ESTE ESTUDO É DA CPAD
8 LIÇÃO 2 TRI 2013.
EDUCAÇÃO CRISTÃ, RESPONSABILIDADE DOS PAIS.
Data: 26/04/2013. Hinos
sugeridos: 330, 419, 522.
TEXTO ÁUREO
Instrui o menino no caminho em que deve andar, e,
ate quando envelhecer, não se desviara dele. (Pv. 22. 6).
VERDADE PRÁTICA
A educação cristã de nossas crianças, adolescentes
e jovens é uma responsabilidade intransferível e pessoal dos pais com o apoio e
assistência da igreja.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Dt 6.
4-9.
A responsabilidade dos pais.
Terça
- Sl.
78.
5.
Pais ensinando filhos.
Quarta
- Ef. 6. 4.
Filhos criados na doutrina do Senhor.
Quinta
- Ef. 4.
11.
Jesus prove mestres para sua igreja.
Sexta
- Lc.
2.
52.
O desenvolvimento de Jesus.
Sábado
- Sl 127. 3.
Filhos-Herança do Senhor.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e
os preceitos que o Senhor teu Deus mandou ensinar-te, a fim de que os
cumprisses na terra a que estás passando: para a possuíres;
2 para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes
todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o
filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e para que se prolonguem os teus
dias.
3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em que os guardes,
para que te vá bem, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como
te prometeu o Senhor Deus de teus pais.
4 Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único
Senhor.
5 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.
6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no
teu coração;
7 e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás
sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.
8 Também as atarás por sinal na tua mão e te serão
por frontais entre os teus olhos;
9 e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas
portas.
OBJETIVOS
Apos a aula, o aluno devera estar apto a:
Considerar a educação cristã como missão prioritária dos
pais.
Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento.
Saber da importância da educação cristã na família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor para introduzir a lição desta semana,
sugerimos que leia o trecho do Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD;
o mandato “Fazei Discípulos” (ARA, Almeida Revista e atualizada). Inclui
intrinsecamente o ensino. Mas temos que notar que o ensino requerido aqui é o
de determinada espécie isto é guardar (obedecer) todas as coisa que Cristo
ordenou. Em outras palavra, Seus ensinamentos foram designados para produzir
informação e transformação [...].
Solicite aos alunos que comentem e discutam o
texto. Em seguida fale acerca do impacto do evangelho na vida do discípulo.
Afirme que a palavra de Deus transforma a vida de qualquer pessoa.
INTERAÇÃO
Em lições anteriores vimos que grande parte dos
pais não acompanha a vida estudantil dos filhos. Em que pese às demandas atuais
da vida da família cristã, o que os pais cristãos tem feita pela educação
religiosa dos seus filhos? Se em primeiro lugar a fé crista não for ensinada e
vivenciada no lar; certamente será impossível aos nossos filhos peregrinarem pelo
caminho da retidão. A Educação Cristã é responsabilidade dada por Deus aos
pais.
PALAVRA CHAVE Educação: Processo de desenvolvimento
das capacidades física, intelectual e oral da criança e do ser humano em gerai,
visando a sua melhor integração individual e social.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus,
porem, confiou-nos essa Tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos
pais estão terceirizando a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a
família crista. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que
busquemos a sabedoria que somete Deus pode conceder-nos (Tg 1. 5; 3. 17). Ainda
que contemos com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos
pais.
I - EDUCAÇÃO. A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar? Segundo o Dicionário Houalss “a
palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança: cuidar,
instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais
nos esquecer que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz
deste mundo ela deve educar e Instruir segundo a Palavra de Deus (Mt 28.19-20).
Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois
ela nos protege das sutilezas do Maligno.
2. Educação Crista. Se quisermos uma sociedade
melhor, mais justa e solidaria, precisamos: com Igreja do Senhor, valorizar o
ensino da Palavra de Deus. Para isso, é Imprescindível investir na educação
Crista, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus
(Os 6. 3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e
a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. alias,
ensinar é um dos deveres do pastor (1.Tm 3.2: 2 Tm 2.24).
3 - A educação nas escolas. Vivemos em uma sociedade
permissiva, onde faltam valorei morais e éticos. Tanto nas escolas publicas
quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias
ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos a fé cristã, já
fazem parte do currículo de muitas escolas. Por Isso, os pais não podem
negligenciara educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da Igreja,
ser Instruídos para orientar seus filhos (Ef 6. l -4). Os resultados da
educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis milhares
de adolescentes gravidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis,
aumento do numero de casos de AIDS, etc.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Educar é proporcionar uma formação completa ao
educando: espiritual, moral e social.
II - A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO
TESTAMENTO.
1. No Antigo Testamento. A ordem do Senhor aos
israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a
responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do
povo de Israel (Sl 73-5) Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais conheceriam
a Deus e aprenderiam a teme-lo (Dt 4. 9,10). No livro de Josué lemos a respeito
do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este
memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a
pês secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua historia
e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com
nossas crianças, testemunhando do poder de Deus as próximas gerações, É preciso
aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o
nosso exemplo de vida fale tato quanto nossas palavras.
2. Em o Novo Testamento. As sinagogas também eram um centro de
instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da Lei. Mesmo havendo
essas "escolas" a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino
judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais
cumpriam os rituais Judaicos (Lc 2. 21-24, 35 -42). Em sua pré-adolescência,
Jesus já sabia de cor a Tora, chegando a confundir os doutores no Templo (Lc
2.46,47), Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava
pela sinagoga e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem
obreiro Timóteo. O apostolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas
Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2 Tm 1. 5,6; 3.14-17).
3. Na atualidade. A Escola Dominical é a maior e a mais
acessível agencia de educação religiosa das igrejas evangélicas, ela auxilia
todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas escrituras. Porem, a Escola
Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de
nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais.
Alias, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso
lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6. 1-4).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
No Antigo Testamento os israelitas priorizavam a
educação dos filhos em casa. Em o Novo Testamento, as sinagogas eram os centros
de instrução para os meninos aprenderem a Lei.
Ill - A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor. Os pais precisam cuidar dos
filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois
eles são "herança do Senhor" e a nossa grande recompensa (Sl 127.3);
portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure
ensina-los e educa-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a
educação deles (Pv 22 ,6).
2. O ensino da Palavra de Deus no lar. Os pais são, por natureza, os
primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente
através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto domestico. Reserve ao
menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais
momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a
televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar
desses minutos tão especiais.
3. Leve seus filhos a igreja. Lamentavelmente, muitos pais
vão a Igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos,
com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos a Casa
de Deus, quando jovens darão valor a essa pratica saudável (Mc 10. 13-16). A
educação Crista começa no lar e é fortalecida na igreja, notadamente na Escola
Dominical.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Na família, a Educação Crista deve estar
eminentemente presente.
CONCLUSÃO
"Educação é dever do Estado e direito do
cidadão", porem, a educação começa na família. Os pais receberam de Deus
uma das mais nobres missões; educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a
sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os
princípios bíblico. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes
últimos dias.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Teológico
"Educação Cristã e a ciência magistério da
Igreja Crista que. fundamentada na Bíblia Sagrada, tem por objetivos:
a) A instrução do ser humano no conhecimento
divino, a fim de que ele volte a reatar a comunhão com o Criador, e venha
a usufruir plenamente dos benefícios do Plano de Salvação que Deus estabeleceu
em seu amado Filho. Q apostolo Paulo compreendeu perfeitamente o objetivo da
Educação Crista: Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a
sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo' (Cl
1,28}.
b) A educação do crente, para que este logre
alcançar a perfeição preconizada nas Sagradas Escrituras: Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra (2 Tm 3.16,17).
c} A preparação dos santos., visando capacitamos a
cumprir integralmente os preceitos divinos da Grande Comissão: 'Procura apresentar-te
a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem
a palavra da verdade(2 Tm 2.15)” (ANDRADE, Claudionor.Teologia da Educação
Crista: A missão educativa da igreja e suas implicações bíblicas e
doutrinarias. I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2002, pp.5-6).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Teológico
[A educação cristã] FOI PRATICADA PELA IGREJA
PRIMITIVA
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo
Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja primitiva obedeceu mesmo a esse
mandamento?
A ILUSTRAÇÃO.
Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja
primitiva, o qual nos informa que eles “perseveravam na doutrina [ensino] dos
apóstolos” (At 2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.
A IMPLEMENTAÇÃO.
Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus
Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à
Igreja, conforme está escrito: “Uns [...] para pastores e doutores [mestres,
professores]” (Ef 4.11). O propósito? “Querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12); mais
outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da
multiplicação e não da adição.
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na
escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do
primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais,
confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo “dom de ensino” com
todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir
esta advertência: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores],
sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Considerando que o professor
é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2),
deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e
sensata. GANGEL Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual
de Ensino para o educador cristão Compreendendo a natureza, as
bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão I. ed. Rio de Janeiro;
CPAD, 1999, p7).
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que significa
“educar"?
R: Criar uma criança: cuidar, instruir.
2. O que devemos fazer se queremos uma sociedade
mais justa e solidaria?
R: Precisamos: com Igreja do Senhor, valorizar
o ensino da Palavra de Deus.
3. Qual e o maior e mais acessível agencia de
educação religiosa das igrejas evangélicas?
R: A Escola Dominical.
4. De acordo com a lição, qual era a ordem do
Senhor para os israelitas?
R: Q eu os Israelitas priorizassem a educação de
seus filhos.
5- Qual era o proposito do memorial erguido por
Josué com as doze pedras do Jordão?
R: Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a
sua historia e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, Claudionor. Teologia da Educação
Crista: A missão educativa da igreja e suas implicações bíblicas e
doutrinarias. I. ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2002.
GANGEL Kenneth O. & HENDRICKS. Howard G. Manual
de Ensino para o educador cristãoCompreendendo a natureza, as bases e o
alcance do verdadeiro ensino cristão I. ed. Rio de Janeiro; CPAD,
1999.
RAVI Zacharias. GEISLER. Norman. Sua Igreja
esta preparada. .Motivando Líderes para Viver uma Vida Apologética
I. Ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2007.
VOCABULARIO Mister: Urgência.
Utilitarista: Busca egoísta do prazer individual.
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 54, p.40.
A educação da criança é responsabilidade dos pais,
e o mesmo ocorre quando se fala em educação cristã. Os pais cristãos são
responsáveis por educarem seus filhos e transmitir a eles as verdades sobre a
Bíblia e o Evangelho. É evidente que a igreja, por meio da Escola Dominical,
terá sua participação na transmissão do Evangelho de forma didática e
direcionada, mas isso não exime os pais de ensinarem seus filhos em casa e com
o próprio exemplo de vida.
Lembremo-nos de que o mundo se utiliza dos meios
escolares vigentes para transmitir aos nossos filhos ensinos que zombam da fé
cristã, o que reforça a necessidade de investirmos em uma excelente educação
cristã para nossos filhos.
No Antigo Testamento, não havia a ideia de
"educação cristã", pois não existia ainda o cristianismo, mas existia
a obrigatoriedade de os pais ensinarem seus filhos a temerem ao Senhor,
respeitar Sua Lei e ter ao Senhor como seu Deus. O ensino também era
demonstrado por meio de monumentos, como as doze pedras retiradas do Jordão,
que seria memorial para as futuras gerações se lembrassem de como Deus cumpriu
sua promessa de colocar o povo na terra prometida, fazendo com que o Jordão
fosse aberto na época das chuvas e o povo pudesse ultrapassar essa barreira
geográfica. No futuro, as crianças perguntariam sobre aquele conjunto de
pedras, e os pais deveriam contar como Deus havia realizado aquele milagre.
Mesmo com o passados anos, quando os judeus não
tinham mais o Templo, instituíram as sinagogas para reunir os membros da
comunidade e ensinar às crianças a lei de Deus. Foi essa instituição - a
sinagoga - que Deus posteriormente utilizou para difundir o Evangelho aos
judeus, quando Paulo, em suas viagens missionárias, ia de cidade em cidade para
falar de Jesus. Paulo ia primeiramente às sinagogas, anunciando Jesus aos seus
irmãos, e depois pregava aos gentios em outros lugares.
A educação cristã de nossos filhos deve ser de suma
importância para nós, tanto quanto a educação secular nas escolas. Por isso, é
importante levá-los à escola Dominical, onde aprenderão sistemática e
didaticamente a Palavra, por meio de histórias, leitura da Bíblia e outros
meios utilizados para fazer com que as crianças entendam a fé cristã e tomem
uma decisão por Cristo. Além de aprender a Palavra, eles desenvolverão amizades
cristãs e já terão contato com ministérios próprios do culto, como a música e a
adoração.
SUBSÍDIOS EXTRAS
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A educação com base nos princípios bíblicos
fortalece o caráter e desenvolve a cidadania cristã. Em tempos mais antigos, a
educação começava no lar, e se fortalecia no meio da família. Há algumas
décadas, os pais em geral eram os principais educadores da família. Com o
passar dos séculos, a educação formal passou a utilizar-se das instituições
educacionais para desenvolver o processo educativo. Foi um avanço, sem dúvida.
A educação na família deixava a desejar em termos
de conteúdo, embora fosse eficaz na formação do caráter, na maioria dos lares.
Quando os pais eram os educadores da família, os filhos, verdadeiros alunos, na
escola da vida, procuravam adotar o comportamento esperado pelos seus
genitores. Lembro-me do tempo em que um adolescente levantava-se para ceder o
lugar a um ancião, em qualquer ambiente, no lar, no transporte, nas
repartições, etc. Hoje, esses gestos de civismo parecem estar esquecidos, ou
nunca foram valorizados. Para que idosos tenham prioridade, foi necessária a
intervenção da lei, concedendo-lhes o direito ao atendimento nos diversos
lugares.
A educação formal, desenvolvida nas instituições
educacionais, utilizando conteúdos programáticos e currículos elaborados
tecnicamente, amplia o leque de conhecimentos a serem apreendidos pelo alunado.
Mas, infelizmente, grande parte das escolas não transmite educação.
Certo autor escreveu: “Perdi minha educação, quando
entrei na escola”. Parece exagero, mas a experiência comum confirma que, na
escola, os valores morais e éticos são desprezados. Esse é o tipo de ensino que
despreza os princípios da Palavra de Deus.
A educação a que nos referimos, neste estudo, não é
a educação secular simplesmente. Mas a educação cristã, fundada nos sagrados
princípios, que emanam da palavra de Deus. Esses princípios são, antes de tudo,
espirituais. Contemplam e valorizam a existência do Criador de todas as coisas,
conforme a explicação da sua palavra. Esses princípios são “cláusulas pétreas”,
em termos absolutos de ética e de moral.
Na educação cristã, o aluno deve ser instruído nos
fundamentos espirituais e morais, cuja fonte é a Palavra de Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 91-92.
I - EDUCAÇÃO. A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar?
O que é educação? “A Educação não é mais do que o
desenvolvimento consciente e livre das faculdades inatas do homem” (Sciacca);
“a Educação é o processo externo de adaptação do ser humano, física e
mentalmente desenvolvido, livre e consciente, a Deus, tal como se manifesta no
meio intelectual, emocional e volitivo do homem” (Herman Horse); “E toda a
espécie de formação que surge da influência espiritual” (Krieck, p. 62,63).
Ação e efeito de educar, de desenvolver as
faculdades físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral, do ser
humano; disciplinamento, instrução, ensino” (Dicionário Contemporâneo da Língua
Portuguesa, Caldas Aulete). “Ação exercida pelas gerações adultas sobre as
gerações jovens para adaptá-las à vida social; trabalho sistematizado,
seletivo, orientador, pelo qual nos ajustamos à vida, de acordo com as
necessidades ideais e propósitos dominantes; ato ou efeito de educar;
aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, polidez, cortesia”
{Pequeno Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de
Holanda)”.
Há muitas definições de educação. Pode-se dizer que
educação é um processo que integra o ensino e a aprendizagem, com vistas à
formação de indivíduos com personalidade capaz de desenvolver-se e aperfeiçoar-se
para a vida. E diferente de instrução, de treinamento ou adestramento. A
educação verdadeira prepara cidadãos conscientes para exercerem papel
construtivo na sociedade.
“Podemos dizer que a educação é um processo
contínuo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida”; Gregory vê dois
conceitos de educação: “Primeiro, o desenvolvimento das capacidades; segundo, a
aquisição de experiência”. “E a arte de exercitar e a arte de ensinar”.
Com isso, o resultado esperado é “uma personalidade
bem desenvolvida física, intelectual e moralmente, com recursos tais que tornem
a vida útil e feliz, e habilitem o indivíduo a continuar aprendendo através de
todas as atividades da vida”.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 92-93.
I.PALAVRA E SUAS DEFINIÇÕES.
A educação é o desenvolvimento e o cultivo
sistemático das capacidades naturais, por meio do ensino, do exemplo e da
prática. Inclui tanto o conhecimento te6rico quanto a experiência prática, no
desenvolvimento de habilidades diversas. Em um sentido formal, essa palavra
indica o ensino como um sistema, servindo de sinônimo da palavra «pedagogia»,
No sentido bíblico, porém, o processo da educação combina-se com os princípios
espirituais que, segundo se espera, emprestam poder e significado aos ensinos
que transcendem os meios intelectuais normais e os meios humanos práticos. A revelação é a inspiração saem em
ajuda da educação, pelo que também o Senhor Jesus Cristo é o supremo exemplo que as pessoas bem - educadas
deveriam seguir e tentar duplicar, tanto na natureza quanto
na prática.
O moderno vocábulo hebraico para «treinar» deriva-se do mandamento que aparece
em Provérbios 22:6 e que nossa versão portuguesa traduz por: «Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele».
Outros termos relacionados à educação são aqueles que denotam as ideias de instrução e
aprendizagem.Todos os bons processos de educação dispõem do Compêndios adequados. No tocante ao
processo da educação espiritual, o texto principal é a Bíblia, havendo outras
obras que suplementam o conhecimento adquirido através da Bíblia, que fornecem
instrução quanto a todas as variedades de conhecimento que podem ter alguma
aplicação espiritual.
Mestres são providos para ajudar no processo, a fim
de proverem o exemplo e as instruções adequados.
Esses professores são descritos como sábios (ver
Pro. 13:14 e 15:7). Seus alunos eram chamados, antigamente, de «filhos. (ver I
Crê, 25:8 e Pro. 2:1), porquanto a educação processa-se melhor quando os
princípios espirituais da família divina estão sendo ensinados e seguidos.
No Novo Testamento encontramos menção aos rabinos
(professores) e aos mestres (professores). No grego, esta última palavra é
didáskalos, termo usado por cerca de cinquenta vezes nos evangelhos, mas
aplicado de modo supremo a Jesus. Ele ensinava às multidões (Mar. 2:13), nas
sinagogas (1:21), ou então, particularmente, aos. seus discípulos (Mat. 5:1,2).
Os discípulos (aprendizes) foram mencionados por mais de duzentas vezes nos
evangelhos. Ele lhes ensinava doutrina (no grego, didache). Parte da Grande
Comissão era o ministério do ensino, conforme se vê em Mat. 28:19,20.
Educação FORMAL E INFORMAL.
A educação formal , adquirida através do estudo bem
organizado, usualmente administrado nas escolas. Esse ensino se faz por graus,
havendo certo número de disciplinas requeridas, dentro de um determinado número
de anos. A educação informal é aquela adquirida mediante o estudo privado, ou
mediante a experiência diária, incluindo aquilo que se aprende através de
comunicações, livros, revistas, rádio, televisão, cinema, etc. Educação é o
nome daquela ciência ou ramo de estudos que trata, histórica e
contemporaneamente, dos princípios e práticas do ensino e do aprendizado.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 268-269.
28:19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo;
·Ide. portanto, fazei discípulos...·. Algumas
traduções dizem ·ensinai todas as nações». Porém, «fazei discípulos· é tradução
melhor, embora em Mat. 13:52 seja usada essa expressão com 0 sentido de
«instruir». O fazer discípulos envolve, em primeiro lugar, a necessidade do
evangelismo ou da pregação do evangelho; mas também subentende um exercício de
treinamento e orientação, de forma que esses discípulos sejam melhor firmados e
instruídos na plenitude da mensagem das Escrituras Sagradas. A palavra
«portanto·, provavelmente é uma glosa, pois é omitida pelos mss Aleph, AEFHKMSU
V, Gamma e outros. Todavia c porção muito antiga do texto, por causa do Códex
do Vaticano, como também dos mss Delta e Fam Pi. A glosa é excelente, conforme
a maioria dos intérpretes concorda prontamente, porque mostra que essa ação de
fazer discípulos dentre todas as nações, repousa na autoridade universal de
Cristo. Por conseguinte, sem importar o que aconteça, algum sucesso está
garantido; e o que parece ser fracasso, cm realidade não pode sê-lo. Se
tragédias aconteceram. se mártires surgirem, se um tratamento vergonhoso for
dado aos pregadores, se desumanidades forem perpetradas contra os discípulos,
devemos saber que tudo será por causa de Jesus, e que a vitória e o sucesso
final estão plenamente assegurados. Se males forem cometidos contra os
discípulos de Cristo ״ o que parece não ter remédio, toda via Deus curará a
tudo, porque cm Cristo está toda a autoridade, não somente neste mundo, mas
também no céu. E, assim sendo, dessa promessa flui um rio de paz e de
segurança. Da mesma maneira como a horrenda crucificação de Jesus foi
prontamente sarada, final c completamente, pela ressurreição, assim também
todos os recuos e derrotas dos verdadeiros discípulos serão sarados, porquanto
a autoridade de Jesus Cristo garante isso.
·...de todas as nações...» Todas as limitações
fronteiriças são aqui removidas, como também se verifica em Mat. 10:5. Assim foi
estabelecida a universalidade da comissão apostólica. A questão sobre como os
discípulos haveriam de receber de incorporar-se na igreja, ainda não fora
respondida; c ainda não haviam sido feitas as revelações, dadas a Paulo, que
identificam a igreja como organismo quase totalmente gentílico. uma noiva
gentílica, e também aquelas outras que falam da alta chamada dessa igreja, que
será transformada completamente segundo a imagem de Cristo. Todas essas coisas
haveriam de ser esclarecidas mais tarde. e podemos ler acerca delas cm trechos
como Rom.8; Efé. 1; Col. 1; Heb. 5. O desenvolvimento dessa semente é deixado
nas mãos do Espirito Santo, através do ministério dos apóstolos. Todas as
nações certamente incluiria os judeus; mas a mensagem não teria mais alcance
provinciano. Um dos principais temas deste cristã; e este é o trecho central desse tema. Assim
sendo, encontramos nesta passagem a grande ·Magna Carta· do empreendimento
missionário do cristianismo.
CHAMPLIN, Russell Norman, Novo Testamento
Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 654.
Atividade (w. 19, 20a). O verbo grego traduzido por
ide na verdade não é uma ordem, mas sim um gerúndio (indo). O único mandamento
de toda a grande comissão é "fazei discípulos" ("de todas as
nações").
Jesus disse: "Enquanto estiverem indo, façam
discípulos em todas as nações". Não importa onde estamos, devemos
testemunhar sobre Jesus Cristo e procurar ganhar outros para ele (At 11:19-21).
O termo "discípulos" era o nome mais
comum para os cristãos primitivos. Ser um discípulo significa mais do que ser
um convertido ou um membro da igreja. Aprendiz talvez seja um bom termo
equivalente. Um discípulo apega-se a seu mestre, identificasse com ele, aprende
e vive com ele. Aprende não apenas ouvindo, mas também praticando.
Jesus chamou doze discípulos e os ensinou de modo
que fossem capazes de ensinar a outros (Mc 3:13ss).
Assim, um discípulo é alguém que crê em Jesus
Cristo, expressa essa fé ao ser batizado e permanece em comunhão com os irmãos
a fim de aprender as verdades da fé (At 2:41-47) e então ser capaz de ir e
ensinar a outros. Esse era o padrão da Igreja do Novo Testamento (2 Tm 2:1, 2).
Em vários aspectos, desviamo-nos desse padrão. Na maioria das igrejas, a
congregação paga o pastor para pregar, ganhar o perdido e ajudar o salvo,
enquanto os membros da igreja atuam apenas como torcedores (se estiverem
animados), ou então, como meros espectadores. Os "convertidos" são
ganhos, batizados e aceitos como membros, para depois se juntarem aos
espectadores.
Nossas igrejas cresceriam muito mais rapidamente, e
os cristãos seriam muito mais fortes e felizes, se discipulassem uns aos
outros. A única forma de uma igreja local "crescer e se multiplicar"
(em vez de crescer por "acréscimo") é por meio de um programa
sistemático de discipulado. Trata-se de uma responsabilidade de todo cristão,
não apenas de um pequeno grupo "chamado para ir".
Jesus abriu a mente de seus discípulos para que
entendessem as Escrituras (Lc 24:44, 45). Descobriram o que Jesus desejava que
ensinassem aos convertidos. Não basta ganhar pessoas para o Senhor. Também é
preciso ensinar a Palavra de Deus a elas, pois isso faz parte da grande
comissão.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 140.
2. Educação Crista.
Educação cristã. Na igreja cristã, há um espaço
especial para a Educação Cristã. Esta é o processo de ensino-aprendizagem
proporcionado por Deus, através de sua Palavra, pelo poder do Espírito Santo,
transmitindo valores e princípios divinos. E diferente da educação secular, que
só transmite instruções e conhecimentos, deixando de lado os valores éticos,
morais e espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 93.
EDUCAÇÃO CRISTÃ
Introdução. Dentro da economia judaica, a educação
era, essencialmente, um produto do lar, envolvendo o aprendizado da religião,
de alguma profissão e estava usualmente associada à atividades agrícolas.
Quando surgiram as artes e ofícios, esses eram ensinados mediante o
aprendizado. Quando surgiram as escolas, as sinagogas tomaram-se o centro da
erudição. No cristianismo primitivo, a situação era muito parecida com isso,
excetuando que, na cultura romana, havia escolas profissionais, que não somente
ensinaram artes e ofícios, e os cristãos tinham acesso a esses meios. Uma vez
que a Igreja deixou de ser perseguida, após a conversão de Constantino ao
cristianismo, a Igreja começou a ser a mestra do estado. Sucedeu, pois.. que na
Idade Média, a educação tornou-se-essencialmente uma função da Igreja. Após
cerca de mil anos em que essa condição prevaleceu, o secularismo e o
nacionalismo debilitaram o poder da Igreja. A renascença e a Reforma
protestante deram prosseguimento a esse processo, época em que o estado começou
a recuperar o poder que havia perdido quando da queda do império romano do
Ocidente, e, uma vez mais, tomou-se uma entidade educadora, independente da
Igreja. Ver os artigos sobre a Cristandade e a Civilização Cristã.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 275.
Apto para ensinar (v. 2g). O ensinamento da Palavra
de Deus é um dos principaisministérios do presbítero. Na verdade, muitos
estudiosos acreditam que "pastores e mestres", em Efésios 4:11, se
refere a uma só pessoa com duas funções. Um pastor é, automaticamente, um
mestre (2 Tm 2:2, 24). Phillips Brooks, famoso bispo norte-americano do século
XIX, disse: "A aptidão para ensinar não é algo que se obtém por acidente
nem por um irrompimento de zelo ardente".
O pastor deve ser um estudioso dedicado da Palavra
de Deus e de tudo o que o ajude a conhecer e a ensinar a Palavra. O pastor que
tem preguiça de estudar é uma calamidade no púlpito.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 286.
2 Tm 2.23-26 - Como ensinador. Timóteo ajudou os
que estavam confusos em relação à verdade. O conselho de Paulo a Timóteo, e a
todos aqueles que ensinam a verdade de Deus, é que sejam generosos e brandos,
explicando a verdade de modo paciente e cortês.
O bom ensino nunca promove disputas ou falatórios
inúteis. Se você estiver ensinando em uma classe de escola dominical de sua
igreja. liderando um estudo bíblico, ou pregando na igreja, lembre-se de ouvir
as perguntas das pessoas e tratá-las respeitosamente ao mesmo tempo que evita
debates tolos. Se você fizer isto aqueles que se lhe opõem estarão mais
dispostos a ouvir o que você tem a dizer e talvez reconsiderem o erro deles.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 1714.
3 - A educação nas escolas.
EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
1. A educação repressiva
Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na
base do autoritarismo. Tudo era feito com base de um relacionamento rígido. A
igreja evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação. Eram
comuns os castigos físicos, com o uso da “vara” para as falhas mais simples.
Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a respeitar os limites
que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos mais velhos, e às normas.
Os aspectos negativos dessa educação manifestavam-se tempos depois, quando os
filhos tornavam-se independentes. De certa forma, essa educação contrariava a
Bíblia, que manda criar os filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).
2. A educação permissiva
Na educação moderna, os psicólogos levaram os pais
a não ter autoridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim,
grande parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase
tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir para que
os filhos não fiquem frustrados. O resulta do dessa educação é um a
libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais permitirem que suas
filhas pratiquem sexo com os namorados em suas próprias residências.
Esse tipo de educação leva os filhos, desde
crianças, a não respeitarem limites, normas e princípios. Aliás, essa educação
“moderna”, em gera não tem princípios morais, éticos, e muito menos
espirituais. E uma agressão aos princípios bíblicos, que exorta aos pais a
criarem seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b); e manda
ensinar ao menino o caminho em que deve andar, para que, quando envelhecer, não
se esqueça dele (Pv 22.6).
3. A educação materialista
A educação oficial, ministrada na rede de ensino
pública ou particular, é totalmente influenciada pelo materialismo e pelo
ateísmo. Os currículos que reúnem os conteúdos programáticos a serem
transmitidos nas salas de aula são fundamentados nas filosofias e
pseudociências materialistas.
Tudo começa com a explicação sobre a origem da
matéria, da vida, do homem, da inteligência, e de todas as coisas que existem
no universo. Os professores de ciência ensinam, como sendo a última palavra,
que a vida surgiu “por acaso”, de uma mistura, “ao acaso”, de substâncias
químicas, que se reuniram “ao acaso”, e , dali, surgiu a vida, “ao acaso”,
durante “milhões” de anos. Os alunos, crianças, ou adolescentes, de olhos
arregalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas com quadros, nos
livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais sofisticado, nas telas, com
projeções através de “data-shows”, ou projetores de multimídia.
E “o mestre”, com ar de absoluta convicção, explica
que a origem da vida, dos animais e do homem, foi fruto da evolução, que
dispensa totalmente a existência de um Deus pessoal, inteligente, e soberano,
como ensinam as religiões, e, principalmente, como ensina o cristianismo.
Figuras de macaco, evoluindo, da posição de quatro pés, ficando atarracado, até
ficar ereto, até chegar a ser homem são mostradas como sendo realmente o que
ocorreu. Na verdade, nada disso é verdade, mas é passado e repassado como
ciência.
Professores materialistas têm grande influência
sobre a mente dos alunos, principalmente porque, em casa, a grande maioria não
tem qualquer preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar a
“onda” materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas escolas.
Muitos desses professores ou professoras são homossexuais, e fazem questão de,
aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos, propagar o seu estilo de vida
anticristão, anti-Deus e contra a Bíblia Sagrada, a Lei de Deus.
4. A educação informativa
Com exceção das escolas confessionais, ligadas a
religiões que aceitam os princípios cristãos, em todas as escolas regulares a
educação é meramente informativa. Uma quantidade enorme de conteúdos é
ministrada, muitos deles sem qualquer valor para a formação do caráter e da
personalidade. Não existe a preocupação com a ética ou a moral. O mais
expressivo exemplo dessa educação meramente informativa é a chamada “educação
sexual”. Nas escolas, os alunos, inclusive crianças e adolescentes, são
ensinados que podem fazer sexo precocemente, desde que tenham cuidado em usar o
preservativo. Não há preocupação com valores morais. Sexo na adolescência é
ensinado como algo perfeitamente compreensível e normal. Apenas deve haver
precauções. O resultado é que, anualmente, há quase um milhão ade adolescentes
grávidas. A AIDS aumenta entre os jovens, de acordo com relatórios da
Organização Mundial da Saúde.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 98-100.
APOLOGÉTICA NA SALA DE AULA
Nunca podemos consentir com o irracionalismo de
nossa época — a negação pós-moderna da verdade. O modo como essa entrega muitas
vezes é expressa na igreja, é uma satisfação agradável em relação a uma
experiência de louvor emocionante na qual comove naquele momento, mas existe
uma semelhança completamente separada da vida cotidiana e do discurso cultural
que isto envolve.
Como a pregação pode e deve ter um lado
apologético, é necessário que seja acompanhada pelo ensino sistemático no
contexto da sala de aula. Para que a igreja seja uma instituição de
apologética, nós que estamos na liderança devemos buscar um compromisso mais sério
de nossa congregação. Esse é um imenso desafio em virtude das exigências já
feitas para sobrevivermos no mundo tão ocupado de hoje.
Felizmente, muito trabalho tem sido realizado por
professores e pastores. Chamo a atenção para quatro recursos muito úteis para
ensinar e estimular a apologética no dia-a-dia dos leigos instruídos.
1. The Case for Christ (Em Defesa de Cristo), de
Lee Strobel, é uma “investigação particular de um jornalista em busca de
evidências de Jesus”. A grande força desse livro é que o autor não é um
especialista, mas no estilo jornalístico, ele aborda seus tópicos como um
jornalista, entrevistando especialistas em vários campos. Strobel, um
ex-repórter investigador, utiliza ilustrações de suas reportagens sobre crimes
a fim de abrir as portas fechadas do pensamento contemporâneo. Então por meio
de um formato investigativo/de entrevista, ele traz alguma variedade de
testemunhas especialistas para caminhar por essas portas com informações bem
pesquisadas e bem apresentadas que dão ganho de causa para Cristo. Não conheço
uma obra melhor no nível popular.
2. Darwin on Trial (Darwin no Tribunal), de Phillip
Johnson, e Darwin ’s Black Box (A Caixa Preta de Darwin), de Michael Behe, são
duas das melhores obras apologéticas sobre o criacionismo. A contínua discussão
científica sobre haver uma “ordem criada” no universo ou se nós, seres humanos,
bem como tudo mais que existe, somos resultados “do acaso” é um assunto
polêmico constante nos debates da vida cotidiana. A evolução é ensinada como
fato científico nas escolas, e o criacionismo é banido. O cético conclui
facilmente que se os seres humanos estão aqui por acidente por meio de um
processo de bilhões de mutações ao longo de bilhões de anos, então Deus deve
ser ficção. A obra de Johnson e Behe é extraordinária e fornece grande munição
intelectual para a apologética nos campos da evolução e da criação.
3. C. S. Lewis foi um profeta para a nossa geração.
Ele deu aula nas universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra. Sua
educação fez dele um agnóstico de proporções ateístas. O despertar de sua fé
foi uma batalha intelectual monumental. Em sua descrição, ele fala sobre uma
noite em que subiu para o seu quarto em Magdalene College, Oxford, e se rendeu
às declarações de Cristo como “o mais relutante convertido inglês”. Seus
escritos, que tinham a finalidade de persuadir outros crentes relutantes em
potencial, são prolíferos. Sua obra Cristianismo Puro e Simples é uma manifesto
clássico combinando razão filosófica e imperativos morais com as declarações de
Cristo. À frente de seu tempo, em particular, ele ataca o sempre presente
relativismo, que previu que se tornaria tão destrutivo.
4. More than a Carpenter (Mais que um Carpinteiro),
de Josh McDowell, é uma declaração breve, porém clássica da singularidade de
Cristo. Ele usa com grande efeito o mesmo processo redutivo de C. S. Lewis,
impelindo o leitor a chegar a uma conclusão a favor de Cristo. McDowell analisa
as declarações de Cristo sob os títulos de mentiroso, lunático e Senhor, e
dirige a pessoa reflexiva a determinar qual desses títulos expressa a melhor
descrição.
RAVI Zacharias. GEISLER. Norman. Sua Igreja
esta preparada. .Motivando Líderes para Viver uma Vida Apologética.
pag. 48-50.
6.1-4 - Esse trecho tem o belo equilíbrio que
esperamos encontrar na Palavra de Deus: os filhos devem obedecer aos pais, e os
pais devem tratar os filhos de tal modo que estes se submetam àqueles. Os
filhos devem obedecer aos pais por amor a Cristo, mesmo que os pais não sejam
cristãos. Honrar pai e mãe é o único dos Dez Mandamentos que é seguido por uma
promessa (Dt 5.16) e respalda essa ideia. Sem dúvida, os filhos cristãos não
devem fazer nada imoral, ainda que os pais ordenem que façam. Nesse caso, os
filhos devem obedecer a Deus, e não aos homens (At 5.29). Os pais, por sua vez,
não devem ser excessivamente severos com os filhos nem ridicularizá-los: não
provoqueis.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 513.
1. Filhos cristãos (Ef 6:1-3)
Paulo não diz aos pais para admoestarem os filhos;
ele mesmo o faz. Os filhos estavam presentes na congregação quando essa carta
foi lida. Será que entenderam o que Paulo escreveu? Será que nós entendemos? A
família toda participava do culto e, sem dúvida, os pais explicavam a Palavra
aos filhos quando estavam em casa. O apóstolo apresenta quatro motivos para os
filhos obedecerem aos pais.
São cristãos ("no Senhor", v. 1a). Este
argumento é uma aplicação do tema da seção toda: "sujeitando-vos uns aos
outros no temor de Cristo" (Ef 5:21). Quando alguém se torna cristão, não
é liberado das obrigações normais da vida. Antes, sua fé em Cristo deve fazer
desse indivíduo um filho mais dedicado em seu lar. Para os colossenses, Paulo
reforçou essa admoestação dizendo: "pois fazê-lo é grato diante do
Senhor" (Cl 3:20). Vemos aqui a harmonia no lar: a esposa é submissa ao
marido "como ao Senhor"; o marido ama a esposa "como também
Cristo amou a igreja"; e os filhos obedecem "no Senhor".
A obediência é correta (v. 1b). Deus instituiu uma
ordem natural que mostra claramente quando um ato é correto. Uma vez que foram
os pais que colocaram o filho no mundo, e uma vez que eles têm mais
conhecimento e sabedoria do que o filho, é correto o filho obedecer aos pais.
Até mesmo os filhotes dos animais são ensinados a obedecer. A "versão
moderna" de Efésios 6:1 seria: "pais, obedeçam a seus filhos, pois
isso os manterá satisfeitos e trará paz a seu lar". Mas isso é contrário à
ordem natural instituída por Deus!
A obediência é ordenada (v. 2a). Aqui, Paulo cita o
quinto mandamento (Êx 20:12; Dt 5:16) e o aplica ao cristão do Novo Testamento.
Isso não significa que o cristão viva "sob a
Lei", pois Cristo nos libertou tanto da maldição quanto do jugo de
escravidão da Lei (Gl 3:13; 5:1). Mas a justiça da Lei ainda revela a santidade
de Deus, e o Espírito Santo nos capacita a que pratiquemos essa justiça em nossa
vida diária (Rm 8:1-4). Nove dos Dez Mandamentos são repetidos nas epístolas do
Novo Testamento, a fim de serem observados pelos cristãos, com exceção de
"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar". É tão errado um
cristão desonrar aos pais quanto o era para um judeu do Antigo Testamento.
"Honrar" os pais significa muito mais do que simplesmente obedecer a
eles. Significa mostrar respeito e amor por eles, cuidar deles
enquanto precisarem de nós e procurar honrá-los pela maneira como vivemos.
Um rapaz e uma moça vieram me procurar, pois
estavam querendo se casar. Perguntei lhes se os pais dos dois haviam concordado
com o casamento. Eles trocaram um olhar envergonhado e confessaram:
- Tínhamos esperança de que o senhor não fizesse
essa pergunta... Passei uma hora tentando convencê-los de que era um direito
dos pais deles se regozijarem com esse acontecimento e que a exclusão deles
causaria mágoas profundas, as quais talvez nunca fossem curadas. - Mesmo que
eles não sejam cristãos - expliquei são seus pais, e vocês lhes devem amor e
respeito. Por fim, eles concordaram, e os planos que fizemos juntos agradaram a
ambas as famílias. Se tivéssemos seguido o primeiro plano do casai, os dois
teriam perdido a credibilidade para testemunhar a seus familiares. Em vez
disso, puderam dar um bom testemunho de jesus Cristo.
A obediência traz bênçãos (w . 2b-3). O quinto
mandamento é acompanhado de uma promessa: "para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá" (Êx 20:12). A princípio, essa
promessa foi feita ao povo de Israel, quando este entrou em Canaã, mas Paulo
aplica-a aos cristãos de hoje, dizendo que o filho cristão que honrar ao pai
pode esperar duas bênçãos.
As coisas irão bem para ele e ele terá vida longa
na Terra. Isso não significa que todas as pessoas que morreram jovens
desonraram os pais. O apóstolo está declarando um princípio: quando os filhos
obedecem aos pais no Senhor, evitam muitos pecados e perigos e, desse modo,
muitas coisas que poderiam ameaçar ou encurtar sua vida.
Todavia, a vida não é medida apenas pela extensão
de tempo, mas também pela qualidade da experiência. Deus enriquece a vida do
filho obediente, a despeito de quanto dure aqui na Terra. O pecado sempre
empobrece; a obediência sempre enriquece.
Assim, o filho deve aprender a obedecer ao pai e à
mãe, não apenas porque são seus pais, mas porque Deus assim o ordenou. A
desobediência aos pais é uma forma de rebelião contra Deus. A situação triste
dos lares de hoje é resultante da rejeição à Palavra de Deus (Rm 1:28-30; 2 Tm
3:1-5). A criança é, por natureza, egoísta, mas, pelo poder do Espírito Santo,
pode aprender a obedecer aos pais e glorificar a Deus.
2. Pais cristãos (Ef 6:4)
Se forem deixadas por conta própria, as crianças
tornam-se rebeldes, de modo que é necessário os pais educarem os filhos. Anos
atrás, o duque de Windsor disse: "Numa casa norte-americana, tudo é
controlado por botões, menos os filhos". A Bíblia registra os resultados
infelizes da negligência dos pais para com os filhos, quer dando um mau exemplo,
quer deixando de discipliná-los corretamente. Davi mimou Absalão e deu um
péssimo exemplo, e as consequências foram trágicas. Eli não disciplinou os
filhos, e estes, além de desgraçarem seu nome, trouxeram derrota sobre a nação
de Israel. Em sua velhice, Isaque mimou Esaú, e sua esposa demonstrou
favoritismo por Jacó, resultando em um lar dividido. Jacó cultivava seu
favoritismo por José, quando Deus resgatou o menino de modo providencial e
o levou para o Egito, onde o transformou em um homem de caráter. Paulo diz que
o pai tem várias responsabilidades para com os filhos.
Não deve provocá-los. No tempo de Paulo, o pai
exercia autoridade suprema sobre a família. Quando uma criança nascia em uma
família romana, por exemplo, era tirada do quarto e colocada diante do pai.
Se ele a pegasse no colo, era sinal de que a
aceitava no lar. Mas se não a pegasse, indicava que não a aceitava, e a criança
deveria ser vendida, dada ou abandonada para morrer. Sem dúvida, o verdadeiro
amor paterno não permitia tamanhas atrocidades, mas tais práticas eram legais
naquela época. Paulo diz aos pais: "Não usem sua autoridade para abusar de
seus filhos; pelo contrário: incentivem e edifiquem a criança". Para os
colossenses, o apóstolo escreveu: "Pais, não irriteis os vossos filhos,
para que não fiquemdesanimados" (Cl 3:21). Assim, o oposto de
"provocar" é "animar".
Eu estava dando uma palestra a um grupo de
estudantes sobre a oração e dizendo que nosso Pai celeste está sempre
disponível quando o buscamos. Para ilustrar esse fato, contei que a
recepcionista do escritório de nossa igreja tem uma lista que eu preparei com o
nome de todas as pessoas que podem falar comigo a qualquer momento, não importa
o que eu esteja fazendo. Mesmo que esteja em uma reunião do conselho ou no meio
de uma sessão de aconselhamento, se alguma dessas pessoas telefonar, a
recepcionista deve me chamar imediatamente. Minha família está no topo da
lista. Ainda que o assunto pareça ser de importância secundária, quero que
minha família saiba que estou disponível. Depois dessa palestra, um dos rapazes
me perguntou: - Você não quer me adotar? Nunca consigo falar com meu pai... E
preciso tanto do incentivo dele!
Os pais provocam e desanimam os filhos quando dizem
uma coisa e fazem outra, sempre criticando e nunca elogiando, sendo incoerentes
e injustos na disciplina, mostrando favoritismo dentro de casa, fazendo
promessas e não cumprindo, deixando de levar a sério problemas extremamente
importantes para os filhos. Os pais cristãos precisam da plenitude do Espírito
para se mostrarem sensíveis às necessidades e aos problemas dos filhos.
Deve nutri-los. O texto diz: "criai-os na
disciplina e na admoestação do Senhor". O verbo traduzido por
"criar" é a mesma palavra traduzida por "alimentar" em
Efésios 5:29. O marido cristão deve nutrir a esposa e os filhos dando-lhes amor
e ânimo no Senhor.
Não basta cuidar dos filhos fisicamente
providenciando alimento, abrigo e roupas. Também deve lhes dar alimento
emocional e espiritual. O desenvolvimento do menino Jesus é um exemplo para
nós: "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos
homens" (Lc 2:52). Vemos aqui um crescimento equilibrado: intelectual,
físico, espiritual e social. Em parte alguma da Bíblia, a educação dos filhos é
apresentada como responsabilidade de alguma pessoa ou instituição fora do lar,
por mais que tais elementos externos colaborem no processo. Deus incumbiu os
pais de ensinar aos filhos os valores mais essenciais. Deve discipliná-los. O
termo "criar" dá a ideia de aprendizado por meio da disciplina. É
traduzido por "corrigir" em Hebreus 12. Alguns psicólogos modernos
opõem-se ao conceito "antiquado" de disciplina, e muitos educadores
seguem essa filosofia. Dizem que devemos deixar as crianças se expressarem e
que, se as disciplinarmos, iremos distorcer seu caráter. No entanto, a
disciplina é um princípios fundamental da vida e uma demonstração de amor.
"Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem
recebe" (Hb 12:6). "O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o
que o ama, cedo, o disciplina" (Pv 13:24).
É preciso, porém, certificar-se de estar
disciplinando os filhos da maneira correta. Em primeiro lugar, deve-se
discipliná-los em amor, não com raiva, a fim de não ferir o corpo nem a alma da
criança ou, possivelmente, os dois. Quem não é disciplinado, evidentemente, não
pode disciplinar a outros, e explosões de raiva nunca trazem benefício algum
para os filhos nem para os pais.
Além disso, a disciplina deve ser justa e coerente.
- Meu pai é capaz de usar um canhão para matar um
pernilongo! - disse-me um adolescente. - Posso cometer homicídio e nada
acontece ou posso ser considerado culpado de absolutamente tudo!
A disciplina coerente aplicada com amor dá
segurança à criança. Ela pode não concordar conosco, mas pelo menos sabe que
nos importamos o suficiente para criar alguns muros de proteção a seu redor até
ela ser capaz de tomar conta de si mesma.
- Nunca soube quais eram os meus limites - comentou
uma moça rebelde -, pois meus pais nunca se importaram comigo o suficiente para
me disciplinar. Acabei concluindo que, se não era importante para eles, então
por que deveria ser importante para mim?
Deve instruí-los e incentivá-los. Esse é o
significado do termo "admoestação". A fim de educar o filho, o pai e
a mãe não usam apenas ações, mas também palavras. No Livro de Provérbios, por
exemplo, temos um registro inspirado de um pai compartilhando conselhos sábios
com o filho. Os filhos nem sempre apreciam nossos conselhos, mas isso não
elimina nossa obrigação de instruí-los e de incentivá-los. É evidente que nossa
instrução deve sempre estar de acordo com a Palavra de Deus (ver 2 Tm 3:13-1
7).
Quando a Suprema Corte deu seu veredicto contrário
à obrigatoriedade de orar nas escolas públicas, o famoso cartunista Herblock
publicou uma tira no jornal Washington Post mostrando um pai irado sacudindo um
jornal para a família e gritando:
- Só faltava essa! Agora querem que a gente ouça as
crianças orando em casa? A resposta é: sim! O lar é o lugar onde as crianças
devem aprender sobre o Senhor e a vida cristã. É hora de os pais cristãos
pararem de empurrar a responsabilidade para os professores da escola dominical
e das escolas cristãs e começarem a educar seus filhos.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 68-71.
II - A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO
TESTAMENTO.
1. No Antigo Testamento.
1. Sob a égide da teocracia
No Antigo Testamento, os pais viviam sob a
Teocracia, ou sob o governo de Deus sobre o povo. Todas as normas ou doutrinas,
de caráter espiritual, moral, social, educacional ou familiar, emanavam da Lei
de Deus. Os pais não tinham grandes desafios no relacionamento com os filhos,
pois os mesmos, desde o berço, eram criados segundo os mandamentos, os juízos e
os estatutos de Deus (Dt 5.31).
2. O ensino aos filhos no lar
Os filhos dos judeus aprendiam e absorviam o shema,
ou o credo, que resumia o princípio fundamental de sua fé: “Ouve, Israel, o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt 6.4,5). Esse
ensino fazia parte do dia a dia das crianças judaicas. Uma grande lição para a
educação cristã nos dias presentes (Dt 11.18-21).
3. Os cuidados na educação dos filhos
Aos 12 anos, os meninos passavam pela cerimônia do
“Bar Mitzvah”, quando já deveriam saber de cor os pontos mais importantes da
lei. A sinagoga era templo e era escola também. Segundo Halph Gower, “Era
responsabilidade da mãe educar tanto os filhos como as filhas durante os três
primeiros anos (provavelmente até o desmame). Ela ensinava às filhas os deveres
domésticos durante toda a infância delas. A partir dos três anos de idade, os
meninos aprendiam a lei com o pai, e os pais também ficavam responsáveis por
ensinar um ofício aos filhos. Um rabino disse certa vez: ‘O pai que não ensina
ao filho um ofício útil está educando-o para ser ladrão”.
4. Lições para os dias presentes
Nesse contexto de educação no lar, pode-se entender
que os pais eram bem presentes na vida dos filhos. Estamos escrevendo sobre
educação no século XXI, onde a educação é institucionalizada, seguindo um
sistema oficial de ensino. Mas a educação no Antigo Testamento nos dá sugestões
válidas para hoje, principalmente para a família cristã. O ensino da palavra de
Deus no lar, a educação constante, como em Deuteronômio 11.18-21 é a única
esperança para termos uma família firmada nos princípios da Lei do Senhor. Os
pais presentes na vida dos filhos é fator indispensável para a formação do
caráter cristão. Confiar apenas na escola secular é entregar os filhos a um
sistema que está totalmente contaminado com as doutrinas materialistas.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-93.
O Lar. O lar era a unidade básica da sociedade, bem como a primeira escola que um
menino judeu conhecia. O Antigo Testamento mostra o grande valor dado às crianças e grande
responsabilidade pesava sobre os ombros dos pais, porquanto os filhos eram tidos como dons de Deus (Jô 5:25;
Sal. 127:3; 128:3,4. Ver também Gên. 18,19 e Deu. 11:19 quanto à importância da instrução doméstica).
As crianças eram treinadas em seus deveres, religiosos ou
outros (I Sam. 16:11; 11 Reis 4:18). O treinamento artístico fazia parte da instrução recebida
(Jui. 21:21; Lam, 5:14). Às meninas eram ensinadas prendas
domésticas, por suas mães (Êxo, 35:25; II Sam. 13:8). Os meninos aprendiam negócios e ofícios.
As casas numerosas, como aquelas de pessoas ricas, estavam sujeitas a uma instrução global (Gên,
18:19). O elemento religioso sempre ocupava o primeiro plano (Deu. 6:4-9; Sal. 78:3-6; Pro. 4:3).
Algumas poucas mulheres, segundo todas as aparências, eram bem educadas e chegaram a tomar-se
lideres (Jui, 4:4 ss, II Reis 22:14-20).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 271.
Salmos 78. 5. Ele estabeleceu um testemunho em
Jacó. Yahweh foi o Autor da lei, e o primeiro a propagá-la. Os pais da nação de
Israel a receberam e imediatamente a transmitiram a seus filhos. A partir daí,
a prática foi seguida pelas gerações sucessivas de Israel.
Ver também Éxo. 13.14. “Jacó”, neste caso, é
paralelo a “Israel”, e a mensagem a seus filhos começou com o Pentateuco, e,
nos anos que se seguiram, mais literatura foi sendo reunida. Ver no Dicionário
o verbete intitulado Cânon do Antigo Testamento.
Um testemunho... uma lei. Quanto à tríplice
designação da lei, ver Deu. 6.1. Temos aqui somente duas palavras, que poderiam
ser um simples paralelismo. Tomadas juntamente, elas falam sobre o corpo geral
dos documentos religiosos de Israel. Posteriormente, vieram a significar,
especificamente, o Pentateuco. É provável que a lei signifique o testemunho
estabelecido em Israel, ou seja, o testemunho que Yahweh deu de Si mesmo e de
Seus ensinos espirituais. Esse testemunho assumiu forma escrita, tornando assim
mais fácil a transmissão, visto que as tradições orais estão sujeitas a
mudanças e perversões. No vs. 7 temos os mandamentos; no vs. 10 temos a aliança
baseada na lei mosaica; e no vs. 11 temos os milagres. Esses testemunhos
autenticaram a mensagem e ajudaram a fazer de Israel aquilo em que ele se
tornou. Os vss. 12 ss. descrevem com detalhes os milagres ou maravilhas que
Yahweh realizou.
“O fato mais importante na vida do povo hebreu foi
o que nosso poeta citou como testemunho e lei. Não há compreensão nem de suas
histórias nem de suas tentativas de entender a história à parle desse fato...
Voltando às suas origens, eles sempre acharam Deus como o Criador e o
Legislador. A lei foi estabelecida não para agradar o Legislador, mas para
prover o povo de Israel com um padrão de continuidade explícita, dentro da
ordem da lei. A vida, para os indivíduos, não era improvisada para satisfazer
emergências. Isso ocorreria se o povo seguisse o padrão que Deus lhe dera. A
lei agia como uma proteção contra eles mesmos, contra seus irmãos e contra seus
inimigos. Não havia alternativa à lei. O povo podia perecer, mas a lei
permaneceria” (J. R. P. Sclater, in Ioc.). A isso deveríamos acrescentar que a
lei deveria fazê-los viver por longos anos e prosperamente. Ver Sai. 1.2,
quanto a um sumário sobre as funções da lei, em Israel.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 2292.
(1-11) A palavra lei (1) lit. torah, tem o sentido
de "ensino". Note-se a maneira como o verso 2 é citado em Mt 13.35. A
ênfase que recai sobre o testemunho em Jacó (5), isto é, o ensino tradicional
da família (ver vv. 3-6), se baseia em Êx 10.2; 12.26; 13.8. Duas linhas de
pensamento são torcidas juntamente no poema para dar pontos de vista alternados
sobre a fragilidade humana e a energia divina. Os filhos de Efraim...
retrocederam (9). Não está na mente do salmista qualquer ocasião particular de
falta militar. Alguns julgam ver aqui uma clara alusão à partida prematura de
Efraim, do Egito, e o revés que sofreram às mãos dos homens de Gate (ver 1Cr
7.21); outros relacionam esses versículos ao descontentamento dos efraimitas ao
entrarem em Canaã (ver Js 17.14 e segs.). O salmista, porém, está aqui
simplesmente declarando um tema por meio de uma imagem verbal; os filhos de
Efraim, ou seja, o norte da Israel, traíram a aliança de Deus, tal como
soldados que, embora armados e equipados, recuam no calor mesmo da batalha. A
analogia é novamente usada no verso 57. O verso 67 declara que Efraim tinha
sido posto de lado como líder, e que outro fora escolhido para a posição.
NOVO. Comentário da Bíblia. Salmos. pag. 172.
78.1-72 Esse salmo didático foi escrito para
ensinar as crianças como Deus havia sido gracioso no passado apesar da rebelião
e falta de gratidão de seus antepassados. Se as crianças entendessem
corretamente a interpretação teológica da história de sua nação, certamente não
seriam "como seus pais" (v. 8). O salmista se concentra, principalmente,
na história do êxodo.
I. Exortação sobre a instrução das crianças
(78.1-11)
II. Exposição sobre a graciosidade de Deus
(78.12-72)
A. A narrativa da história de Israel (78.12-39)
B. A repetição de lições históricas (78.40-72)
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag. 738.
SALMOS 78. Lições da História
Esse Salmo de Asafe cumpre a obrigação de cada
geração em compartilhar seu conhecimento de Deus com o próximo (78.1-8), Como
uma geração esqueceu de Deus, violou Sua aliança e sofreu derrota (w. 9-11).
Assim Asafe alista as coisas maravilhosas que Deus fez ao revelar-se a Israel:
lançou pragas contra Egito (w. 12-20), disciplinou e alimentou a geração do
deserto (w. 21-33). Ele puniu e perdoou (vv. 34-39). Contudo, Israel rebelou-se
(w. 40-55) e voltou à idolatria (w. 56-64). Mais tarde, entretanto, Deus
rechaçou os inimigos de Seu povo e escolheu Davi para pastoreá-lo (vv. 65-72).
Quão grande o pecado do homem e quão maior a graça de Deus!
O que transmitiremos? (78.4). Asafe define o que cada geração precisa para
transmitir ao próximo: “as maravilhas que tem feito o Senhor”. Não hesiremos em partilhar o que Deus tem
feito em nossas vidas para com os nossos filhos. Eles verão e chegarão a conhecê-lo através do
que comunicarmos (v. 7).
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. pag. 368.
Dt 4.9. Tão-somente guarda-te. Os vss. 9-14
apresentam um segundo incidente ilustrativo: a revelação dada em Horebe (Sinai),
dos Dez Mandamentos, 0 núcleo da lei. Esse lato histórico produziu 0 avanço de
Israel nos campos da sabedoria e do entendimento. Isso posto, Deus estava
operando através do processo histórico. Ver no Dicionário os artigos chamados
Horebe, Sinai e Dez Mandamentos.
Esse avanço dependia diretamente das instruções
dadas através de Moisés, a lei, os preceitos que faziam de Israel um povo
distinto. O conhecimento estava concentrado na lei, e tinha de ser ensinado
(vs. 1), mas esse conhecimento precisava ser aplicado à vida diária das
pessoas. Era mister 0 uso de diligência nessa aplicação.
As palavras “guarda bem a tua alma” têm sido
interpretadas na teologia posterior dos hebreus como “cuida de teus interesses
espirituais”. Mas não foi isso que Moisés quis dar a entender ao usar 0 termo
hebraico nephesh. Os teólogos históricos têm mostrado que essa palavra nunca
foi usada no Antigo Testamento para indicar a porção imaterial do homem, que
sobrevive à morte biológica. O que Moisés estava dizendo, era: “Dedica toda a
tua vida, todo 0 teu coração, a essa questão da guarda da lei. Assim deve
expressar-se a tua vida”.
E os farás saber a teus filhos. Isso aponta para a
necessidade crítica de os pais transmitirem a seus filhos a mensagem
espiritual. O profeta Baha Ullah ensinava que a pior coisa que um pai pode
fazer, 0 pior erro que ele pode cometer, é conhecer os ensinos mas não
transmiti-los a seus filhos. Antes de tudo, um pai deve três coisas a seus filhos:
exemplo, exemplo e exemplo. Além disso, ele precisa transmitir-lhes seu
conhecimento espiritual. Na sociedade hebraica, alguma profissão também era
transmitida de pai para filho, de modo que tanto os aspectos espirituais quanto
os econômicos recebiam a devida atenção.
A lei era complexa e intrincada. Somente um ensino
adequado podia servir de preservação e transmissão. A casta sacerdotal era uma
casta de professores, que não somente realizavam ritos religiosos. O próprio
Antigo Testamento é um livro de instruções, como de resto a Bíblia inteira. O
ensino começava no lar. Mais tarde, passava para as escolas. Ver na
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo chamado Educação. E no
Dicionário ver o verbete intitulado Educação no Antigo Testamento.
O livro de Deuteronômio frisa os deveres dos
sacerdotes; mas também dos pais, que deveriam ser os sumos sacerdotes de suas
próprias células familiares. Ver também Deu. 6.7,20; 11.19; 31.13 e 32.46.
4.10. Não te esqueças. Cf. Deu. 4.9,23,31; 6.12;
8.11,14,19; 9.7 e 25.19.
Em Horebe. Trata-se do mesmo Sinai (ver a respeito
no Dicionário). A mensagem viera da parte de Yahweh e fora dada a Moisés.
As minhas palavras. Aqui significam os Dez
Mandamentos (ver a respeito no Dicionário). Esses dez mandamentos tornaram-se a
base da legislação mosaica, bem como as primeiras leis morais e espirituais,
confirmando coisas que já tinham sido reveladas a Abraão, embora de maneira
mais organizada. Ver 0 capítulo 5 de Deuteronômio, bem como 0 capítulo 20 de
Êxodo. A revelação dada no Sinai-Horebe é descrita com detalhes nos capítulos
19 e 20 do livro de Êxodo.
Talvez seja uma verdade, conforme disse Ellicott
(in loc.): “A congregação de Israel data do Sinai, da mesma maneira que a
Igreja de Cristo data do Pentecoste”. É notável que a outorga da lei ocorreu
cinquenta dias após 0 êxodo (a Páscoa), da mesma forma que 0 Pentecoste cristão
teve lugar cinquenta dias após a ressurreição de Cristo. Ver o terceiro
capítulo de II Coríntios. Comunidades foram formadas, dedicadas às suas
respectivas revelações. Ver Êxo. 19.17 quanto a como 0 Antigo Testamento
gravitou em torno de Moisés. E é sabido que 0 Novo Testamento gravita em torno
de Jesus Cristo.
“Não se pode exagerar a significação da palavra
revelada de Deus, pois a demanda mais fundamental feita por Deus ao homem é:
‘Que queres que eu faça?’. Somente em resposta a essa pergunta é que a vontade
do homem pode achar emancipação, sua vereda pode ser iluminada, e sua vida pode
encontrar propósito' (Henry H. Shires, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 770, 772.
Dt 4.9 Moisés queria que os israelitas não
esquecessem tudo o que viram Deus fazer, por isso advertiu aos pais que
contassem aos filhos os grandes milagres de Deus. Isto ajudava os pais a
lembrarem-se da fidelidade de Deus e garantia às gerações futuras o mesmo
empenho em propagar as histórias sobre os grandes feitos de Deus.
L fácil esquecer as maravilhas que Deus tem operado
na vida de seu povo. Mas você pode recordar a fidelidade de Deus contando a
todos o que tem visto Deus realizar na sua vida e na daqueles que o cercam.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 237.
Js 4.20 As doze pedras. Temos aí 0 que aconteceu às
doze pedras retiradas do leito seco do Jordão, que se tornaram 0 segundo
memorial. Destarte, um dos memoriais podia ser visto no meio do rio, quando
suas águas baixavam, e 0 segundo foi erguido em Gilgal, que se transformou em
um santuário de Israel. Ver 0 nono versículo deste capítulo acerca de como 0
autor do livro de Josué tinha visto, pessoalmente, 0 primeiro memorial no leito
do rio Jordão.
Não envelhecerão, como sucede a nós, que crescemos;
A idade não os desgastará e nem os anos os condenará. De cada vez que o sol
descer, ou pela manhã, Nós haveremos de lembrar-nos deles. (Laurence Robert
Bickersteth)
Tipologia. Alguns estudiosos enxergam, nessas doze
pedras, um tipo dos doze apóstolos, que seriam pedras fundamentais da Igreja
cristã (ver Efé. 2.20- 22). Nelas, os filhos de Israel lembrar-se-iam de suas
raízes.
Js 4.21. Que significam estas pedras? Essa seria a
pergunta que os filhos fariam a seus pais. Cf. 0 vs. 6, onde temos a mesma
indagação. A resposta foi dada no vs. 7, paralelo aos versículos 22 a 24 deste
capítulo. A resposta consistiria em cinco pontos, a saber;
1. As pedras serviam de memorial dos poderosos
feitos de Yahweh, lembrando as sucessivas gerações dos filhos de Israel sobre
esses feitos, uma vez que estivessem na Terra Prometida, e sobre quanto
deveriam ser gratos (vs. 7).
2. Aquilo relembrava 0 milagre da travessia do
Jordão a pé enxuto, visto que as águas ficaram represadas de certo ponto para
cima; tinha sido um ato da providência divina (ver sobre Providência de Deus,
no Dicionário) (vs. 22).
3. Tinha sido um ato de Yahweh, pois Ele é Yahweh-
Elohim (ver no Dicionário o verbete intitulado Deus, Nomes Bíblicos de) (v.23).
4. Esse milagre era comparável ao milagre ocorrido
no mar de Juncos (ver a respeito no Dicionário), que aconteceu por ocasião do
êxodo (saída), ao passo que no Jordão ocorrera o eisodus (entrada) (vs. 23). 5.
Esse prodígio serviria de lembrete universal do Deus único e vivo, de tal modo
que todas as nações poderiam observar os atos de Yahweh, a fim de temê-Lo e
obedecer-Lhe, abandonando as suas muitas formas de idolatria.
Js 4.22. Israel passou em seco este Jordão. Tinha
sido feita a pergunta: “Que significam estas pedras?” (vss. 6 e 21). Ver o
sumário da resposta nas notas sobre 0 versículo anterior. O primeiro fator é
que havia uma barreira à entrada na Terra Prometida, constituída pelo rio em
período de enchente. Mas Deus fizera 0 rio secar, represando as águas logo
acima do ponto da travessia, 0 que permitiu a Israel entrar na terra que lhe
pertencia por promessa divina. Quanto a como isso foi efetuado, ver Jos. 3.16 e
suas notas expositivas. A educação religiosa, desde 0 começo, comunicaria fatos
fundamentais aos israelitas das gerações futuras. Yahweh tinha efetuado várias
intervenções significativas na história, incluindo 0 milagre do represamento
das águas do rio Jordão. Ver no Dicionário 0 verbete chamado Educação no Antigo
Testamento: e, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, ver 0 artigo
denominado Ensino.
Um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo,
exemplo, exemplo. “Os filhos têm maior necessidade de modelos do que de
críticos” (Joseph Joubert).
Os pais hebreus tinham a responsabilidade de
ensinar a seus filhos a fé do yahwismo. Ver Deu. 6.4-7, cujas notas ilustram o
texto presente. Os levitas serviam de mestres especiais em Israel, mas o pai e
a mãe de uma criança precisavam dar início ao processo de ensino, mediante a
educação doméstica.
Js 4.23. O Senhor vosso Deus. Yahweh-Elohim era o
poder real por trás do milagre que seria comemorado. Ele é o Eterno
Todo-Poderoso. Ver no Dicionário 0 artigo chamado Deus, Nomes Bíblicos de. Os
filhos precisavam conhecer os acontecimentos históricos que ilustravam 0 poder
de Yahweh, e que tinham feito a nação de Israel ser 0 que ela era. Israel
tornara-se uma nação distinta por causa de sua lei e de sua história, que
incluía muitas intervenções divinas. Ver as notas sobre Deu. 26.19 quanto ao
caráter distinto de Israel. Uma daquelas intervenções divinas fora a travessia,
a pé enxuto, do mar de Juncos, assim que o povo de Israel fugiu do Egito, onde
tinha sido escravizado. Isso ocorreu, estrategicamente, por ocasião do êxodo.
Ver no Dicionário o artigo denominado Êxodo (0 Evento),׳ e ver sobre Mar de
Juncos, em Êxodo 13.18. Esses incidentes nos ensinam a verdade do Teismo (ver a
respeito no Dicionário), que dá a entender que Deus não somente existe e criou
todas as coisas, mas também intervém na história humana, orientando ou punindo.
O deismo (ver também no Dicionário), por sua vez, ensina que, embora possa
haver uma força criadora (pessoal ou impessoal), esse poder abandonou a Sua criação,
deixando-a entregue às leis da natureza, não se fazendo presente na criação. É
como se essa força tivesse dado corda num relógio para em seguida abandoná-lo,
deixando-o funcionar sozinho. Ver o sumário de respostas para a pergunta “Que
significam estas pedras?” no versículo 21 deste capítulo.
Js 4.24. Para que todos os povos da terra. A lição
não se destinava somente ao povo de Israel, mas a toda a humanidade. Todas as
nações do mundo que tomassem conhecimento de como Israel obtivera seu
território pátrio haveriam de temer a Yahweh, encorajando-se a abandonar a
idolatria e a obedecer a Ele. Essa universalização, porém, só veio a ocorrer
realmente na Igreja cristã (ver Gál. 3.23 ss.; Efé. 2.17 ss.).
“Dessa maneira, Deus provou que Ele é 0 único
verdadeiro Deus, mediante Seus poderosos atos na história" (John Bright,
in Ioc.). As doze pedras, por conseguinte, tornaram-se um grande sinal do
intuito universal de Deus para a humanidade.
O Temor a Deus. Esse é um dos grandes temas do
Pentateuco. Ver as notas expositivas em Deu. 10.12 e 28.58, onde são oferecidas
várias outras referências sobre 0 assunto. Deus é o objeto desse temor (ver
Isaías 8.14). O conhecimento desse temor nos é dado por meio das Escrituras
(ver Pro. 2.3-5). Esse temor é uma fonte de vida (ver Pro. 14.27). Ele motiva 0
indivíduo à santificação (ver Apo. 15.4), à bondade (I Sam. 12.24), ao perdão
(ver Sal. 130.4). Esse temor é ilustra- do pelas admiráveis obras de Deus (ver
Jos. 4.23,24). Além disso, é uma das características dos santos (ver Mal.
3.16). e um ingrediente necessário na adoração a Deus (Sal. 5.7), no serviço
que prestamos a Ele (ver Sal. 2.11; Heb. 12.28). E, finalmente, devemos ensinar
o temor a Deus aos nossos semelhantes (ver Sal. 34.11).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 917.
2. Em o Novo Testamento.
1. A educação era integral
Nas poucas referência sobre o tema, vemos o exemplo
da educação do menino Jesus. Diz a Bíblia: “E o menino crescia e se fortalecia
em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. “E crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc
2.40, 52). Esses textos nos falam da educação espiritual (“em espírito”), no
conhecimento de Deus e intelectual (“cheio e sabedoria”), no crescimento físico
(“em estatura”), e no crescimento espiritual e social (“em graça para com Deus
e os homens”).
Aos 12 anos, Jesus foi levado pelos pais a
Jerusalém, para a Festa da Páscoa. Ao regressarem a Nazaré, no meio da
multidão, José e Maria, sem dúvida, deixaram o menino um pouco à vontade, no
meio de outros meninos, que acompanhavam seus pais. Num determinado momento, o
perderam de vista, e, preocupados, o buscaram entre os caminhantes, mas não o
encontraram. Lucas registra aquele momento de aflição para os pais de Jesus, e
de afirmação de sua missão perante os doutores da Lei (Lc 2.46-48). Os doutores
da época admiraram-se da inteligência e sabedoria de Jesus, como
pré-adolescente. Naturalmente, Ele era divino. Mas, na ocasião, comportava-se
como um menino judeu, educado pelos pais com todo o cuidado e zelo como era de
se esperar. A educação de Jesus no lar preparou-o para ser um cidadão completo.
Além do ensino da Lei, dos livros sagrados, do
Antigo Testamento, ele foi ensinado a ter um ofício. Segundo Gower, “ele não
era só o filho do carpinteiro” (Mt 13.55). Mas ele era “o carpinteiro” (Mc
6.3).
Jesus teve uma educação integral. Ele conhecia o
lado espiritual da vida, no ensino e no exemplo de seus pais. Foi educado a ter
respeito e equilíbrio, no aspecto emocional, e teve uma educação que, nos
termos de sua realidade, lhe deu um desenvolvimento físico desejável.
2. Os pais são exortados a ensinar os filhos (E f
6.4)
Infelizmente, pelas mudanças sociais impostas pelo
progresso material, os pais estão cada vez mais ausentes na educação dos
filhos. Além de muitos não saberem o que seus filhos estão aprendendo (ou
desaprendendo) nas escolas, ainda são ausentes na educação espiritual e moral
dos filhos. A maioria dos pais não faz o culto doméstico. Os filhos sequer
sabem metade dos nomes dos apóstolos de Jesus.
Mas grande parte sabe o nome dos personagens das
novelas. Para criá-los “na doutrina e admoestação do Senhor”, faz-se necessária
uma educação permanente, com ensinamentos ministrados no próprio lar. A maioria
dos filhos de cristãos não sabe o que é doutrina. E muito menos o que é
admoestação. Mas sem esses dois elementos educacionais, os filhos não poderão
ter uma verdadeira formação cristã.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 94-95.
A Sinagoga. Ver o artigo separado sobre esse assunto,
quanto a um estudo mais completo. Não temos qualquer informação, nem no Antigo
e nem no Novo Testamentos, sobre a origem das sinagogas; e nem mesmo nos livros
ap6crifos temos essa informação.
Os eruditos supõem que, como uma instituição
formal. a sinagoga desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. A palavra
«sinagoga» encontra-se em Sal. 74:8, mas ali significa apenas «assembleia», não
havendo qualquer alusão à instituição que recebeu esse nome. A palavra aparece
por cinquenta e seis vezes no Novo Testamento. Antes do exílio babilônico, o
templo era o centro de todas as atividades religiosas. Quando o templo foi
destruído então as sinagogas tomaram-se células dessa atividade, bem como de
aprendizado é possível, contudo, que as sinagogas tenham surgido antes mesmo do
exílio babilônico, e que este apenas consolidou a importância das mesmas. Seja
como for. a sinagoga tomou-se um centro de todas as atividades religiosas.
sociais e de instrução. Na sinagoga não havia altar e nem sacrifícios. O estudo
e a: leitura ida Tora, bem como a oração, tomaram-se as atividades centrais
ali. A sinagoga era o centro do governo de Israel. Ela provia uma espécie de
sistema de educação de adultos em massa, onde, a: Tora era estudada
sistematicamente.
semana após semana. Todos quantos frequentavam a
sinagoga tomavam-se estudantes da lei. Quando o povo judeu não mais era capaz
de entender o hebraico, as explicações eram feitas em aramaico.
O Desenvolvimento de Escolas. A primeira escola de um judeu
era o seu lar. Os mestres eram os pais e os alunos eram os filhos. O lar nunca
perdeu a sua importância como o lugar primário de aprendizado. Entre os
cristãos. os mórmons são os que mais têm salientado esse aspecto da instrução.
Então surgiram. as escolas de profetas. que dirigiram o primeiro ensino
sistemático e constante fora dos lares. Eles encontravam em Moisés a sua grande
inspiração (Deu. 34:10; 18:15 ss).Os profetas tomaram-se os mestres e
instrutores de Israel de uma classe de homens eruditos, que se tomaram lideres
da nação.
Pela época da monarquia, havia grupos ou companhias
de profetas. de tal modo que eles formaram uma classe distinta dentro da nação
(I Sam. 10:5,10; 19:20). Os «filhos dos profetas» eram os discípulos das
escolas que haviam sido formadas. Ver I Reis 19:16; 11 Reis 2:3 ss, Então
surgiram as sinagogas;·que representaram um passo vital no desenvolvimento das
escolas, conforme nós as conhecemos. Entretanto,
nenhuma escola era separada da sinagoga ·e nenhum
sistema escolar formal formou-se em Israel, senão ia dentro do período
helenista e isso por motivo de competição com as escolas gregas. A literatura
rabínica informa-nos que um sistema escolar compulsório foi criado pelos
fariseus, no século I A.C.
Sabemos que Simão ben Shetach (75 A.C.) ensinava às
pessoas de uma maneira sistemática e. regular; mas o texto que ele usava era a
Tora. Em Israel não havia educação liberal. As escolas elementares. para as
crianças, não parecem ter surgido antes do século I D.C. Joseph ben Gamala
(cerca de 65 D.C.) tentou fazer a educação elementar tomar-se compuls6ria e
universal. com escolas onde as crianças entravam com seis ou sete anos de
idade. As escolas elementares eram chamadas Casa do Livro. O currículo
continuava sendo. essencialmente. orientado segundo a Bíblia. Toda e qualquer
referência às ciências, em quaisquer de suas formas, era feita de modo
inteiramente incidental.. Foram desenvolvidas escolas secundárias para os
alunos mais promissores. A religião continuava sendo o centro de todas as atividades educacionais. Além da Bíblia e da
Mishnah, foi instituído o debate teológico. As escolas que funcionavam desse modo eram chamadas
Casas de Estudo. Finalmente, foram formadas academias autênticas, que eram reputadas
lugares sagrados, e não apenas lugares de aprendizagem. O
Talmuderesultou das atividades dessas escolas e grandes lideres se salientaram então, como
Hilel, Shamai e Gamaliel. Paulo educou-se na escola de Gamaliel.
Isso significa que em Israel havia três
instituições de ensino diferentes': a sinagoga, as escolas
elementares e as academias, ou casas de estudos. As academias funcionavam separadas das sinagogas,
em seus próprios edifícios, ou talvez na residência do
mestreprincipal.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de
Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 270-271.
2.21 — De acordo com a Lei, um menino judeu deveria
ser circuncidado no oitavo dia (Gn 17.12; Lv 12.3).
2.22-24 — O termo purificação faz referência ao
rito no qual a mulher que deu à luz era declarada cerimonialmente pura de novo
(Lv 12.6). A solenidade acontecia 40 dias após o nascimento. Neste ritual,
a mãe poderia oferecer um cordeiro ou dois pombinhos (Lv 12.8). A família de
Jesus levou as aves (v. 24), indicando que ela não possuía nem podia comprar
outro animal. A distância de Belém a Jerusalém era apenas 8 km. A expressão
apresentarem ao Senhor alude à apresentação comum do filho primogênito ao Senhor (Êx 13.2,12; Nm 18.6;
1 Sm 1; 2). Lucas
mostra que os pais de Jesus eram judeus fiéis e que
eles cumpriam as exigências da Lei.
2.39 — A família finalmente retorna ao lugar que
será seu lar em Nazaré. Lucas não registra nenhuma das visitas ou viagens que
Mateus 2 relata.
2.40 — E o menino crescia. Com este comentário, a
história da infância de Jesus termina. A narrativa recomeça 12 anos depois, no
versículo 41. Esses dois versículos revelam o crescimento da natureza humana de
Jesus, enquanto, em Sua natureza divina, Ele era imutável e infinito. Os
cristãos devem pesar estas duas naturezas quando falam do Senhor Jesus.
2.41 — A peregrinação anual a Jerusalém era
costumeira para muitos que viviam fora da cidade. A Lei ordenava três
peregrinações para os homens todos os anos: a da Páscoa, de Pentecostes e da
Festa dos Tabernáculos (Ex 23.14-17). No primeiro século, a maioria dos homens
judeus fez uma peregrinação anual por causa da distância que muitos tinham de
percorrer devido à dispersão dos israelitas na Ásia Menor.
2.42 — Nesta idade (12 anos), Jesus começou a ter
uma instrução intensiva, a fim de prepará-lo para a chegada da responsabilidade
dos 13 anos, quando um menino era aceito na comunidade religiosa como um homem
encarregado de cumprir a Lei.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 150-152.
Moisés (w . 21-24). O termo Lei é usado cinco vezes
em Lucas 2:21-40. Apesar de ter vindo para livrar o mundo do jugo da Lei, Jesus
nasceu "sob a lei" e obedeceu a seus preceitos (Gl 4:1-7). Não veio
para destruir a Lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17, 18).
Em primeiro lugar, os pais de Jesus obedeceram à
Lei levando o filho para ser circuncidado, quando estava com oito dias. A circuncisão
era o sinal e o selo da aliança que Deus havia feito com Abraão (Gn 1 7), e um
requisito para todo homem judeu que desejava praticar a fé. Os judeus
orgulhavam-se de ser o povo da aliança de Deus e desprezavam os gentios,
chamando-os de "incircuncisão" (Ef 2:11, 12). É pena que a
circuncisão tenha se tornado um ritual sem sentido para muitos judeus, pois
proclamava uma verdade espiritual importante (Dt 10:15-20; Rm 2:28, 29).
"A circuncisão de Jesus foi seu primeiro
sofrimento por nós", disse o falecido Donald Grey Barnhouse, pastor e
escritor norte-americano.
Simbolizou a obra realizada pelo Salvador na cruz
ao tratar de nossa natureza pecaminosa (Gl 6:15; Fp 3:1-3; Cl 2:10, 11). Em
obediência a Deus, Maria e José chamaram o menino de Jesus, que significa
"Jeová é salvação" (Mt 1:21).
Mas a circuncisão foi apenas o começo. Quando a
criança completou quarenta dias, Maria e José tiveram de ir ao templo para
realizar os rituais de purificação descritos em Levítico 12. Também tiveram de
"consagrar" © menino, uma vez que era o primogênito de Maria (Êx
13:1-12). Tiveram de pagar cinco shekelim para "remir" o Redentor
que,
um dia, remiria todos nós com seu sangue precioso
(1 Pe 1:18, 19). Seu sacrifício humilde indica que eram pobres demais para
oferecer um cordeiro (2 Co 8:9). Mas ele era o Cordeiro de Deus!
A relação entre Cristo e a Lei é uma parte
importante de seu ministério de salvação. haver rejeitado as tradições
religiosas humanas, obedeceu à Lei de Deus perfeitamente (Jo 8:46). Levou sobre
si a maldição da Lei
(Gl 3:13) e nos libertou da escravidão (Gl 5:1).
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 227-228.
2.46,47 - Os pátios do Templo eram conhecidos como
um lugar de aprendizado. O apóstolo Paulo estudou em Jerusalém, talvez nos
pátios do Templo, sob os cuidados de Gamaliel, um de seus primeiros professores
(At 22.3). Na época da Páscoa, os maiores mestres se reuniam para ensinar e
discutir grandes verdades teológicas. A vinda do Messias, sem dúvida, era um
dos tópicos de discussão, pois todos aguardavam que Ele se manifestasse em
breve. Jesus deve ter ficado entusiasmado em meio à discussão.
Não foi a juventude, mas a profundidade da
sabedoria dEle que surpreendeu aqueles doutores.
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD pag. 1348.
2.46 Três dias. isso provavelmente não significa
que eles procuraram por três dias em Jerusalém. Aparentemente, eles perceberam
que Jesus não estava com eles no final de um dia inteiro de viagem.
Isso exigia outro dia inteiro de viagem de volta a
Jerusalém, sendo que levaram parte do outro dia procurando-o. ouvindo-os e
interrogando-os. Ele foi totalmente respeitoso, assumindo o papel de um aluno.
Mas mesmo nessa tenra idade, suas perguntas mostravam uma sabedoria que
envergonhava os mestres.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade
Bíblica do Brasil. pag. 1325.
2 Tm 1.5 — A expressão traduzida por fé não fingida
significa, de fato, fé autêntica, não hipócrita. Paulo se alegra em lembrar-se
das fiéis avó Lóide e mãe Eunice, de Timóteo, cujo nome significa Boa Vitória.
As orações, o testemunho e a fé da mãe e da avó
devotas foram fatores essenciais para o desenvolvimento espiritual de Timóteo
(1 Tm 2.15).
1.6 — Despertes o dom. Timóteo é incentivado a
reacender seu dom espiritual (essa ideia é expressa também em 1 Tm 4.14, embora
de forma negativa). O desejo de descobrirmos, desenvolvermos e dispormos nossos
dons espirituais específicos deveria ser como uma chama flamejante dentro de
nós. Nossa luta constante como cristãos é sermos diligentes com relação à nossa
obra para com Deus e não diminuirmos nossos passos nessa corrida espiritual.
Precisamos fazer um esforço consciente para exercer nossos dons, para o bem
comum do Corpo de Cristo.
LEGADO DA MÃE
Eunice (2 Tm 1.5) era judia, mas, ao que parece,
seu pai não foi muito ortodoxo, transgredindo um dos mandamentos claros da Lei
mosaica, ao dar sua filha em casamento a um gentio (At 16.1). Quando seu filho,
Timóteo, nasceu, não foi circuncidado (At 16.3). Portanto, não somente o pai de
Eunice, mas ainda seu marido não observavam o judaísmo.
Eunice, no entanto, observava zelosamente os
mandamentos da Lei de Deus e, mais ainda, tinha fé no Salvador, Cristo Jesus
(At 16.1). Paulo a elogia por sua fé não fingida, fé autêntica, que Eunice
tinha em comum com sua mãe, Lóide (2 Tm 1.5). Ela transmitiu essa fé a Timóteo
e mais do que ninguém o preparou para uma vida dedicada de serviço ao Senhor.
Eunice é um incentivo para toda mulher cristã que
se vê diante da difícil tarefa de desenvolver a vida espiritual de seus filhos,
especialmente se não puder contar com a ajuda de um marido sem fé. Embora
Eunice tenha tido pouco incentivo à sua própria fé, e tão-somente por parte de
sua mãe, ela, contudo, tal como Lóide, possuía duas qualidades fundamentais a
seu favor e que até hoje dão esperança a todas as mães que creem — o poder
inerente de ser mãe e o poder dinâmico do seu Deus, soberano e amoroso.
EarI D. Radmacher: Ronald
B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 606.
2 Tm 3.14 — Permanece, ou continua firme, em todas
as coisas que aprendeste (2 Tm 2.2) é mais uma exortação feita a Timóteo.
Permanecer na verdade de Deus é essencial à vida piedosa.
3.15 — Desde a tua meninice. Paulo enfatiza a
herança piedosa de Timóteo (2 Tm 1.5). Sua mãe, Eunice, e sua avó, Lóide,
haviam ensinado fielmente as sagradas letras a Timóteo, e a mãe, certamente,
também o direcionara a Cristo, em quem cria (At 16.1). A Palavra e o Espírito
de Deus são essenciais à nossa salvação. A Palavra de Deus sem o Espírito de
Deus não tem vida; não tem poder para agir. Mas a Palavra de Deus fortalecida
pelo Espírito de Deus se torna força viva em nossa vida.
3.16 — Paulo enfatiza a preeminência de toda a
Escritura. Inspirada por Deus. O Senhor se envolveu ativamente na revelação de
Sua verdade aos apóstolos e profetas que a escreveram. O Autor da Bíblia é o
próprio Deus. Portanto, as Escrituras são verdadeiras em tudo o que afirmam e
totalmente fidedignas (1 Pe 1.20,21).
O estudo da Bíblia é proveitoso em, pelo menos,
quatro formas diferentes. Ensinar, ou seja, doutrinar. Paulo enfatiza em
primeiro lugar o ensino correto; em Atos, Lucas também enfatiza o compromisso
da igreja de Jerusalém com a doutrina (At 2.42). Redarguir, no caso, é não
apenas argumentar, mas argumentar com convicção uma verdade incontestável.
Corrigir é disciplinar, endireitar (2 Tm 2.15). Instruir refere-se a ensinar a
um novato ou uma criança. Note-se que somente um destes termos está voltado
simplesmente para a informação — ensinar (1 Pe 2.2); os demais implicam mudança
de vida. O conhecimento completo que não promova mudança de vida de uma pessoa
é inútil. Por outro lado, viver sem entendimento de quem é Deus e do que espera
de nós é arriscado e perigoso.
3.17 — O estudo das Escrituras torna o cristão
perfeito, no sentido de capaz ou eficiente. Perfeitamente instruído significa
plenamente preparado. A pessoa que domina a Palavra de Deus nunca perde seu
caminho. Toda a boa obra. Paulo enfatiza a ligação essencial entre conhecer a
Palavra de Deus e aplicá-la à vida pessoal do dia-a-dia. A doutrina correta
deve produzir a prática correta.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 614.
3. Na atualidade.
Os objetivos do ensino na igreja
De acordo com o Pastor Antônio Gilberto, os
objetivos do ensino bíblico são:
1) O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8);
2) O aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo
14.6);
3) O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef
5.18);
4) O aluno e suas relações com a Bíblia (SI
119.105);
5) O aluno e suas relações com a Igreja (At 2.44;
Ef 4.16);
6) O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21;
3.13,14);
7) O aluno e suas relações com os demais alunos e
com as demais pessoas (Mc 12.31).
Através da ED, dos cultos de doutrina (pouco
frequentado pelos jovens), dos seminários, simpósios e outras reuniões, é
possível a igreja local dar grande contribuição para a educação cristã. Nos
últimos anos tem sido notável o avanço nessa área. A igreja tem despertado para
adotar métodos de ensino mais eficazes; introduzido os recursos da multimídia,
e capacitado professores para melhor desempenharem seu papel como educadores
cristãos.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 97-98.
O ensino deve ser de quatro maneiras:
■ Diligentemente. Embora criar o filho não seja a
única tarefa que um pai tem na vida, ela é uma responsabilidade importante que
não pode ser feita de qualquer maneira.
■ Repetidamente. A Bíblia revela que ensinar não é
algo que se faz uma vez só. Os pais devem estar envolvidos nessa atividade
constantemente, de dia e de noite.
■ Naturalmente. Quando sentamos, andamos, deitamos
e levantamos, devemos procurar oportunidades para ensinar. Os devocionais
familiares diários são valiosos, mas os pais devem ensinar sempre que surgir
uma oportunidade.
■ Pessoalmente. Nossas palavras não influenciam
tanto quanto nossas ações. Isso nos leva de volta à primeira parte da passagem
de Deuteronômio. Quando os pais ouvem, obedecem e amam, estão servindo de
modelo para os filhos e reforçando o que é dito em casa.
COLLINS. Gary R. Aconselhamento Cristão
Edição Século 21. Editora Vida Nova. pag. 178.
Honra a teu pai e a tua mãe (6.2). Isso envolve
mais do que obediência. Pode ser, tão somente, concordância com as exigências
de uma pessoa mais forte.
Honra envolve respeito e estima. O primeiro
mandamento, com promessa (6.2). O texto não está associado à promessa do
primeiro dos Dez Mandamentos. Precisamos colocar uma vírgula para podermos
entender a proposta paulina. Esse é o primeiro (protos) mandamento. Os pais,
antes de qualquer coisa, devem apresentar o filho a Deus e a seus caminhos. Se
os filhos respeitam os pais, serão sensíveis à educação que estes lhes
transmitem. Assim, conhecerão a Deus e terão longa vida sobre a terra.
RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da
Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. pag. 802.
Ill - A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
l. Os filhos são herança do Senhor.
Os filhos são herança e prêmios do Senhor
“Eis que os filhos são herança do Senhor” (SI 127.3
a). Assim, devem ser tratados com muito zelo, cuidado e amor. “... e o fruto do
ventre, o seu galardão (SI 127.3b — grifo nosso). Galardão é prêmio. Sempre os
pais devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar.
São presentes ou prêmios vivos que devem ser cuidados, guardados, e criados com
muito amor.
Quando alguém recebe da parte de Deus uma bênção material,
um bem, como um veículo, uma casa, um dinheiro, normalmente demonstra gratidão.
Há quem faça um culto de ação de graças; há quem dê um testemunho, diante da
igreja local, exaltando a Deus pelas bênçãos recebidas. Mas, muitos, que são
pais, esquecem-se de ser gratos a Deus pelo “galardão” vivo, que são seus
filhos. Se considerarem o valor dos filhos diante de Deus, certamente terão o
cuidado de dar-lhes a melhor educação que estiver ao seu alcance.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 96.
Filhos, a Herança do Senhor (127.3-5)
127.3. Herança do Senhor são os filhos.
Continuamos dentro do contexto do agricultor. Quanto mais filhos tinha um
homem, mais trabalhadores no campo ele possuía, o que explica sua maior
prosperidade, uma bênção para toda a família. Mas o versículo ultrapassa as
considerações econômicas. Era uma característica dos hebreus querer famílias
numerosas, e ver a mão de Deus fazendo prosperar o homem que tivesse muitos
filhos. Não ter filhos era uma grande calamidade. Ter poucos filhos era algo
aceitável, mas não ideal. Portanto, temos exibido aqui o forte desejo de um
homem que esperava ardentemente ter mais e mais filhos. Esse desejo foi uma das
razões para os casamentos polígamos. É difícil para uma mulher dar a um homem
todos os filhos que ele deseja. Yahweh estava bem no centro da questão,
recebendo crédito por dar ao homem uma herança especial, sob a forma de filhos.
Um homem é recompensado por Yahweh sob a forma de filhos, possivelmente, na
maioria dos casos, em vez de prosperidade material que iludia os pobres. Os
homens gostam de prosperar materialmente e obter heranças. Quanto ao homem
pobre, ambas as coisas podiam ser verdadeiras em seus muitos filhos.
A Continuação da Linhagem. Uma das razões para um
homem ter muitos filhos era a continuação da sua própria linhagem. Na Terra
Prometida, cada família tinha sua própria herança sob a forma de terras, mas
era mister que a família continuasse para que a terra fosse retida por aquela família.
No caso de não haver filhos, as filhas podiam herdar as terras, se elas se
casassem dentro de suas próprias tribos. Isso mantinha as terras sempre dentro
da respectiva tribo. Ver Núm. 27.1-11. Cf. Gên. 33.5; 48.9 e Jos. 24.4.
127.4. Como flechas na mão do guerreiro.
Consideremos aqui os seguintes pontos:
1. Quase certamente temos aqui o reconhecimento de
que Israel precisaria defender-se pela força, ou seja, precisaria sempre de
muitos soldados.
2. Mas uma família também seria mais bem defendida
de qualquer tipo de inimigo ou oposição se um homem possuísse muitos filhos
vigorosos ao seu lado. Também seria difícil um juiz declarar-se contra ele
injustamente. Tal homem poderia enfrentar de rosto erguido a face dos que
quisessem vingar- se contra ele. Seria difícil perpetrar qualquer ato de
violência contra tal homem, pois sempre haveria um vingador de sangue.
3. Os filhos seriam suas flechas metafóricas, que
ele poderia atirar contra qualquer problema ou vexame. Os filhos seriam seus
solucionadores de problemas.
4. Além disso, os filhos de um homem seriam suas
flechas psicológicas. Haveria o amor de família que ajudaria cada membro a ter
uma vida mais feliz e mais próspera.
Os filhos da mocidade. Consideremos aqui os
seguintes pontos:
1. Era e é um sentimento que os filhos nascidos de
pais mais jovens sâo mais fortes e, talvez, intelectualmente mais brilhantes.
2. A ciência tem demonstrado que os espermatozóides
de um homem não variam da juventude à idade avançada. Os espermatozóides
continuam saudáveis, como os da juventude, por todos os anos de vida de um
homem. Infelizmente, porém, não se pode dizer o mesmo a respeito dos óvulos de
uma mulher idosa.
3. Provavelmente a declaração inclui a ideia de que um homem que tenha filhos quando jovem
poderá cuidar deles melhor do que um homem já idoso, pois os seus filhos ainda
serão muito pequenos quando ele chegar a certa idade. O pior de tudo é que ele
morrerá quando os filhos ainda estiverem relativamente jovens, e isso deixará
os filhos sem pai em um período crítico da vida.
4. Além disso, há um sentimento geral de que, de
alguma maneira, é mais apropriado a um jovem casal ter filhos que os acompanhem
quando eles ainda estão relativamente jovens, do que filhos que tenham de fazer
companhia a pessoas de mais idade, como se fossem seus avós. Por outra parte,
estudos sociais demonstram que homens de mais idade (cerca da idade de um avô)
tornam-se melhores pais do que homens mais jovens. Esses pais de mais idade têm
mais conhecimento; têm mais sabedoria; são mais sensíveis e, com frequência,
mais amorosos. Eles impõem demandas menos insensatas sobre os filhos.
Espiritualmente, os pais estariam mais bem preparados para levar uma vida
juvenil do que um homem jovem que encontre dificuldades em dirigir a própria vida.
A grande desvantagem, naturalmente, é que um homem mais idoso, embora seja um
pai superior, não pode ficar por perto tempo suficiente para conduzir os filhos
em suas missões. Por outro lado, Deus tem graça suficiente para dar esse
privilégio ao homem. Oh, Senhor, concede-nos tal graça!
127.5. Feliz o homem que enche deles a sua aljava.
Um homem que tenha muitos filhos, à semelhança do arqueiro que tem sua aljava
cheia de flechas, é abençoado, ou seja, é um homem feliz. Todas as vantagens
listadas nos vss. 3 e 4 são dele. Ninguém será capaz de envergonhá-lo. Seus
filhos correrão para o seu lado, com sobrolhos carregados, ao olhar para seus
inimigos. Esses filhos defenderão a família e o país. Os inimigos não
conseguirão lançá-los facilmente ao opróbrio, sem importar se esse opróbrio é
pessoal ou nacional (ver Sal. 25.1; 35.26; 37,19; 69.6; 74.21; 77.66; 83.16;
86.18; 109.28 e 119.31,78). Adam Clarke (in loc.) observou estranhamente:
“Gravida sagittis, isto é, uma aljava grávida com flechas. Feliz é o homem que
tem uma esposa frutífera, que lhe dá muitos filhos".
Quando pleitear com os inimigos à porta. Ou seja,
em uma das portas de entrada na cidade, onde eram efetuados o comércio e as
transações legais. A esse homem estaria garantida a prosperidade no comércio,
ou a justiça nos tribunais, caso ele tivesse filhos vigorosos que o
acompanhassem e o apoiassem em todas as coisas.
Este salmo poderia ser intitulado: “O Solilóquio do
Feliz Dono de Casa". Até um homem pobre pode ser rico quanto à sua
posteridade.
Cf. este versículo a uma citação significativa,
extraída da literatura grega:
Os homens oram para que seus filhos os rodeiem,
Uma prole obediente, para se vingarem de seus
inimigos
Com danos, e honrarem àqueles a quem seu pai ama.
Mas aquele cuja prole não tem proveito,
Gera somente tristeza para si mesmo,
E ele aumenta o riso de seus inimigos.
(Sófocles, Antig. 641)
Contrastar as declarações deste versículo com Jó
5.4, onde vemos os filhos de um homem ‘espezinhados” nas portas da cidade. O
pai deles, que fora forte e próspero, morrera, e outros homens fizeram com eles
o que bem entenderam.
O Targum diz aqui “Na porta da casa do
julgamento", ou seja, refere-se particularmente a questões legais que um
homem poderia sofrer se não tivesse filhos para apoiá-lo em sua hora de
tribulação.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento
Interpretado versículo por versículo.Editora Hagnos. pag. 2470-2471.
127.3-5 - As crianças são frequentemente vistas
como responsabilidades não como riquezas. Mas de acordo com a Bíblia, “Os
filhos são herança do Senhor"; são uma bênção. Podemos aprender lições
valiosas com a curiosidade e o espírito confiante deles. Aqueles que veem as
crianças como uma distração ou um incômodo deveriam vê-las como uma
oportunidade de formar o futuro. Não devemos ousar tratar as crianças como uma
inconveniência, pois Deus lhes atribui um altíssimo valor!
APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de estudo.
Editora CPAD. pag. 820.
2 - O ensino da Palavra de Deus no lar.
A igreja e o lar
A igreja local não substitui o lar, nem o lar
substitui a igreja. Porém o ensino na igreja tem grande valor para a formação
do caráter e fortalecimento da personalidade cristã. Uma grande erro é os pais
confiarem a educação de seus filhos à igreja local, bem como às escolas
seculares. Os filhos passam menos de um terço das horas da semana (164 horas),
em reuniões da igreja. A maior parte do tempo é no lar e na escola. Assim, a
igreja pode e deve dar sua contribuição, principalmente, na comunicação dos
princípios bíblicos para a formação do cidadão do céu e do cidadão da terra.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 97.
Quando ensinamos aos nossos filhos na verdades
bíblicas básicas e os treinamos seguro o nosso exemplo e o dos heróis da
Bíblia, eles estarão equipados para o sucesso.
1. Deus em primeiro lugar.
Mas buscar primeiro o Reino de Deus, e a sua
justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6.33)
2. Obedecer às instruções de Deus (leia a Bíblia
para conhecê-las).
E sede cumpridores da palavra e não somente
ouvintes enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da
palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu
rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de
como era. Aquele, porém, que atenta para a lei perfeita da liberdade e nisso
persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será
bem-aventurado no seu feito (Tg 1.22-25)
3. Agir para alcançar o objetivo (ter fé).
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja
alcançado: mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fp 3.13,14)
4. Perseverar com coragem — nunca desistir.
E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu
tempo ceifaremos se não houvermos desfalecido. (Gl 6.9) Seja consistente e
plenamente comprometido!
5. Tenha a motivação correta: Cristo!
Segundo a minha intensa expectação e esperança, de
que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto
agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.
Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. (Fl 1.20,21).
HUDSON. Kathi. Criando os Filhos no Caminho
de Deus. Editora CPAD.
3. Leve seus filhos a igreja.
A Educação Cristã começa no lar. E é fortalecida na
Igreja, notadamente na Escola Bíblica Dominical (ED), onde os alunos são
reunidos em classes de estudo, conforme sua faixa etária. A
ED é a maior escola cristã do mundo. Em milhares de igrejas, certamente,
instalam-se milhões de classes, onde a Palavra de Deus é ensinada, promovendo
excelentes resultados, na formação espiritual, ética e moral de cada pessoa,
que se converte ao Senhor Jesus Cristo. O ensino, na igreja local, deve ser
desenvolvido com muita seriedade. Os professores devem ser capacitados,
espiritual e tecnicamente, também. É tarefa que requer dedicação: “se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm
12.7).
A educação cristã é mais abrangente que a educação
secular. Ela prepara o indivíduo, não só para ser um bom cidadão na sociedade,
mas para ser um cidadão do céu, com base nos princípios espirituais e éticos,
emanados da Palavra de Deus. A educação cristã não é apenas informativa.
Ela é primordialmente formativa, porque se
fundamenta em princípios que visam ao fortalecimento do caráter (Rm 15.4).
Diz a Bíblia: “Lâmpada para os meus pés é tua
palavra e luz, para o meu caminho” (SI 119.105). A juventude cristã tem um
referencial ético elevado para não se corromper e ser destruída pelos sistemas
iníquos que dominam a sociedade sem Deus.
LIMA. Elinaldo Renovato de. A família
cristã e os ataques do inimigo. Editora CPAD. pag. 96-97.
Primeiro o casamento, depois as crianças: uma
sequência lógica. Ao contrário de muitas pessoas "modernas" de hoje,
os judeus daquele tempo consideravam as crianças bênçãos e não um fardo; eram
um tesouro precioso de Deus, não um peso (SI 127 - 128). A falta de filhos era
motivo de tristeza e de desgraça para um casal.
Era costume os pais levarem os filhos para serem
abençoados pelos rabinos, de modo que não causa surpresa terem levado os
pequeninos até Jesus. Algumas dessas crianças ainda eram de colo (Lc 18:15),
outras já sabiam andar; Jesus recebeu todas de braços abertos.
Por que os discípulos repreenderam essas pessoas e
tentaram impedir que as crianças fossem até o Mestre? (Ver Mt 15:23 e Mc 6:36
para mais exemplos da aparente dureza do coração dos discípulos.)
Provavelmente, pensaram estar lhe fazendo um favor, ajudando-o a não
desperdiçar seu tempo e a guardar suas energias. Em outras palavras, não deram
importância às crianças! A atitude deles foi estranha, pois Jesus já os havia
ensinado a receber as crianças em seu nome e a ter cuidado de não fazê-las
tropeesqueceram o que seu Mestre havia lhes ensinado.
Algumas versões mostram que Jesus se desagradou,
mas essa expressão é branda demais. Jesus ficou indignado e repreendeu os
discípulos publicamente por impedirem o acesso a ele. Em seguida, anunciou que
as crianças eram melhores exemplos do reino do que os adultos. As vezes,
dizemos a nossos filhos pequenos para se comportarem como adultos, mas Jesus
disse aos adultos para se espelharem no comportamento das crianças!
De que forma uma criança serve de exemplo? Pela
maneira humilde de depender dos outros, por sua receptividade, pela aceitação
de si mesma e de sua situação na vida. É evidente que Jesus falava de uma
criança pura, não de uma criança que estivesse tentando agir como adulto. A
criança desfruta de muitas coisas, mas só é capaz de explicar poucas. Vive pela
fé e, pela fé, aceita sua situação, confiando que os outros cuidarão dela.
Entramos no reino de Deus pela fé, como
criancinhas: desamparados, incapazes de nos salvar, totalmente dependentes da
misericórdia e da graça de Deus. Desfrutamos do reino de Deus pela fé, crendo
que o Pai nos ama e que cuidará de nossas necessidades diárias. O que uma
criança faz quando se machuca ou tem um problema? Corre para os braços do pai
ou da mãe! Que exemplo perfeito a seguir em nosso relacionamento com o Pai
celeste! Deus quer que sejamos como crianças, mas não que sejamos infantis!
O texto não dá qualquer indicação de que Jesus
tenha batizado essas crianças, pois nem sequer batizou os adultos (Jo 4:1, 2).
Se os discípulos estivessem acostumados a batizá-las, certamente não as teriam
mandado embora. Jesus tomou esses pequeninos em seus braços amorosos e os
abençoou - e que bênção deve ter sido!
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 187-188.
O lugar das crianças no Reino de Deus. (Mc
10.13-16)
WILLIAM BARCLAY DIZ QUE só compreenderemos a beleza
dessa passagem quando observarmos o tempo em que esse fato aconteceu. Jesus
estava indo para Jerusalém. Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada
dramática, dolorosa, que Ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu
coração para acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las.
Marcos 10.1-31 apresenta uma sequência lógica:
casamento (10.1-12), crianças (10.13-16) e propriedades (10.17-31). Jesus,
apesar de caluniado e perseguido pelos escribas e fariseus, era considerado
pelo povo como profeta (Lc 24.19). Daí a confiança do povo em trazer-lhe as
suas crianças para que por elas orasse e as abençoasse. O simples fato de Jesus
tomar as crianças em seus braços revela a personalidade doce do Senhor Jesus.
Há três grupos que merecem destaque aqui:
Em primeiro lugar, os que trazem as crianças a
Jesus (10.13). As crianças não vieram; elas foram trazidas. Algumas delas eram
crianças de colo, outras vieram andando, mas todas foram trazidas. Devemos ser
facilitadores e não obstáculo para as crianças virem a Cristo.
Os pais ou mesmo parentes reconheceram a necessidade
de trazer as crianças a Cristo. Eles não as consideraram insignificantes nem
acharam que elas pudessem ficar longe de Cristo. Esses pais olharam para seus
filhos como bênção e não como fardo, como herança de Deus e não como um
problema (Sl 127.3). Aqueles que trazem as crianças a Cristo reconhecem que
elas precisam de Jesus. Era costume naquela época, os pais trazerem seus filhos
aos rabinos para que orassem por eles. A palavra grega paidia referia-se à fase
da primeira infância até o período da pré-adolescência. Lucas usa brephos (Lc
18.15), que a princípio significa bebê, depois também criança pequena, mas nos
versículos 16 e 17 também tem duas vezes paidion.
As crianças podem e devem ser trazidas a Cristo. Na
cultura grega e judaica, as crianças não recebiam o valor devido, mas no Reino
de Deus elas não apenas são acolhidas, mas também são tratadas como modelo para
os demais que querem entrar.
Adolf Pohl corretamente interpreta o ensino de
Jesus, quando afirma:
Não deixe as crianças esperar; não hesite em
trazê-las para as mãos de Jesus; não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando
você for maior, quando entender mais a Bíblia, quando for batizado etc. As
crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus. O
reinado de Deus rompe a barreira da idade assim como a barreira sexual (o
evangelho para mulheres), da profissão (para cobradores de impostos), do corpo
(para doentes), da vontade pessoal (para endemoninhados) e da nacionalidade
(para gentios). Portanto, também as crianças podem ser trazidas dos seus cantos
para que Jesus as abençoe.
Em segundo lugar, os que impedem as crianças de
virem a Cristo (10.13). Os discípulos de Cristo mais uma vez demonstram dureza
de coração e falta de visão. Em vez de serem facilitadores, se tornaram
obstáculos para as crianças virem a Cristo. Eles não achavam que as crianças
fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso
(9.36,37).
Os discípulos não compreenderam a missão de Jesus,
a missão deles nem a natureza do Reino de Deus.
Os discípulos repreendiam aqueles que traziam as
crianças por acharem que Jesus não deveria ser incomodado por questões
irrelevantes. O verbo grego usado pelos discípulos indica que eles continuaram
repreendendo enquanto as pessoas traziam os seus filhos. Eles agiam com
preconceito. Podemos impedir as pessoas de trazerem as crianças a Cristo por
comodismo, negligência, ou por falsa compreensão espiritual.
Em terceiro lugar, os que abençoam as crianças
(10.16). Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que
eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos,
aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e agora, às crianças.
Esse texto tem três grandes lições, segundo James
Hastings: um encorajamento, uma reprovação e uma revelação.