimídia.
E “o mestre”, com ar de absoluta convicção, explica que a origem da vida, dos animais e do homem, foi fruto da evolução, que dispensa totalmente a existência de um Deus pessoal, inteligente, e soberano, como ensinam as religiões, e, principalmente, como ensina o cristianismo. Figuras de macaco, evoluindo, da posição de quatro pés, ficando atarracado, até ficar ereto, até chegar a ser homem são mostradas como sendo realmente o que ocorreu. Na verdade, nada disso é verdade, mas é passado e repassado como ciência.
Professores materialistas têm grande influência sobre a mente dos alunos, principalmente porque, em casa, a grande maioria não tem qualquer preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar a “onda” materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas escolas. Muitos desses professores ou professoras são homossexuais, e fazem questão de, aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos, propagar o seu estilo de vida anticristão, anti-Deus e contra a Bíblia Sagrada, a Lei de Deus.
4. A educação informativa
Com exceção das escolas confessionais, ligadas a religiões que aceitam os princípios cristãos, em todas as escolas regulares a educação é meramente informativa. Uma quantidade enorme de conteúdos é ministrada, muitos deles sem qualquer valor para a formação do caráter e da personalidade. Não existe a preocupação com a ética ou a moral. O mais expressivo exemplo dessa educação meramente informativa é a chamada “educação sexual”. Nas escolas, os alunos, inclusive crianças e adolescentes, são ensinados que podem fazer sexo precocemente, desde que tenham cuidado em usar o preservativo. Não há preocupação com valores morais. Sexo na adolescência é ensinado como algo perfeitamente compreensível e normal. Apenas deve haver precauções. O resultado é que, anualmente, há quase um milhão ade adolescentes grávidas. A AIDS aumenta entre os jovens, de acordo com relatórios da Organização Mundial da Saúde.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 98-100.
APOLOGÉTICA NA SALA DE AULA
Nunca podemos consentir com o irracionalismo de nossa época — a negação pós-moderna da verdade. O modo como essa entrega muitas vezes é expressa na igreja, é uma satisfação agradável em relação a uma experiência de louvor emocionante na qual comove naquele momento, mas existe uma semelhança completamente separada da vida cotidiana e do discurso cultural que isto envolve.
Como a pregação pode e deve ter um lado apologético, é necessário que seja acompanhada pelo ensino sistemático no contexto da sala de aula. Para que a igreja seja uma instituição de apologética, nós que estamos na liderança devemos buscar um compromisso mais sério de nossa congregação. Esse é um imenso desafio em virtude das exigências já feitas para sobrevivermos no mundo tão ocupado de hoje.
Felizmente, muito trabalho tem sido realizado por professores e pastores. Chamo a atenção para quatro recursos muito úteis para ensinar e estimular a apologética no dia-a-dia dos leigos instruídos.
1. The Case for Christ (Em Defesa de Cristo), de Lee Strobel, é uma “investigação particular de um jornalista em busca de evidências de Jesus”. A grande força desse livro é que o autor não é um especialista, mas no estilo jornalístico, ele aborda seus tópicos como um jornalista, entrevistando especialistas em vários campos. Strobel, um ex-repórter investigador, utiliza ilustrações de suas reportagens sobre crimes a fim de abrir as portas fechadas do pensamento contemporâneo. Então por meio de um formato investigativo/de entrevista, ele traz alguma variedade de testemunhas especialistas para caminhar por essas portas com informações bem pesquisadas e bem apresentadas que dão ganho de causa para Cristo. Não conheço uma obra melhor no nível popular.
2. Darwin on Trial (Darwin no Tribunal), de Phillip Johnson, e Darwin ’s Black Box (A Caixa Preta de Darwin), de Michael Behe, são duas das melhores obras apologéticas sobre o criacionismo. A contínua discussão científica sobre haver uma “ordem criada” no universo ou se nós, seres humanos, bem como tudo mais que existe, somos resultados “do acaso” é um assunto polêmico constante nos debates da vida cotidiana. A evolução é ensinada como fato científico nas escolas, e o criacionismo é banido. O cético conclui facilmente que se os seres humanos estão aqui por acidente por meio de um processo de bilhões de mutações ao longo de bilhões de anos, então Deus deve ser ficção. A obra de Johnson e Behe é extraordinária e fornece grande munição intelectual para a apologética nos campos da evolução e da criação.
3. C. S. Lewis foi um profeta para a nossa geração. Ele deu aula nas universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra. Sua educação fez dele um agnóstico de proporções ateístas. O despertar de sua fé foi uma batalha intelectual monumental. Em sua descrição, ele fala sobre uma noite em que subiu para o seu quarto em Magdalene College, Oxford, e se rendeu às declarações de Cristo como “o mais relutante convertido inglês”. Seus escritos, que tinham a finalidade de persuadir outros crentes relutantes em potencial, são prolíferos. Sua obra Cristianismo Puro e Simples é uma manifesto clássico combinando razão filosófica e imperativos morais com as declarações de Cristo. À frente de seu tempo, em particular, ele ataca o sempre presente relativismo, que previu que se tornaria tão destrutivo.
4. More than a Carpenter (Mais que um Carpinteiro), de Josh McDowell, é uma declaração breve, porém clássica da singularidade de Cristo. Ele usa com grande efeito o mesmo processo redutivo de C. S. Lewis, impelindo o leitor a chegar a uma conclusão a favor de Cristo. McDowell analisa as declarações de Cristo sob os títulos de mentiroso, lunático e Senhor, e dirige a pessoa reflexiva a determinar qual desses títulos expressa a melhor descrição.
RAVI Zacharias. GEISLER. Norman. Sua Igreja esta preparada. .Motivando Líderes para Viver uma Vida Apologética. pag. 48-50.
6.1-4 - Esse trecho tem o belo equilíbrio que esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos devem obedecer aos pais, e os pais devem tratar os filhos de tal modo que estes se submetam àqueles. Os filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo que os pais não sejam cristãos. Honrar pai e mãe é o único dos Dez Mandamentos que é seguido por uma promessa (Dt 5.16) e respalda essa ideia. Sem dúvida, os filhos cristãos não devem fazer nada imoral, ainda que os pais ordenem que façam. Nesse caso, os filhos devem obedecer a Deus, e não aos homens (At 5.29). Os pais, por sua vez, não devem ser excessivamente severos com os filhos nem ridicularizá-los: não provoqueis.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 513.
1. Filhos cristãos (Ef 6:1-3)
Paulo não diz aos pais para admoestarem os filhos; ele mesmo o faz. Os filhos estavam presentes na congregação quando essa carta foi lida. Será que entenderam o que Paulo escreveu? Será que nós entendemos? A família toda participava do culto e, sem dúvida, os pais explicavam a Palavra aos filhos quando estavam em casa. O apóstolo apresenta quatro motivos para os filhos obedecerem aos pais.
São cristãos ("no Senhor", v. 1a). Este argumento é uma aplicação do tema da seção toda: "sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5:21). Quando alguém se torna cristão, não é liberado das obrigações normais da vida. Antes, sua fé em Cristo deve fazer desse indivíduo um filho mais dedicado em seu lar. Para os colossenses, Paulo reforçou essa admoestação dizendo: "pois fazê-lo é grato diante do Senhor" (Cl 3:20). Vemos aqui a harmonia no lar: a esposa é submissa ao marido "como ao Senhor"; o marido ama a esposa "como também Cristo amou a igreja"; e os filhos obedecem "no Senhor".
A obediência é correta (v. 1b). Deus instituiu uma ordem natural que mostra claramente quando um ato é correto. Uma vez que foram os pais que colocaram o filho no mundo, e uma vez que eles têm mais conhecimento e sabedoria do que o filho, é correto o filho obedecer aos pais. Até mesmo os filhotes dos animais são ensinados a obedecer. A "versão moderna" de Efésios 6:1 seria: "pais, obedeçam a seus filhos, pois isso os manterá satisfeitos e trará paz a seu lar". Mas isso é contrário à ordem natural instituída por Deus!
A obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o quinto mandamento (Êx 20:12; Dt 5:16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento.
Isso não significa que o cristão viva "sob a Lei", pois Cristo nos libertou tanto da maldição quanto do jugo de escravidão da Lei (Gl 3:13; 5:1). Mas a justiça da Lei ainda revela a santidade de Deus, e o Espírito Santo nos capacita a que pratiquemos essa justiça em nossa vida diária (Rm 8:1-4). Nove dos Dez Mandamentos são repetidos nas epístolas do Novo Testamento, a fim de serem observados pelos cristãos, com exceção de "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar". É tão errado um cristão desonrar aos pais quanto o era para um judeu do Antigo Testamento. "Honrar" os pais significa muito mais do que simplesmente obedecer a eles. Significa mostrar respeito e amor por eles, cuidar deles enquanto precisarem de nós e procurar honrá-los pela maneira como vivemos.
Um rapaz e uma moça vieram me procurar, pois estavam querendo se casar. Perguntei lhes se os pais dos dois haviam concordado com o casamento. Eles trocaram um olhar envergonhado e confessaram:
- Tínhamos esperança de que o senhor não fizesse essa pergunta... Passei uma hora tentando convencê-los de que era um direito dos pais deles se regozijarem com esse acontecimento e que a exclusão deles causaria mágoas profundas, as quais talvez nunca fossem curadas. - Mesmo que eles não sejam cristãos - expliquei são seus pais, e vocês lhes devem amor e respeito. Por fim, eles concordaram, e os planos que fizemos juntos agradaram a ambas as famílias. Se tivéssemos seguido o primeiro plano do casai, os dois teriam perdido a credibilidade para testemunhar a seus familiares. Em vez disso, puderam dar um bom testemunho de jesus Cristo.
A obediência traz bênçãos (w . 2b-3). O quinto mandamento é acompanhado de uma promessa: "para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá" (Êx 20:12). A princípio, essa promessa foi feita ao povo de Israel, quando este entrou em Canaã, mas Paulo aplica-a aos cristãos de hoje, dizendo que o filho cristão que honrar ao pai pode esperar duas bênçãos.
As coisas irão bem para ele e ele terá vida longa na Terra. Isso não significa que todas as pessoas que morreram jovens desonraram os pais. O apóstolo está declarando um princípio: quando os filhos obedecem aos pais no Senhor, evitam muitos pecados e perigos e, desse modo, muitas coisas que poderiam ameaçar ou encurtar sua vida.
Todavia, a vida não é medida apenas pela extensão de tempo, mas também pela qualidade da experiência. Deus enriquece a vida do filho obediente, a despeito de quanto dure aqui na Terra. O pecado sempre empobrece; a obediência sempre enriquece.
Assim, o filho deve aprender a obedecer ao pai e à mãe, não apenas porque são seus pais, mas porque Deus assim o ordenou. A desobediência aos pais é uma forma de rebelião contra Deus. A situação triste dos lares de hoje é resultante da rejeição à Palavra de Deus (Rm 1:28-30; 2 Tm 3:1-5). A criança é, por natureza, egoísta, mas, pelo poder do Espírito Santo, pode aprender a obedecer aos pais e glorificar a Deus.
2. Pais cristãos (Ef 6:4)
Se forem deixadas por conta própria, as crianças tornam-se rebeldes, de modo que é necessário os pais educarem os filhos. Anos atrás, o duque de Windsor disse: "Numa casa norte-americana, tudo é controlado por botões, menos os filhos". A Bíblia registra os resultados infelizes da negligência dos pais para com os filhos, quer dando um mau exemplo, quer deixando de discipliná-los corretamente. Davi mimou Absalão e deu um péssimo exemplo, e as consequências foram trágicas. Eli não disciplinou os filhos, e estes, além de desgraçarem seu nome, trouxeram derrota sobre a nação de Israel. Em sua velhice, Isaque mimou Esaú, e sua esposa demonstrou favoritismo por Jacó, resultando em um lar dividido. Jacó cultivava seu favoritismo por José, quando Deus resgatou o menino de modo providencial e o levou para o Egito, onde o transformou em um homem de caráter. Paulo diz que o pai tem várias responsabilidades para com os filhos.
Não deve provocá-los. No tempo de Paulo, o pai exercia autoridade suprema sobre a família. Quando uma criança nascia em uma família romana, por exemplo, era tirada do quarto e colocada diante do pai.
Se ele a pegasse no colo, era sinal de que a aceitava no lar. Mas se não a pegasse, indicava que não a aceitava, e a criança deveria ser vendida, dada ou abandonada para morrer. Sem dúvida, o verdadeiro amor paterno não permitia tamanhas atrocidades, mas tais práticas eram legais naquela época. Paulo diz aos pais: "Não usem sua autoridade para abusar de seus filhos; pelo contrário: incentivem e edifiquem a criança". Para os colossenses, o apóstolo escreveu: "Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquemdesanimados" (Cl 3:21). Assim, o oposto de "provocar" é "animar".
Eu estava dando uma palestra a um grupo de estudantes sobre a oração e dizendo que nosso Pai celeste está sempre disponível quando o buscamos. Para ilustrar esse fato, contei que a recepcionista do escritório de nossa igreja tem uma lista que eu preparei com o nome de todas as pessoas que podem falar comigo a qualquer momento, não importa o que eu esteja fazendo. Mesmo que esteja em uma reunião do conselho ou no meio de uma sessão de aconselhamento, se alguma dessas pessoas telefonar, a recepcionista deve me chamar imediatamente. Minha família está no topo da lista. Ainda que o assunto pareça ser de importância secundária, quero que minha família saiba que estou disponível. Depois dessa palestra, um dos rapazes me perguntou: - Você não quer me adotar? Nunca consigo falar com meu pai... E preciso tanto do incentivo dele!
Os pais provocam e desanimam os filhos quando dizem uma coisa e fazem outra, sempre criticando e nunca elogiando, sendo incoerentes e injustos na disciplina, mostrando favoritismo dentro de casa, fazendo promessas e não cumprindo, deixando de levar a sério problemas extremamente importantes para os filhos. Os pais cristãos precisam da plenitude do Espírito para se mostrarem sensíveis às necessidades e aos problemas dos filhos.
Deve nutri-los. O texto diz: "criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor". O verbo traduzido por "criar" é a mesma palavra traduzida por "alimentar" em Efésios 5:29. O marido cristão deve nutrir a esposa e os filhos dando-lhes amor e ânimo no Senhor.
Não basta cuidar dos filhos fisicamente providenciando alimento, abrigo e roupas. Também deve lhes dar alimento emocional e espiritual. O desenvolvimento do menino Jesus é um exemplo para nós: "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens" (Lc 2:52). Vemos aqui um crescimento equilibrado: intelectual, físico, espiritual e social. Em parte alguma da Bíblia, a educação dos filhos é apresentada como responsabilidade de alguma pessoa ou instituição fora do lar, por mais que tais elementos externos colaborem no processo. Deus incumbiu os pais de ensinar aos filhos os valores mais essenciais. Deve discipliná-los. O termo "criar" dá a ideia de aprendizado por meio da disciplina. É traduzido por "corrigir" em Hebreus 12. Alguns psicólogos modernos opõem-se ao conceito "antiquado" de disciplina, e muitos educadores seguem essa filosofia. Dizem que devemos deixar as crianças se expressarem e que, se as disciplinarmos, iremos distorcer seu caráter. No entanto, a disciplina é um princípios fundamental da vida e uma demonstração de amor. "Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hb 12:6). "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina" (Pv 13:24).
É preciso, porém, certificar-se de estar disciplinando os filhos da maneira correta. Em primeiro lugar, deve-se discipliná-los em amor, não com raiva, a fim de não ferir o corpo nem a alma da criança ou, possivelmente, os dois. Quem não é disciplinado, evidentemente, não pode disciplinar a outros, e explosões de raiva nunca trazem benefício algum para os filhos nem para os pais.
Além disso, a disciplina deve ser justa e coerente.
- Meu pai é capaz de usar um canhão para matar um pernilongo! - disse-me um adolescente. - Posso cometer homicídio e nada acontece ou posso ser considerado culpado de absolutamente tudo!
A disciplina coerente aplicada com amor dá segurança à criança. Ela pode não concordar conosco, mas pelo menos sabe que nos importamos o suficiente para criar alguns muros de proteção a seu redor até ela ser capaz de tomar conta de si mesma.
- Nunca soube quais eram os meus limites - comentou uma moça rebelde -, pois meus pais nunca se importaram comigo o suficiente para me disciplinar. Acabei concluindo que, se não era importante para eles, então por que deveria ser importante para mim?
Deve instruí-los e incentivá-los. Esse é o significado do termo "admoestação". A fim de educar o filho, o pai e a mãe não usam apenas ações, mas também palavras. No Livro de Provérbios, por exemplo, temos um registro inspirado de um pai compartilhando conselhos sábios com o filho. Os filhos nem sempre apreciam nossos conselhos, mas isso não elimina nossa obrigação de instruí-los e de incentivá-los. É evidente que nossa instrução deve sempre estar de acordo com a Palavra de Deus (ver 2 Tm 3:13-1 7).
Quando a Suprema Corte deu seu veredicto contrário à obrigatoriedade de orar nas escolas públicas, o famoso cartunista Herblock publicou uma tira no jornal Washington Post mostrando um pai irado sacudindo um jornal para a família e gritando:
- Só faltava essa! Agora querem que a gente ouça as crianças orando em casa? A resposta é: sim! O lar é o lugar onde as crianças devem aprender sobre o Senhor e a vida cristã. É hora de os pais cristãos pararem de empurrar a responsabilidade para os professores da escola dominical e das escolas cristãs e começarem a educar seus filhos.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 68-71.
II - A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO.
1. No Antigo Testamento.
1. Sob a égide da teocracia
No Antigo Testamento, os pais viviam sob a Teocracia, ou sob o governo de Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas, de caráter espiritual, moral, social, educacional ou familiar, emanavam da Lei de Deus. Os pais não tinham grandes desafios no relacionamento com os filhos, pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e os estatutos de Deus (Dt 5.31).
2. O ensino aos filhos no lar
Os filhos dos judeus aprendiam e absorviam o shema, ou o credo, que resumia o princípio fundamental de sua fé: “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt 6.4,5). Esse ensino fazia parte do dia a dia das crianças judaicas. Uma grande lição para a educação cristã nos dias presentes (Dt 11.18-21).
3. Os cuidados na educação dos filhos
Aos 12 anos, os meninos passavam pela cerimônia do “Bar Mitzvah”, quando já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da lei. A sinagoga era templo e era escola também. Segundo Halph Gower, “Era responsabilidade da mãe educar tanto os filhos como as filhas durante os três primeiros anos (provavelmente até o desmame). Ela ensinava às filhas os deveres domésticos durante toda a infância delas. A partir dos três anos de idade, os meninos aprendiam a lei com o pai, e os pais também ficavam responsáveis por ensinar um ofício aos filhos. Um rabino disse certa vez: ‘O pai que não ensina ao filho um ofício útil está educando-o para ser ladrão”.
4. Lições para os dias presentes
Nesse contexto de educação no lar, pode-se entender que os pais eram bem presentes na vida dos filhos. Estamos escrevendo sobre educação no século XXI, onde a educação é institucionalizada, seguindo um sistema oficial de ensino. Mas a educação no Antigo Testamento nos dá sugestões válidas para hoje, principalmente para a família cristã. O ensino da palavra de Deus no lar, a educação constante, como em Deuteronômio 11.18-21 é a única esperança para termos uma família firmada nos princípios da Lei do Senhor. Os pais presentes na vida dos filhos é fator indispensável para a formação do caráter cristão. Confiar apenas na escola secular é entregar os filhos a um sistema que está totalmente contaminado com as doutrinas materialistas.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-93.
O Lar. O lar era a unidade básica da sociedade, bem como a primeira escola que um menino judeu conhecia. O Antigo Testamento mostra o grande valor dado às crianças e grande responsabilidade pesava sobre os ombros dos pais, porquanto os filhos eram tidos como dons de Deus (Jô 5:25; Sal. 127:3; 128:3,4. Ver também Gên. 18,19 e Deu. 11:19 quanto à importância da instrução doméstica). As crianças eram treinadas em seus deveres, religiosos ou outros (I Sam. 16:11; 11 Reis 4:18). O treinamento artístico fazia parte da instrução recebida (Jui. 21:21; Lam, 5:14). Às meninas eram ensinadas prendas domésticas, por suas mães (Êxo, 35:25; II Sam. 13:8). Os meninos aprendiam negócios e ofícios. As casas numerosas, como aquelas de pessoas ricas, estavam sujeitas a uma instrução global (Gên, 18:19). O elemento religioso sempre ocupava o primeiro plano (Deu. 6:4-9; Sal. 78:3-6; Pro. 4:3). Algumas poucas mulheres, segundo todas as aparências, eram bem educadas e chegaram a tomar-se lideres (Jui, 4:4 ss, II Reis 22:14-20).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 271.
Salmos 78. 5. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó. Yahweh foi o Autor da lei, e o primeiro a propagá-la. Os pais da nação de Israel a receberam e imediatamente a transmitiram a seus filhos. A partir daí, a prática foi seguida pelas gerações sucessivas de Israel.
Ver também Éxo. 13.14. “Jacó”, neste caso, é paralelo a “Israel”, e a mensagem a seus filhos começou com o Pentateuco, e, nos anos que se seguiram, mais literatura foi sendo reunida. Ver no Dicionário o verbete intitulado Cânon do Antigo Testamento.
Um testemunho... uma lei. Quanto à tríplice designação da lei, ver Deu. 6.1. Temos aqui somente duas palavras, que poderiam ser um simples paralelismo. Tomadas juntamente, elas falam sobre o corpo geral dos documentos religiosos de Israel. Posteriormente, vieram a significar, especificamente, o Pentateuco. É provável que a lei signifique o testemunho estabelecido em Israel, ou seja, o testemunho que Yahweh deu de Si mesmo e de Seus ensinos espirituais. Esse testemunho assumiu forma escrita, tornando assim mais fácil a transmissão, visto que as tradições orais estão sujeitas a mudanças e perversões. No vs. 7 temos os mandamentos; no vs. 10 temos a aliança baseada na lei mosaica; e no vs. 11 temos os milagres. Esses testemunhos autenticaram a mensagem e ajudaram a fazer de Israel aquilo em que ele se tornou. Os vss. 12 ss. descrevem com detalhes os milagres ou maravilhas que Yahweh realizou.
“O fato mais importante na vida do povo hebreu foi o que nosso poeta citou como testemunho e lei. Não há compreensão nem de suas histórias nem de suas tentativas de entender a história à parle desse fato... Voltando às suas origens, eles sempre acharam Deus como o Criador e o Legislador. A lei foi estabelecida não para agradar o Legislador, mas para prover o povo de Israel com um padrão de continuidade explícita, dentro da ordem da lei. A vida, para os indivíduos, não era improvisada para satisfazer emergências. Isso ocorreria se o povo seguisse o padrão que Deus lhe dera. A lei agia como uma proteção contra eles mesmos, contra seus irmãos e contra seus inimigos. Não havia alternativa à lei. O povo podia perecer, mas a lei permaneceria” (J. R. P. Sclater, in Ioc.). A isso deveríamos acrescentar que a lei deveria fazê-los viver por longos anos e prosperamente. Ver Sai. 1.2, quanto a um sumário sobre as funções da lei, em Israel.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 2292.
(1-11) A palavra lei (1) lit. torah, tem o sentido de "ensino". Note-se a maneira como o verso 2 é citado em Mt 13.35. A ênfase que recai sobre o testemunho em Jacó (5), isto é, o ensino tradicional da família (ver vv. 3-6), se baseia em Êx 10.2; 12.26; 13.8. Duas linhas de pensamento são torcidas juntamente no poema para dar pontos de vista alternados sobre a fragilidade humana e a energia divina. Os filhos de Efraim... retrocederam (9). Não está na mente do salmista qualquer ocasião particular de falta militar. Alguns julgam ver aqui uma clara alusão à partida prematura de Efraim, do Egito, e o revés que sofreram às mãos dos homens de Gate (ver 1Cr 7.21); outros relacionam esses versículos ao descontentamento dos efraimitas ao entrarem em Canaã (ver Js 17.14 e segs.). O salmista, porém, está aqui simplesmente declarando um tema por meio de uma imagem verbal; os filhos de Efraim, ou seja, o norte da Israel, traíram a aliança de Deus, tal como soldados que, embora armados e equipados, recuam no calor mesmo da batalha. A analogia é novamente usada no verso 57. O verso 67 declara que Efraim tinha sido posto de lado como líder, e que outro fora escolhido para a posição.
NOVO. Comentário da Bíblia. Salmos. pag. 172.
78.1-72 Esse salmo didático foi escrito para ensinar as crianças como Deus havia sido gracioso no passado apesar da rebelião e falta de gratidão de seus antepassados. Se as crianças entendessem corretamente a interpretação teológica da história de sua nação, certamente não seriam "como seus pais" (v. 8). O salmista se concentra, principalmente, na história do êxodo.
I. Exortação sobre a instrução das crianças (78.1-11)
II. Exposição sobre a graciosidade de Deus (78.12-72)
A. A narrativa da história de Israel (78.12-39)
B. A repetição de lições históricas (78.40-72)
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 738.
SALMOS 78. Lições da História
Esse Salmo de Asafe cumpre a obrigação de cada geração em compartilhar seu conhecimento de Deus com o próximo (78.1-8), Como uma geração esqueceu de Deus, violou Sua aliança e sofreu derrota (w. 9-11). Assim Asafe alista as coisas maravilhosas que Deus fez ao revelar-se a Israel: lançou pragas contra Egito (w. 12-20), disciplinou e alimentou a geração do deserto (w. 21-33). Ele puniu e perdoou (vv. 34-39). Contudo, Israel rebelou-se (w. 40-55) e voltou à idolatria (w. 56-64). Mais tarde, entretanto, Deus rechaçou os inimigos de Seu povo e escolheu Davi para pastoreá-lo (vv. 65-72). Quão grande o pecado do homem e quão maior a graça de Deus!
O que transmitiremos? (78.4). Asafe define o que cada geração precisa para transmitir ao próximo: “as maravilhas que tem feito o Senhor”. Não hesiremos em partilhar o que Deus tem feito em nossas vidas para com os nossos filhos. Eles verão e chegarão a conhecê-lo através do que comunicarmos (v. 7).
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. pag. 368.
Dt 4.9. Tão-somente guarda-te. Os vss. 9-14 apresentam um segundo incidente ilustrativo: a revelação dada em Horebe (Sinai), dos Dez Mandamentos, 0 núcleo da lei. Esse lato histórico produziu 0 avanço de Israel nos campos da sabedoria e do entendimento. Isso posto, Deus estava operando através do processo histórico. Ver no Dicionário os artigos chamados Horebe, Sinai e Dez Mandamentos.
Esse avanço dependia diretamente das instruções dadas através de Moisés, a lei, os preceitos que faziam de Israel um povo distinto. O conhecimento estava concentrado na lei, e tinha de ser ensinado (vs. 1), mas esse conhecimento precisava ser aplicado à vida diária das pessoas. Era mister 0 uso de diligência nessa aplicação.
As palavras “guarda bem a tua alma” têm sido interpretadas na teologia posterior dos hebreus como “cuida de teus interesses espirituais”. Mas não foi isso que Moisés quis dar a entender ao usar 0 termo hebraico nephesh. Os teólogos históricos têm mostrado que essa palavra nunca foi usada no Antigo Testamento para indicar a porção imaterial do homem, que sobrevive à morte biológica. O que Moisés estava dizendo, era: “Dedica toda a tua vida, todo 0 teu coração, a essa questão da guarda da lei. Assim deve expressar-se a tua vida”.
E os farás saber a teus filhos. Isso aponta para a necessidade crítica de os pais transmitirem a seus filhos a mensagem espiritual. O profeta Baha Ullah ensinava que a pior coisa que um pai pode fazer, 0 pior erro que ele pode cometer, é conhecer os ensinos mas não transmiti-los a seus filhos. Antes de tudo, um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo, exemplo e exemplo. Além disso, ele precisa transmitir-lhes seu conhecimento espiritual. Na sociedade hebraica, alguma profissão também era transmitida de pai para filho, de modo que tanto os aspectos espirituais quanto os econômicos recebiam a devida atenção.
A lei era complexa e intrincada. Somente um ensino adequado podia servir de preservação e transmissão. A casta sacerdotal era uma casta de professores, que não somente realizavam ritos religiosos. O próprio Antigo Testamento é um livro de instruções, como de resto a Bíblia inteira. O ensino começava no lar. Mais tarde, passava para as escolas. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo chamado Educação. E no Dicionário ver o verbete intitulado Educação no Antigo Testamento.
O livro de Deuteronômio frisa os deveres dos sacerdotes; mas também dos pais, que deveriam ser os sumos sacerdotes de suas próprias células familiares. Ver também Deu. 6.7,20; 11.19; 31.13 e 32.46.
4.10. Não te esqueças. Cf. Deu. 4.9,23,31; 6.12; 8.11,14,19; 9.7 e 25.19.
Em Horebe. Trata-se do mesmo Sinai (ver a respeito no Dicionário). A mensagem viera da parte de Yahweh e fora dada a Moisés.
As minhas palavras. Aqui significam os Dez Mandamentos (ver a respeito no Dicionário). Esses dez mandamentos tornaram-se a base da legislação mosaica, bem como as primeiras leis morais e espirituais, confirmando coisas que já tinham sido reveladas a Abraão, embora de maneira mais organizada. Ver 0 capítulo 5 de Deuteronômio, bem como 0 capítulo 20 de Êxodo. A revelação dada no Sinai-Horebe é descrita com detalhes nos capítulos 19 e 20 do livro de Êxodo.
Talvez seja uma verdade, conforme disse Ellicott (in loc.): “A congregação de Israel data do Sinai, da mesma maneira que a Igreja de Cristo data do Pentecoste”. É notável que a outorga da lei ocorreu cinquenta dias após 0 êxodo (a Páscoa), da mesma forma que 0 Pentecoste cristão teve lugar cinquenta dias após a ressurreição de Cristo. Ver o terceiro capítulo de II Coríntios. Comunidades foram formadas, dedicadas às suas respectivas revelações. Ver Êxo. 19.17 quanto a como 0 Antigo Testamento gravitou em torno de Moisés. E é sabido que 0 Novo Testamento gravita em torno de Jesus Cristo.
“Não se pode exagerar a significação da palavra revelada de Deus, pois a demanda mais fundamental feita por Deus ao homem é: ‘Que queres que eu faça?’. Somente em resposta a essa pergunta é que a vontade do homem pode achar emancipação, sua vereda pode ser iluminada, e sua vida pode encontrar propósito' (Henry H. Shires, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 770, 772.
Dt 4.9 Moisés queria que os israelitas não esquecessem tudo o que viram Deus fazer, por isso advertiu aos pais que contassem aos filhos os grandes milagres de Deus. Isto ajudava os pais a lembrarem-se da fidelidade de Deus e garantia às gerações futuras o mesmo empenho em propagar as histórias sobre os grandes feitos de Deus.
L fácil esquecer as maravilhas que Deus tem operado na vida de seu povo. Mas você pode recordar a fidelidade de Deus contando a todos o que tem visto Deus realizar na sua vida e na daqueles que o cercam.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 237.
Js 4.20 As doze pedras. Temos aí 0 que aconteceu às doze pedras retiradas do leito seco do Jordão, que se tornaram 0 segundo memorial. Destarte, um dos memoriais podia ser visto no meio do rio, quando suas águas baixavam, e 0 segundo foi erguido em Gilgal, que se transformou em um santuário de Israel. Ver 0 nono versículo deste capítulo acerca de como 0 autor do livro de Josué tinha visto, pessoalmente, 0 primeiro memorial no leito do rio Jordão.
Não envelhecerão, como sucede a nós, que crescemos; A idade não os desgastará e nem os anos os condenará. De cada vez que o sol descer, ou pela manhã, Nós haveremos de lembrar-nos deles. (Laurence Robert Bickersteth)
Tipologia. Alguns estudiosos enxergam, nessas doze pedras, um tipo dos doze apóstolos, que seriam pedras fundamentais da Igreja cristã (ver Efé. 2.20- 22). Nelas, os filhos de Israel lembrar-se-iam de suas raízes.
Js 4.21. Que significam estas pedras? Essa seria a pergunta que os filhos fariam a seus pais. Cf. 0 vs. 6, onde temos a mesma indagação. A resposta foi dada no vs. 7, paralelo aos versículos 22 a 24 deste capítulo. A resposta consistiria em cinco pontos, a saber;
1. As pedras serviam de memorial dos poderosos feitos de Yahweh, lembrando as sucessivas gerações dos filhos de Israel sobre esses feitos, uma vez que estivessem na Terra Prometida, e sobre quanto deveriam ser gratos (vs. 7).
2. Aquilo relembrava 0 milagre da travessia do Jordão a pé enxuto, visto que as águas ficaram represadas de certo ponto para cima; tinha sido um ato da providência divina (ver sobre Providência de Deus, no Dicionário) (vs. 22).
3. Tinha sido um ato de Yahweh, pois Ele é Yahweh- Elohim (ver no Dicionário o verbete intitulado Deus, Nomes Bíblicos de) (v.23).
4. Esse milagre era comparável ao milagre ocorrido no mar de Juncos (ver a respeito no Dicionário), que aconteceu por ocasião do êxodo (saída), ao passo que no Jordão ocorrera o eisodus (entrada) (vs. 23). 5. Esse prodígio serviria de lembrete universal do Deus único e vivo, de tal modo que todas as nações poderiam observar os atos de Yahweh, a fim de temê-Lo e obedecer-Lhe, abandonando as suas muitas formas de idolatria.
Js 4.22. Israel passou em seco este Jordão. Tinha sido feita a pergunta: “Que significam estas pedras?” (vss. 6 e 21). Ver o sumário da resposta nas notas sobre 0 versículo anterior. O primeiro fator é que havia uma barreira à entrada na Terra Prometida, constituída pelo rio em período de enchente. Mas Deus fizera 0 rio secar, represando as águas logo acima do ponto da travessia, 0 que permitiu a Israel entrar na terra que lhe pertencia por promessa divina. Quanto a como isso foi efetuado, ver Jos. 3.16 e suas notas expositivas. A educação religiosa, desde 0 começo, comunicaria fatos fundamentais aos israelitas das gerações futuras. Yahweh tinha efetuado várias intervenções significativas na história, incluindo 0 milagre do represamento das águas do rio Jordão. Ver no Dicionário 0 verbete chamado Educação no Antigo Testamento: e, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, ver 0 artigo denominado Ensino.
Um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo, exemplo, exemplo. “Os filhos têm maior necessidade de modelos do que de críticos” (Joseph Joubert).
Os pais hebreus tinham a responsabilidade de ensinar a seus filhos a fé do yahwismo. Ver Deu. 6.4-7, cujas notas ilustram o texto presente. Os levitas serviam de mestres especiais em Israel, mas o pai e a mãe de uma criança precisavam dar início ao processo de ensino, mediante a educação doméstica.
Js 4.23. O Senhor vosso Deus. Yahweh-Elohim era o poder real por trás do milagre que seria comemorado. Ele é o Eterno Todo-Poderoso. Ver no Dicionário 0 artigo chamado Deus, Nomes Bíblicos de. Os filhos precisavam conhecer os acontecimentos históricos que ilustravam 0 poder de Yahweh, e que tinham feito a nação de Israel ser 0 que ela era. Israel tornara-se uma nação distinta por causa de sua lei e de sua história, que incluía muitas intervenções divinas. Ver as notas sobre Deu. 26.19 quanto ao caráter distinto de Israel. Uma daquelas intervenções divinas fora a travessia, a pé enxuto, do mar de Juncos, assim que o povo de Israel fugiu do Egito, onde tinha sido escravizado. Isso ocorreu, estrategicamente, por ocasião do êxodo. Ver no Dicionário o artigo denominado Êxodo (0 Evento),׳ e ver sobre Mar de Juncos, em Êxodo 13.18. Esses incidentes nos ensinam a verdade do Teismo (ver a respeito no Dicionário), que dá a entender que Deus não somente existe e criou todas as coisas, mas também intervém na história humana, orientando ou punindo. O deismo (ver também no Dicionário), por sua vez, ensina que, embora possa haver uma força criadora (pessoal ou impessoal), esse poder abandonou a Sua criação, deixando-a entregue às leis da natureza, não se fazendo presente na criação. É como se essa força tivesse dado corda num relógio para em seguida abandoná-lo, deixando-o funcionar sozinho. Ver o sumário de respostas para a pergunta “Que significam estas pedras?” no versículo 21 deste capítulo.
Js 4.24. Para que todos os povos da terra. A lição não se destinava somente ao povo de Israel, mas a toda a humanidade. Todas as nações do mundo que tomassem conhecimento de como Israel obtivera seu território pátrio haveriam de temer a Yahweh, encorajando-se a abandonar a idolatria e a obedecer a Ele. Essa universalização, porém, só veio a ocorrer realmente na Igreja cristã (ver Gál. 3.23 ss.; Efé. 2.17 ss.).
“Dessa maneira, Deus provou que Ele é 0 único verdadeiro Deus, mediante Seus poderosos atos na história" (John Bright, in Ioc.). As doze pedras, por conseguinte, tornaram-se um grande sinal do intuito universal de Deus para a humanidade.
O Temor a Deus. Esse é um dos grandes temas do Pentateuco. Ver as notas expositivas em Deu. 10.12 e 28.58, onde são oferecidas várias outras referências sobre 0 assunto. Deus é o objeto desse temor (ver Isaías 8.14). O conhecimento desse temor nos é dado por meio das Escrituras (ver Pro. 2.3-5). Esse temor é uma fonte de vida (ver Pro. 14.27). Ele motiva 0 indivíduo à santificação (ver Apo. 15.4), à bondade (I Sam. 12.24), ao perdão (ver Sal. 130.4). Esse temor é ilustra- do pelas admiráveis obras de Deus (ver Jos. 4.23,24). Além disso, é uma das características dos santos (ver Mal. 3.16). e um ingrediente necessário na adoração a Deus (Sal. 5.7), no serviço que prestamos a Ele (ver Sal. 2.11; Heb. 12.28). E, finalmente, devemos ensinar o temor a Deus aos nossos semelhantes (ver Sal. 34.11).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 917.
2. Em o Novo Testamento.
1. A educação era integral
Nas poucas referência sobre o tema, vemos o exemplo da educação do menino Jesus. Diz a Bíblia: “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.40, 52). Esses textos nos falam da educação espiritual (“em espírito”), no conhecimento de Deus e intelectual (“cheio e sabedoria”), no crescimento físico (“em estatura”), e no crescimento espiritual e social (“em graça para com Deus e os homens”).
Aos 12 anos, Jesus foi levado pelos pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa. Ao regressarem a Nazaré, no meio da multidão, José e Maria, sem dúvida, deixaram o menino um pouco à vontade, no meio de outros meninos, que acompanhavam seus pais. Num determinado momento, o perderam de vista, e, preocupados, o buscaram entre os caminhantes, mas não o encontraram. Lucas registra aquele momento de aflição para os pais de Jesus, e de afirmação de sua missão perante os doutores da Lei (Lc 2.46-48). Os doutores da época admiraram-se da inteligência e sabedoria de Jesus, como pré-adolescente. Naturalmente, Ele era divino. Mas, na ocasião, comportava-se como um menino judeu, educado pelos pais com todo o cuidado e zelo como era de se esperar. A educação de Jesus no lar preparou-o para ser um cidadão completo.
Além do ensino da Lei, dos livros sagrados, do Antigo Testamento, ele foi ensinado a ter um ofício. Segundo Gower, “ele não era só o filho do carpinteiro” (Mt 13.55). Mas ele era “o carpinteiro” (Mc 6.3).
Jesus teve uma educação integral. Ele conhecia o lado espiritual da vida, no ensino e no exemplo de seus pais. Foi educado a ter respeito e equilíbrio, no aspecto emocional, e teve uma educação que, nos termos de sua realidade, lhe deu um desenvolvimento físico desejável.
2. Os pais são exortados a ensinar os filhos (E f 6.4)
Infelizmente, pelas mudanças sociais impostas pelo progresso material, os pais estão cada vez mais ausentes na educação dos filhos. Além de muitos não saberem o que seus filhos estão aprendendo (ou desaprendendo) nas escolas, ainda são ausentes na educação espiritual e moral dos filhos. A maioria dos pais não faz o culto doméstico. Os filhos sequer sabem metade dos nomes dos apóstolos de Jesus.
Mas grande parte sabe o nome dos personagens das novelas. Para criá-los “na doutrina e admoestação do Senhor”, faz-se necessária uma educação permanente, com ensinamentos ministrados no próprio lar. A maioria dos filhos de cristãos não sabe o que é doutrina. E muito menos o que é admoestação. Mas sem esses dois elementos educacionais, os filhos não poderão ter uma verdadeira formação cristã.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-95.
A Sinagoga. Ver o artigo separado sobre esse assunto, quanto a um estudo mais completo. Não temos qualquer informação, nem no Antigo e nem no Novo Testamentos, sobre a origem das sinagogas; e nem mesmo nos livros ap6crifos temos essa informação.
Os eruditos supõem que, como uma instituição formal. a sinagoga desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. A palavra «sinagoga» encontra-se em Sal. 74:8, mas ali significa apenas «assembleia», não havendo qualquer alusão à instituição que recebeu esse nome. A palavra aparece por cinquenta e seis vezes no Novo Testamento. Antes do exílio babilônico, o templo era o centro de todas as atividades religiosas. Quando o templo foi destruído então as sinagogas tomaram-se células dessa atividade, bem como de aprendizado é possível, contudo, que as sinagogas tenham surgido antes mesmo do exílio babilônico, e que este apenas consolidou a importância das mesmas. Seja como for. a sinagoga tomou-se um centro de todas as atividades religiosas. sociais e de instrução. Na sinagoga não havia altar e nem sacrifícios. O estudo e a: leitura ida Tora, bem como a oração, tomaram-se as atividades centrais ali. A sinagoga era o centro do governo de Israel. Ela provia uma espécie de sistema de educação de adultos em massa, onde, a: Tora era estudada sistematicamente.
semana após semana. Todos quantos frequentavam a sinagoga tomavam-se estudantes da lei. Quando o povo judeu não mais era capaz de entender o hebraico, as explicações eram feitas em aramaico.
O Desenvolvimento de Escolas. A primeira escola de um judeu era o seu lar. Os mestres eram os pais e os alunos eram os filhos. O lar nunca perdeu a sua importância como o lugar primário de aprendizado. Entre os cristãos. os mórmons são os que mais têm salientado esse aspecto da instrução. Então surgiram. as escolas de profetas. que dirigiram o primeiro ensino sistemático e constante fora dos lares. Eles encontravam em Moisés a sua grande inspiração (Deu. 34:10; 18:15 ss).Os profetas tomaram-se os mestres e instrutores de Israel de uma classe de homens eruditos, que se tomaram lideres da nação.
Pela época da monarquia, havia grupos ou companhias de profetas. de tal modo que eles formaram uma classe distinta dentro da nação (I Sam. 10:5,10; 19:20). Os «filhos dos profetas» eram os discípulos das escolas que haviam sido formadas. Ver I Reis 19:16; 11 Reis 2:3 ss, Então surgiram as sinagogas;·que representaram um passo vital no desenvolvimento das escolas, conforme nós as conhecemos. Entretanto,
nenhuma escola era separada da sinagoga ·e nenhum sistema escolar formal formou-se em Israel, senão ia dentro do período helenista e isso por motivo de competição com as escolas gregas. A literatura rabínica informa-nos que um sistema escolar compulsório foi criado pelos fariseus, no século I A.C.
Sabemos que Simão ben Shetach (75 A.C.) ensinava às pessoas de uma maneira sistemática e. regular; mas o texto que ele usava era a Tora. Em Israel não havia educação liberal. As escolas elementares. para as crianças, não parecem ter surgido antes do século I D.C. Joseph ben Gamala (cerca de 65 D.C.) tentou fazer a educação elementar tomar-se compuls6ria e universal. com escolas onde as crianças entravam com seis ou sete anos de idade. As escolas elementares eram chamadas Casa do Livro. O currículo continuava sendo. essencialmente. orientado segundo a Bíblia. Toda e qualquer referência às ciências, em quaisquer de suas formas, era feita de modo inteiramente incidental.. Foram desenvolvidas escolas secundárias para os alunos mais promissores. A religião continuava sendo o centro de todas as atividades educacionais. Além da Bíblia e da Mishnah, foi instituído o debate teológico. As escolas que funcionavam desse modo eram chamadas Casas de Estudo. Finalmente, foram formadas academias autênticas, que eram reputadas lugares sagrados, e não apenas lugares de aprendizagem. O Talmuderesultou das atividades dessas escolas e grandes lideres se salientaram então, como Hilel, Shamai e Gamaliel. Paulo educou-se na escola de Gamaliel.
Isso significa que em Israel havia três instituições de ensino diferentes': a sinagoga, as escolas elementares e as academias, ou casas de estudos. As academias funcionavam separadas das sinagogas, em seus próprios edifícios, ou talvez na residência do mestreprincipal.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 270-271.
2.21 — De acordo com a Lei, um menino judeu deveria ser circuncidado no oitavo dia (Gn 17.12; Lv 12.3).
2.22-24 — O termo purificação faz referência ao rito no qual a mulher que deu à luz era declarada cerimonialmente pura de novo (Lv 12.6). A solenidade acontecia 40 dias após o nascimento. Neste ritual, a mãe poderia oferecer um cordeiro ou dois pombinhos (Lv 12.8). A família de Jesus levou as aves (v. 24), indicando que ela não possuía nem podia comprar outro animal. A distância de Belém a Jerusalém era apenas 8 km. A expressão apresentarem ao Senhor alude à apresentação comum do filho primogênito ao Senhor (Êx 13.2,12; Nm 18.6; 1 Sm 1; 2). Lucas
mostra que os pais de Jesus eram judeus fiéis e que eles cumpriam as exigências da Lei.
2.39 — A família finalmente retorna ao lugar que será seu lar em Nazaré. Lucas não registra nenhuma das visitas ou viagens que Mateus 2 relata.
2.40 — E o menino crescia. Com este comentário, a história da infância de Jesus termina. A narrativa recomeça 12 anos depois, no versículo 41. Esses dois versículos revelam o crescimento da natureza humana de Jesus, enquanto, em Sua natureza divina, Ele era imutável e infinito. Os cristãos devem pesar estas duas naturezas quando falam do Senhor Jesus.
2.41 — A peregrinação anual a Jerusalém era costumeira para muitos que viviam fora da cidade. A Lei ordenava três peregrinações para os homens todos os anos: a da Páscoa, de Pentecostes e da Festa dos Tabernáculos (Ex 23.14-17). No primeiro século, a maioria dos homens judeus fez uma peregrinação anual por causa da distância que muitos tinham de percorrer devido à dispersão dos israelitas na Ásia Menor.
2.42 — Nesta idade (12 anos), Jesus começou a ter uma instrução intensiva, a fim de prepará-lo para a chegada da responsabilidade dos 13 anos, quando um menino era aceito na comunidade religiosa como um homem encarregado de cumprir a Lei.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 150-152.
Moisés (w . 21-24). O termo Lei é usado cinco vezes em Lucas 2:21-40. Apesar de ter vindo para livrar o mundo do jugo da Lei, Jesus nasceu "sob a lei" e obedeceu a seus preceitos (Gl 4:1-7). Não veio para destruir a Lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17, 18).
Em primeiro lugar, os pais de Jesus obedeceram à Lei levando o filho para ser circuncidado, quando estava com oito dias. A circuncisão era o sinal e o selo da aliança que Deus havia feito com Abraão (Gn 1 7), e um requisito para todo homem judeu que desejava praticar a fé. Os judeus orgulhavam-se de ser o povo da aliança de Deus e desprezavam os gentios, chamando-os de "incircuncisão" (Ef 2:11, 12). É pena que a circuncisão tenha se tornado um ritual sem sentido para muitos judeus, pois proclamava uma verdade espiritual importante (Dt 10:15-20; Rm 2:28, 29).
"A circuncisão de Jesus foi seu primeiro sofrimento por nós", disse o falecido Donald Grey Barnhouse, pastor e escritor norte-americano.
Simbolizou a obra realizada pelo Salvador na cruz ao tratar de nossa natureza pecaminosa (Gl 6:15; Fp 3:1-3; Cl 2:10, 11). Em obediência a Deus, Maria e José chamaram o menino de Jesus, que significa "Jeová é salvação" (Mt 1:21).
Mas a circuncisão foi apenas o começo. Quando a criança completou quarenta dias, Maria e José tiveram de ir ao templo para realizar os rituais de purificação descritos em Levítico 12. Também tiveram de "consagrar" © menino, uma vez que era o primogênito de Maria (Êx 13:1-12). Tiveram de pagar cinco shekelim para "remir" o Redentor que,
um dia, remiria todos nós com seu sangue precioso (1 Pe 1:18, 19). Seu sacrifício humilde indica que eram pobres demais para oferecer um cordeiro (2 Co 8:9). Mas ele era o Cordeiro de Deus!
A relação entre Cristo e a Lei é uma parte importante de seu ministério de salvação. haver rejeitado as tradições religiosas humanas, obedeceu à Lei de Deus perfeitamente (Jo 8:46). Levou sobre si a maldição da Lei
(Gl 3:13) e nos libertou da escravidão (Gl 5:1).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 227-228.
2.46,47 - Os pátios do Templo eram conhecidos como um lugar de aprendizado. O apóstolo Paulo estudou em Jerusalém, talvez nos pátios do Templo, sob os cuidados de Gamaliel, um de seus primeiros professores (At 22.3). Na época da Páscoa, os maiores mestres se reuniam para ensinar e discutir grandes verdades teológicas. A vinda do Messias, sem dúvida, era um dos tópicos de discussão, pois todos aguardavam que Ele se manifestasse em breve. Jesus deve ter ficado entusiasmado em meio à discussão.
Não foi a juventude, mas a profundidade da sabedoria dEle que surpreendeu aqueles doutores.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD pag. 1348.
2.46 Três dias. isso provavelmente não significa que eles procuraram por três dias em Jerusalém. Aparentemente, eles perceberam que Jesus não estava com eles no final de um dia inteiro de viagem.
Isso exigia outro dia inteiro de viagem de volta a Jerusalém, sendo que levaram parte do outro dia procurando-o. ouvindo-os e interrogando-os. Ele foi totalmente respeitoso, assumindo o papel de um aluno. Mas mesmo nessa tenra idade, suas perguntas mostravam uma sabedoria que envergonhava os mestres.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 1325.
2 Tm 1.5 — A expressão traduzida por fé não fingida significa, de fato, fé autêntica, não hipócrita. Paulo se alegra em lembrar-se das fiéis avó Lóide e mãe Eunice, de Timóteo, cujo nome significa Boa Vitória.
As orações, o testemunho e a fé da mãe e da avó devotas foram fatores essenciais para o desenvolvimento espiritual de Timóteo (1 Tm 2.15).
1.6 — Despertes o dom. Timóteo é incentivado a reacender seu dom espiritual (essa ideia é expressa também em 1 Tm 4.14, embora de forma negativa). O desejo de descobrirmos, desenvolvermos e dispormos nossos dons espirituais específicos deveria ser como uma chama flamejante dentro de nós. Nossa luta constante como cristãos é sermos diligentes com relação à nossa obra para com Deus e não diminuirmos nossos passos nessa corrida espiritual. Precisamos fazer um esforço consciente para exercer nossos dons, para o bem comum do Corpo de Cristo.
LEGADO DA MÃE
Eunice (2 Tm 1.5) era judia, mas, ao que parece, seu pai não foi muito ortodoxo, transgredindo um dos mandamentos claros da Lei mosaica, ao dar sua filha em casamento a um gentio (At 16.1). Quando seu filho, Timóteo, nasceu, não foi circuncidado (At 16.3). Portanto, não somente o pai de Eunice, mas ainda seu marido não observavam o judaísmo.
Eunice, no entanto, observava zelosamente os mandamentos da Lei de Deus e, mais ainda, tinha fé no Salvador, Cristo Jesus (At 16.1). Paulo a elogia por sua fé não fingida, fé autêntica, que Eunice tinha em comum com sua mãe, Lóide (2 Tm 1.5). Ela transmitiu essa fé a Timóteo e mais do que ninguém o preparou para uma vida dedicada de serviço ao Senhor.
Eunice é um incentivo para toda mulher cristã que se vê diante da difícil tarefa de desenvolver a vida espiritual de seus filhos, especialmente se não puder contar com a ajuda de um marido sem fé. Embora Eunice tenha tido pouco incentivo à sua própria fé, e tão-somente por parte de sua mãe, ela, contudo, tal como Lóide, possuía duas qualidades fundamentais a seu favor e que até hoje dão esperança a todas as mães que creem — o poder inerente de ser mãe e o poder dinâmico do seu Deus, soberano e amoroso.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 606.
2 Tm 3.14 — Permanece, ou continua firme, em todas as coisas que aprendeste (2 Tm 2.2) é mais uma exortação feita a Timóteo. Permanecer na verdade de Deus é essencial à vida piedosa.
3.15 — Desde a tua meninice. Paulo enfatiza a herança piedosa de Timóteo (2 Tm 1.5). Sua mãe, Eunice, e sua avó, Lóide, haviam ensinado fielmente as sagradas letras a Timóteo, e a mãe, certamente, também o direcionara a Cristo, em quem cria (At 16.1). A Palavra e o Espírito de Deus são essenciais à nossa salvação. A Palavra de Deus sem o Espírito de Deus não tem vida; não tem poder para agir. Mas a Palavra de Deus fortalecida pelo Espírito de Deus se torna força viva em nossa vida.
3.16 — Paulo enfatiza a preeminência de toda a Escritura. Inspirada por Deus. O Senhor se envolveu ativamente na revelação de Sua verdade aos apóstolos e profetas que a escreveram. O Autor da Bíblia é o próprio Deus. Portanto, as Escrituras são verdadeiras em tudo o que afirmam e totalmente fidedignas (1 Pe 1.20,21).
O estudo da Bíblia é proveitoso em, pelo menos, quatro formas diferentes. Ensinar, ou seja, doutrinar. Paulo enfatiza em primeiro lugar o ensino correto; em Atos, Lucas também enfatiza o compromisso da igreja de Jerusalém com a doutrina (At 2.42). Redarguir, no caso, é não apenas argumentar, mas argumentar com convicção uma verdade incontestável. Corrigir é disciplinar, endireitar (2 Tm 2.15). Instruir refere-se a ensinar a um novato ou uma criança. Note-se que somente um destes termos está voltado simplesmente para a informação — ensinar (1 Pe 2.2); os demais implicam mudança de vida. O conhecimento completo que não promova mudança de vida de uma pessoa é inútil. Por outro lado, viver sem entendimento de quem é Deus e do que espera de nós é arriscado e perigoso.
3.17 — O estudo das Escrituras torna o cristão perfeito, no sentido de capaz ou eficiente. Perfeitamente instruído significa plenamente preparado. A pessoa que domina a Palavra de Deus nunca perde seu caminho. Toda a boa obra. Paulo enfatiza a ligação essencial entre conhecer a Palavra de Deus e aplicá-la à vida pessoal do dia-a-dia. A doutrina correta deve produzir a prática correta.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 614.
3. Na atualidade.
Os objetivos do ensino na igreja
De acordo com o Pastor Antônio Gilberto, os objetivos do ensino bíblico são:
1) O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8);
2) O aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6);
3) O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18);
4) O aluno e suas relações com a Bíblia (SI 119.105);
5) O aluno e suas relações com a Igreja (At 2.44; Ef 4.16);
6) O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21; 3.13,14);
7) O aluno e suas relações com os demais alunos e com as demais pessoas (Mc 12.31).
Através da ED, dos cultos de doutrina (pouco frequentado pelos jovens), dos seminários, simpósios e outras reuniões, é possível a igreja local dar grande contribuição para a educação cristã. Nos últimos anos tem sido notável o avanço nessa área. A igreja tem despertado para adotar métodos de ensino mais eficazes; introduzido os recursos da multimídia, e capacitado professores para melhor desempenharem seu papel como educadores cristãos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 97-98.
O ensino deve ser de quatro maneiras:
■ Diligentemente. Embora criar o filho não seja a única tarefa que um pai tem na vida, ela é uma responsabilidade importante que não pode ser feita de qualquer maneira.
■ Repetidamente. A Bíblia revela que ensinar não é algo que se faz uma vez só. Os pais devem estar envolvidos nessa atividade constantemente, de dia e de noite.
■ Naturalmente. Quando sentamos, andamos, deitamos e levantamos, devemos procurar oportunidades para ensinar. Os devocionais familiares diários são valiosos, mas os pais devem ensinar sempre que surgir uma oportunidade.
■ Pessoalmente. Nossas palavras não influenciam tanto quanto nossas ações. Isso nos leva de volta à primeira parte da passagem de Deuteronômio. Quando os pais ouvem, obedecem e amam, estão servindo de modelo para os filhos e reforçando o que é dito em casa.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 178.
Honra a teu pai e a tua mãe (6.2). Isso envolve mais do que obediência. Pode ser, tão somente, concordância com as exigências de uma pessoa mais forte.
Honra envolve respeito e estima. O primeiro mandamento, com promessa (6.2). O texto não está associado à promessa do primeiro dos Dez Mandamentos. Precisamos colocar uma vírgula para podermos entender a proposta paulina. Esse é o primeiro (protos) mandamento. Os pais, antes de qualquer coisa, devem apresentar o filho a Deus e a seus caminhos. Se os filhos respeitam os pais, serão sensíveis à educação que estes lhes transmitem. Assim, conhecerão a Deus e terão longa vida sobre a terra.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. pag. 802.
Ill - A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
l. Os filhos são herança do Senhor.
Os filhos são herança e prêmios do Senhor
“Eis que os filhos são herança do Senhor” (SI 127.3 a). Assim, devem ser tratados com muito zelo, cuidado e amor. “... e o fruto do ventre, o seu galardão (SI 127.3b — grifo nosso). Galardão é prêmio. Sempre os pais devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar. São presentes ou prêmios vivos que devem ser cuidados, guardados, e criados com muito amor.
Quando alguém recebe da parte de Deus uma bênção material, um bem, como um veículo, uma casa, um dinheiro, normalmente demonstra gratidão. Há quem faça um culto de ação de graças; há quem dê um testemunho, diante da igreja local, exaltando a Deus pelas bênçãos recebidas. Mas, muitos, que são pais, esquecem-se de ser gratos a Deus pelo “galardão” vivo, que são seus filhos. Se considerarem o valor dos filhos diante de Deus, certamente terão o cuidado de dar-lhes a melhor educação que estiver ao seu alcance.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 96.
Filhos, a Herança do Senhor (127.3-5)
127.3. Herança do Senhor são os filhos. Continuamos dentro do contexto do agricultor. Quanto mais filhos tinha um homem, mais trabalhadores no campo ele possuía, o que explica sua maior prosperidade, uma bênção para toda a família. Mas o versículo ultrapassa as considerações econômicas. Era uma característica dos hebreus querer famílias numerosas, e ver a mão de Deus fazendo prosperar o homem que tivesse muitos filhos. Não ter filhos era uma grande calamidade. Ter poucos filhos era algo aceitável, mas não ideal. Portanto, temos exibido aqui o forte desejo de um homem que esperava ardentemente ter mais e mais filhos. Esse desejo foi uma das razões para os casamentos polígamos. É difícil para uma mulher dar a um homem todos os filhos que ele deseja. Yahweh estava bem no centro da questão, recebendo crédito por dar ao homem uma herança especial, sob a forma de filhos. Um homem é recompensado por Yahweh sob a forma de filhos, possivelmente, na maioria dos casos, em vez de prosperidade material que iludia os pobres. Os homens gostam de prosperar materialmente e obter heranças. Quanto ao homem pobre, ambas as coisas podiam ser verdadeiras em seus muitos filhos.
A Continuação da Linhagem. Uma das razões para um homem ter muitos filhos era a continuação da sua própria linhagem. Na Terra Prometida, cada família tinha sua própria herança sob a forma de terras, mas era mister que a família continuasse para que a terra fosse retida por aquela família. No caso de não haver filhos, as filhas podiam herdar as terras, se elas se casassem dentro de suas próprias tribos. Isso mantinha as terras sempre dentro da respectiva tribo. Ver Núm. 27.1-11. Cf. Gên. 33.5; 48.9 e Jos. 24.4.
127.4. Como flechas na mão do guerreiro. Consideremos aqui os seguintes pontos:
1. Quase certamente temos aqui o reconhecimento de que Israel precisaria defender-se pela força, ou seja, precisaria sempre de muitos soldados.
2. Mas uma família também seria mais bem defendida de qualquer tipo de inimigo ou oposição se um homem possuísse muitos filhos vigorosos ao seu lado. Também seria difícil um juiz declarar-se contra ele injustamente. Tal homem poderia enfrentar de rosto erguido a face dos que quisessem vingar- se contra ele. Seria difícil perpetrar qualquer ato de violência contra tal homem, pois sempre haveria um vingador de sangue.
3. Os filhos seriam suas flechas metafóricas, que ele poderia atirar contra qualquer problema ou vexame. Os filhos seriam seus solucionadores de problemas.
4. Além disso, os filhos de um homem seriam suas flechas psicológicas. Haveria o amor de família que ajudaria cada membro a ter uma vida mais feliz e mais próspera.
Os filhos da mocidade. Consideremos aqui os seguintes pontos:
1. Era e é um sentimento que os filhos nascidos de pais mais jovens sâo mais fortes e, talvez, intelectualmente mais brilhantes.
2. A ciência tem demonstrado que os espermatozóides de um homem não variam da juventude à idade avançada. Os espermatozóides continuam saudáveis, como os da juventude, por todos os anos de vida de um homem. Infelizmente, porém, não se pode dizer o mesmo a respeito dos óvulos de uma mulher idosa.
3. Provavelmente a declaração inclui a ideia de que um homem que tenha filhos quando jovem poderá cuidar deles melhor do que um homem já idoso, pois os seus filhos ainda serão muito pequenos quando ele chegar a certa idade. O pior de tudo é que ele morrerá quando os filhos ainda estiverem relativamente jovens, e isso deixará os filhos sem pai em um período crítico da vida.
4. Além disso, há um sentimento geral de que, de alguma maneira, é mais apropriado a um jovem casal ter filhos que os acompanhem quando eles ainda estão relativamente jovens, do que filhos que tenham de fazer companhia a pessoas de mais idade, como se fossem seus avós. Por outra parte, estudos sociais demonstram que homens de mais idade (cerca da idade de um avô) tornam-se melhores pais do que homens mais jovens. Esses pais de mais idade têm mais conhecimento; têm mais sabedoria; são mais sensíveis e, com frequência, mais amorosos. Eles impõem demandas menos insensatas sobre os filhos. Espiritualmente, os pais estariam mais bem preparados para levar uma vida juvenil do que um homem jovem que encontre dificuldades em dirigir a própria vida. A grande desvantagem, naturalmente, é que um homem mais idoso, embora seja um pai superior, não pode ficar por perto tempo suficiente para conduzir os filhos em suas missões. Por outro lado, Deus tem graça suficiente para dar esse privilégio ao homem. Oh, Senhor, concede-nos tal graça!
127.5. Feliz o homem que enche deles a sua aljava. Um homem que tenha muitos filhos, à semelhança do arqueiro que tem sua aljava cheia de flechas, é abençoado, ou seja, é um homem feliz. Todas as vantagens listadas nos vss. 3 e 4 são dele. Ninguém será capaz de envergonhá-lo. Seus filhos correrão para o seu lado, com sobrolhos carregados, ao olhar para seus inimigos. Esses filhos defenderão a família e o país. Os inimigos não conseguirão lançá-los facilmente ao opróbrio, sem importar se esse opróbrio é pessoal ou nacional (ver Sal. 25.1; 35.26; 37,19; 69.6; 74.21; 77.66; 83.16; 86.18; 109.28 e 119.31,78). Adam Clarke (in loc.) observou estranhamente: “Gravida sagittis, isto é, uma aljava grávida com flechas. Feliz é o homem que tem uma esposa frutífera, que lhe dá muitos filhos".
Quando pleitear com os inimigos à porta. Ou seja, em uma das portas de entrada na cidade, onde eram efetuados o comércio e as transações legais. A esse homem estaria garantida a prosperidade no comércio, ou a justiça nos tribunais, caso ele tivesse filhos vigorosos que o acompanhassem e o apoiassem em todas as coisas.
Este salmo poderia ser intitulado: “O Solilóquio do Feliz Dono de Casa". Até um homem pobre pode ser rico quanto à sua posteridade.
Cf. este versículo a uma citação significativa, extraída da literatura grega:
Os homens oram para que seus filhos os rodeiem,
Uma prole obediente, para se vingarem de seus inimigos
Com danos, e honrarem àqueles a quem seu pai ama.
Mas aquele cuja prole não tem proveito,
Gera somente tristeza para si mesmo,
E ele aumenta o riso de seus inimigos.
(Sófocles, Antig. 641)
Contrastar as declarações deste versículo com Jó 5.4, onde vemos os filhos de um homem ‘espezinhados” nas portas da cidade. O pai deles, que fora forte e próspero, morrera, e outros homens fizeram com eles o que bem entenderam.
O Targum diz aqui “Na porta da casa do julgamento", ou seja, refere-se particularmente a questões legais que um homem poderia sofrer se não tivesse filhos para apoiá-lo em sua hora de tribulação.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 2470-2471.
127.3-5 - As crianças são frequentemente vistas como responsabilidades não como riquezas. Mas de acordo com a Bíblia, “Os filhos são herança do Senhor"; são uma bênção. Podemos aprender lições valiosas com a curiosidade e o espírito confiante deles. Aqueles que veem as crianças como uma distração ou um incômodo deveriam vê-las como uma oportunidade de formar o futuro. Não devemos ousar tratar as crianças como uma inconveniência, pois Deus lhes atribui um altíssimo valor!
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo. Editora CPAD. pag. 820.
2 - O ensino da Palavra de Deus no lar.
A igreja e o lar
A igreja local não substitui o lar, nem o lar substitui a igreja. Porém o ensino na igreja tem grande valor para a formação do caráter e fortalecimento da personalidade cristã. Uma grande erro é os pais confiarem a educação de seus filhos à igreja local, bem como às escolas seculares. Os filhos passam menos de um terço das horas da semana (164 horas), em reuniões da igreja. A maior parte do tempo é no lar e na escola. Assim, a igreja pode e deve dar sua contribuição, principalmente, na comunicação dos princípios bíblicos para a formação do cidadão do céu e do cidadão da terra.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 97.
Quando ensinamos aos nossos filhos na verdades bíblicas básicas e os treinamos seguro o nosso exemplo e o dos heróis da Bíblia, eles estarão equipados para o sucesso.
1. Deus em primeiro lugar.
Mas buscar primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33)
2. Obedecer às instruções de Deus (leia a Bíblia para conhecê-las).
E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito (Tg 1.22-25)
3. Agir para alcançar o objetivo (ter fé).
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado: mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3.13,14)
4. Perseverar com coragem — nunca desistir.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecido. (Gl 6.9) Seja consistente e plenamente comprometido!
5. Tenha a motivação correta: Cristo!
Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. (Fl 1.20,21).
HUDSON. Kathi. Criando os Filhos no Caminho de Deus. Editora CPAD.
3. Leve seus filhos a igreja.
A Educação Cristã começa no lar. E é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Bíblica Dominical (ED), onde os alunos são reunidos em classes de estudo, conforme sua faixa etária. A ED é a maior escola cristã do mundo. Em milhares de igrejas, certamente, instalam-se milhões de classes, onde a Palavra de Deus é ensinada, promovendo excelentes resultados, na formação espiritual, ética e moral de cada pessoa, que se converte ao Senhor Jesus Cristo. O ensino, na igreja local, deve ser desenvolvido com muita seriedade. Os professores devem ser capacitados, espiritual e tecnicamente, também. É tarefa que requer dedicação: “se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
A educação cristã é mais abrangente que a educação secular. Ela prepara o indivíduo, não só para ser um bom cidadão na sociedade, mas para ser um cidadão do céu, com base nos princípios espirituais e éticos, emanados da Palavra de Deus. A educação cristã não é apenas informativa.
Ela é primordialmente formativa, porque se fundamenta em princípios que visam ao fortalecimento do caráter (Rm 15.4).
Diz a Bíblia: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (SI 119.105). A juventude cristã tem um referencial ético elevado para não se corromper e ser destruída pelos sistemas iníquos que dominam a sociedade sem Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 96-97.
Primeiro o casamento, depois as crianças: uma sequência lógica. Ao contrário de muitas pessoas "modernas" de hoje, os judeus daquele tempo consideravam as crianças bênçãos e não um fardo; eram um tesouro precioso de Deus, não um peso (SI 127 - 128). A falta de filhos era motivo de tristeza e de desgraça para um casal.
Era costume os pais levarem os filhos para serem abençoados pelos rabinos, de modo que não causa surpresa terem levado os pequeninos até Jesus. Algumas dessas crianças ainda eram de colo (Lc 18:15), outras já sabiam andar; Jesus recebeu todas de braços abertos.
Por que os discípulos repreenderam essas pessoas e tentaram impedir que as crianças fossem até o Mestre? (Ver Mt 15:23 e Mc 6:36 para mais exemplos da aparente dureza do coração dos discípulos.) Provavelmente, pensaram estar lhe fazendo um favor, ajudando-o a não desperdiçar seu tempo e a guardar suas energias. Em outras palavras, não deram importância às crianças! A atitude deles foi estranha, pois Jesus já os havia ensinado a receber as crianças em seu nome e a ter cuidado de não fazê-las tropeesqueceram o que seu Mestre havia lhes ensinado.
Algumas versões mostram que Jesus se desagradou, mas essa expressão é branda demais. Jesus ficou indignado e repreendeu os discípulos publicamente por impedirem o acesso a ele. Em seguida, anunciou que as crianças eram melhores exemplos do reino do que os adultos. As vezes, dizemos a nossos filhos pequenos para se comportarem como adultos, mas Jesus disse aos adultos para se espelharem no comportamento das crianças!
De que forma uma criança serve de exemplo? Pela maneira humilde de depender dos outros, por sua receptividade, pela aceitação de si mesma e de sua situação na vida. É evidente que Jesus falava de uma criança pura, não de uma criança que estivesse tentando agir como adulto. A criança desfruta de muitas coisas, mas só é capaz de explicar poucas. Vive pela fé e, pela fé, aceita sua situação, confiando que os outros cuidarão dela.
Entramos no reino de Deus pela fé, como criancinhas: desamparados, incapazes de nos salvar, totalmente dependentes da misericórdia e da graça de Deus. Desfrutamos do reino de Deus pela fé, crendo que o Pai nos ama e que cuidará de nossas necessidades diárias. O que uma criança faz quando se machuca ou tem um problema? Corre para os braços do pai ou da mãe! Que exemplo perfeito a seguir em nosso relacionamento com o Pai celeste! Deus quer que sejamos como crianças, mas não que sejamos infantis!
O texto não dá qualquer indicação de que Jesus tenha batizado essas crianças, pois nem sequer batizou os adultos (Jo 4:1, 2). Se os discípulos estivessem acostumados a batizá-las, certamente não as teriam mandado embora. Jesus tomou esses pequeninos em seus braços amorosos e os abençoou - e que bênção deve ter sido!
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 187-188.
O lugar das crianças no Reino de Deus. (Mc 10.13-16)
WILLIAM BARCLAY DIZ QUE só compreenderemos a beleza dessa passagem quando observarmos o tempo em que esse fato aconteceu. Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada dramática, dolorosa, que Ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu coração para acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las.
Marcos 10.1-31 apresenta uma sequência lógica: casamento (10.1-12), crianças (10.13-16) e propriedades (10.17-31). Jesus, apesar de caluniado e perseguido pelos escribas e fariseus, era considerado pelo povo como profeta (Lc 24.19). Daí a confiança do povo em trazer-lhe as suas crianças para que por elas orasse e as abençoasse. O simples fato de Jesus tomar as crianças em seus braços revela a personalidade doce do Senhor Jesus.
Há três grupos que merecem destaque aqui:
Em primeiro lugar, os que trazem as crianças a Jesus (10.13). As crianças não vieram; elas foram trazidas. Algumas delas eram crianças de colo, outras vieram andando, mas todas foram trazidas. Devemos ser facilitadores e não obstáculo para as crianças virem a Cristo.
Os pais ou mesmo parentes reconheceram a necessidade de trazer as crianças a Cristo. Eles não as consideraram insignificantes nem acharam que elas pudessem ficar longe de Cristo. Esses pais olharam para seus filhos como bênção e não como fardo, como herança de Deus e não como um problema (Sl 127.3). Aqueles que trazem as crianças a Cristo reconhecem que elas precisam de Jesus. Era costume naquela época, os pais trazerem seus filhos aos rabinos para que orassem por eles. A palavra grega paidia referia-se à fase da primeira infância até o período da pré-adolescência. Lucas usa brephos (Lc 18.15), que a princípio significa bebê, depois também criança pequena, mas nos versículos 16 e 17 também tem duas vezes paidion.
As crianças podem e devem ser trazidas a Cristo. Na cultura grega e judaica, as crianças não recebiam o valor devido, mas no Reino de Deus elas não apenas são acolhidas, mas também são tratadas como modelo para os demais que querem entrar.
Adolf Pohl corretamente interpreta o ensino de Jesus, quando afirma:
Não deixe as crianças esperar; não hesite em trazê-las para as mãos de Jesus; não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando você for maior, quando entender mais a Bíblia, quando for batizado etc. As crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus. O reinado de Deus rompe a barreira da idade assim como a barreira sexual (o evangelho para mulheres), da profissão (para cobradores de impostos), do corpo (para doentes), da vontade pessoal (para endemoninhados) e da nacionalidade (para gentios). Portanto, também as crianças podem ser trazidas dos seus cantos para que Jesus as abençoe.
Em segundo lugar, os que impedem as crianças de virem a Cristo (10.13). Os discípulos de Cristo mais uma vez demonstram dureza de coração e falta de visão. Em vez de serem facilitadores, se tornaram obstáculos para as crianças virem a Cristo. Eles não achavam que as crianças fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso (9.36,37).
Os discípulos não compreenderam a missão de Jesus, a missão deles nem a natureza do Reino de Deus.
Os discípulos repreendiam aqueles que traziam as crianças por acharem que Jesus não deveria ser incomodado por questões irrelevantes. O verbo grego usado pelos discípulos indica que eles continuaram repreendendo enquanto as pessoas traziam os seus filhos. Eles agiam com preconceito. Podemos impedir as pessoas de trazerem as crianças a Cristo por comodismo, negligência, ou por falsa compreensão espiritual.
Em terceiro lugar, os que abençoam as crianças (10.16). Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e agora, às crianças.
Esse texto tem três grandes lições, segundo James Hastings: um encorajamento, uma reprovação e uma revelação.

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